Hermione

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...Rony não conseguiu se conter, aquele homem, não importava quem fosse e com quem estava falando, estava fazendo algo errado, e matar uma criança por causa disso foi a gota d'água. O Auror saltou de trás da mobília, sem esperar Harry e lançou um estupefaça no homem, fazendo-o cair desmaiado no chão, derrubando a pedra.

Harry saltou de trás do móvel e agarrou o homem. Amarrando seus punhos com um feitiço. Enquanto isso, Ron pegava a garotinha que chorava e gritava a plenos pulmões.

-Temos que levá-lo para o ministério antes que acorde! - Disse Harry

Ron assentiu com a cabeça, os outros aurores saíram de seus esconderijos, um dos aurores ajudou Harry a levantar o homem, então aparataram para o ministério. Rony logo atrás, levando a criança, que, por coincidência tinha os cabelos ruivos como os de Ron, mas curtos e encaracolados; e a pedra.

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-Onde está Kingsley? -O Auror que ajudava Harry perguntou

-Provavelmente na sala dele, vamos!

Seguiram então para a sala de Kingsley, que os recebeu surpreso.

Logo, Harry já havia explicado tudo, e Kingsley prestava atenção a cada detalhe, tomando nota sempre que necessário.

-Deixe-o comigo; quando acordar, vejo o que consigo tirar dele, em relação a pedra, devemos mandá-la para análise, só por precaução - Disse o ministro

- E quanto a criança? -Disse Rony, que até o momento tinha permanecido quieto, brincando com a garotinha em seus braços.

-Devemos descobrir quem é sua mãe, talvez seja necessário fazer algumas perguntas à mãe, ou pedir autorização para que possamos assistir as memórias da menina, poderia ajudar no caso...-Comentou Kingsley.

-Certo, mas como encontramos a mãe?

-Alguns cartazes por Hogsmeade ou matérias em jornais seriam um tanto perigosos, mas é a única forma que temos de encontrar a mãe da garota...- Kingsley disse, relutante.

-Mas como teremos certeza se é mesmo a mãe?

-Veritaserum? - Harry sugeriu.

-Pode funcionar -disse Kingsley, ainda um pouco relutante.

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Dito e feito. Dentro de dez dias já haviam cartazes por todos os lugares e matérias no Profeta Diário, n'O Pasquim e até no Semanário das Bruxas. Mas foi na quinta feira na qual se completava uma semana desde a primeira publicação do caso no Profeta Diário, enquanto Harry, em sua sala, conversava com Rony:

-Já faz uma semana, acha que vamos mesmo encontrar a mãe da garotinha? - Rony perguntou

-Acho que sim, como dizem, a esperança é a última que morre!

-Quem diz isso?

-Hermione me contou... lá pelo terceiro ano... parece que os trouxas sempre falam frases desse tipo!

Ron logo empalideceu, ainda não conseguia esquecê-la, esquecer como foi idiota em deixá-la ir embora.

-Que bom! Mais uma coisa que ela nunca me contou...

-Do que está falando? Vamos Ron! Em algum momento você precisa falar sobre isso com alguém! Nem eu sei direito o que aconteceu entre vocês, por que até hoje não falamos sobre isso?

-Por que não! Porque já me sinto idiota o suficiente por ter deixado a pessoa que mais amo sair da minha vida para sempre, ainda tenho que admitir tudo que fiz de errado para você? - Ron disse, em voz baixa, mas cheia de sentimento, uma mistura de raiva e arrependimento, raiva de si mesmo; arrependimento do que ele mesmo tinha feito.

-Você sabe que eu não vou te julgar! Se estiver errado, vou te falar; se estiver certo, também! É para isso que servem os amigos! Conte logo, tire esse peso de seus ombros!

-Está bem... nós só brigamos, nada demais... brigamos de novo, mais uma vez por minha culpa, culpa do meu ciúme...

-Explique direito! Brigaram por que?

-Saímos um dia. Fomos ao Beco Diagonal, ela precisava de penas novas, e eu queria dar uma olhada na Gemialidades Weasley, já que Fred e Jorge estavam abrindo a loja novamente. Cada um tomou um rumo, eu terminei meus afazeres antes dela, e fui encontrá-la na Penas de Escritório.- Ele deu um longo suspiro e continuou-  ela estava lá, conversando com Cómarco...

-McLaggen?

-Sim... eu nem sabia que esse cara tinha sobrevivido a batalha... e fiquei com tanta inveja... devo ter ficado da cor de um cachecol da Grifinória...

Harry riu com a comparação feita pelo amigo, em seguida, deixou que ele continuasse.

-Gritei o nome dela com raiva, segurei em seu pulso e disse para ela que iríamos embora.

-Nossa... você surtou mesmo!

-Sim... logo que chegamos em casa, tivemos uma discussão, ela perguntou o porquê de ter se casado com alguém tão ciumento, e eu disse... disse que ela não precisava continuar casada se não quisesse... me virei de costas, ouvi seus passos... e quando me virei, ela tinha ido...- Uma lágrima escorreu por seu rosto, não passando despercebida por Harry, que se levantou para consolar o amigo, quando sua secretária bateu em sua porta.

-Senhor Potter, uma mulher está aqui para falar com o senhor...  Disse algo sobre o Profeta Diário, e o artigo nele publicado...

-Ah... sim... um momento, deixe que eu me despeça do Senhor Weasley e deixe-a entrar.

-Falamos depois...- Harry começou

-Tudo bem, acho que é melhor eu ir... tem flu aqui? - Ron disse enxugando a lágrima que insistia em cair.

-Tem sim, bem ali- Harry disse, apontando para a lareira

Ron logo desapareceu... segundos depois, Harry autorizou a secretária a deixar que a mulher entrasse.

E ela entrou, a mulher bonita, com cabelos castanhos, adentrou a sala de Harry, parou próxima a porta e disse, com a voz trêmula, mas tentando parecer forte.

-Onde está minha filha, Harry?

Ela tinha a face úmida, provando que havia chorado, mas tentava parecer forte, como se através de suas palavras, Harry não mais seria capaz de reparar seu rosto embebido em lágrimas.

-Hermione?

Fanfic Amor EternoOnde histórias criam vida. Descubra agora