Boa noite

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"Fais de beaux rêves, ma chère."

(bons sonhos, querida)







Marinette pulou rapidamente e apagou a lâmpada mais próxima, cobrindo em seguida Chat Noir com o resto do cobertor. Chat não conseguiria fazer movimentos rápidos suficiente e ficar quieto, ao mesmo tempo. Ela gentilmente envolveu um braço ao redor dele na tentativa de ser uma posição que alguém usasse para dormir, e ele mordeu o lábio para manter-se em silêncio, mas acabou fazendo ruídos assustados, descontraído. Ele agora era um travesseiro.

Quando a pequena entrada de seu quarto se abriu, com uma cabeça espiando dentro, Marinette apertou os olhos e tentou estabilizar a frenética batida de seu coração.

— Oh, você está dormindo.

— Oui, Papaaa ...? — Ela fez de tudo para parecer uma resposta meio grogue, surpreendentemente convincente.

— Nada, nada. Eu ouvi um barulho, então vim checar para ter certeza de que você estava bem. Volte à dormir, ma chérie".

— Mmm, d'accord.

Só depois que ele saiu, Marinette soltou um profundo suspiro de alívio. Ela tirou o cobertor do amigo, pedindo desculpas rápidas:

— Desculpe, você está bem? Eu entrei em pânico.

Ele segurou a respiração durante todo o tempo, manteve seu pânico embaixo das cobertas, junto com ele mesmo, porque ele não queria que o Sr. Dupain-Cheng o percebesse ali. Ele o conheceu antes e Chat Noir não queria lidar com um homem tão grande enquanto estava ferido (vendo que esta situação provavelmente era estranha para quem não sabia de todo o resto da história).

Era ... agradável, no entanto. O braço ao redor dele também foi bom, mas ele tentou não pensar muito sobre isso.

— Estou bem — ele murmurou. — Isso que eu chamo de pensar rápido.

— Acho que foi mesmo... — Um suspiro passou por seus lábios. Com as luzes apagadas, ela ainda não podia vê-lo e Marinette se lançou preguiçosamente contra o colchão, curvando-se perto dele. — Meu pai conhece o Chat Noir, então ele não ficaria bravo por descobrir que você está aqui. — Certamente. Mas tão grande e forte quanto o pai de Marinette aparentava, era tão intimidante como uma flor. — Mas ... explicar as coisas pode ser um pouco difícil.

— Ah, mas  conhecer um super herói é uma coisa. Descobrir que esse herói está na cama de sua filha de madrugada é outra coisa. Eu prefiro não provocar um pai que só quer proteger sua filha de gatos vira-lata. — o felino respondeu.

Especialmente porque sua ferida não era mais visível. As desculpas seriam muito mais difíceis de ser engolidas e não era como se ele pudesse demonstrar sua ferida com o fato de ele estar lá. Realmente, precisava ser como uma segunda pele?

— Vira lata, Chat?

Bom, olhando por esse lado ... fazia sentido. Ela não tinha certeza de que seu pai gostaria de encontrá-los na mesma cama, mesmo que ele gostasse de Chat Noir. Um leve rolar de olhos seguiu o trocadilho que ele havia feito, e Marinette teve que lutar contra a vontade de bagunçar o cabelo dele novamente.

Ela riu baixinho e provocou:

— Sabe Chat, você não é um travesseiro tão ruim.

Bem, ela tinha estado tão focada em ficar quieta que nem percebeu que estava abraçando o gato minutos atrás. Mas, contanto que não o tivesse machucado na posição, Marinette não viu problema em brincar. Se seu braço estivesse mais baixo, seria outra história. Isso poderia ser desconfortável, mas, felizmente, ele conseguia ignorar as pontadas de dor mais acima.

Jogo Duplo - Descobertas (Double Jeu) • [Em Revisão 2023]Onde histórias criam vida. Descubra agora