Não

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Quebrou-se a esperança,

Esvaiu-se tudo que acreditava,

Enterrou o que amava,

Por fim não sobrou nada.


Repetia tudo que ouvia por aí

Procurava respostas para tudo que chamava-se pergunta,

Esqueceu que nem tudo é tão fácil assim,

Notou que nem tudo resulta.


Perdia-se no caminho e tentava encontrar uma saída,

Caminhava sem mesmo saber o seu ponto final,

De tanto andar em voltas o caminho repetia,

E perguntava-se para onde ia afinal?


O vazio ocupava o seu desequilibrio,

Lutava com o seu mundo interior,

Atordoado parecia não possuir amor próprio,

Mas, no fundo possuía uma enorme dor.


Desolada era a sua vida,

Vivia com medo de enfrentar as consequências dos seu actos,

Transparecia ter a alma perdida,

E a sua trajectória foi afamada em boatos.


Falo do ser Não,

Dito diversas vezes apaga os sonhos de todos aqueles que acreditam no Sim,

Falo daquele que anula todo um projecto,

Todo um reflexo,

Todo um momento.


Saibamos conviver com o Não,

Não digo para tirar-lhe a atenção,

Mais porque o mesmo pode ser a chave para a perfeição.

O Falso PoetaWhere stories live. Discover now