Andarei sem rumo,
Caminharei mesmo sem vontade,
Cada passo que dou desenho um caminho,
Sigo a diante pelo asfalto da verdade.
Se o amanhã estiver lá na frente darei graças,
Se porventura deixar um futuro pelas costas,
Saberei que andei procurando por respostas,
Levarei em conta que por mais que durem as derrotas,
A luz do famoso túnel são as vitórias.
Não pretendo achar um culpado,
E nem alguém que carregue a minha cruz,
Desejo almejar o tal obscuro significado,
Ser a fumaça da tocha que ninguém aumenta ou reduz.
Quando queimar deixem-me virar cinzas,
Sempre sonhei voar sem norte e sem sul,
Conhecer terras e enigmas,
Mudar o preto e o branco para azul.
Que o fogo evapore e a água fagulhe,
Espero que o universo transforme o resto,
Que os sonhos sejam alguma coisa de que me orgulhe,
Que os anos não diminuam o seu tamanho e peso.
Serei andarilho em vidas desconhecidas,
Plantarei sementes em muitas histórias,
Contarei o quão bom foi tomar uma atitude,
Deixarei um grão de areia em muitas memórias.