Eu vivia a minha calma vida: a vida de Macy Jones, nascida e residente em Central City, uma adolescente de 16 anos e sem os típicos problemas dessa idade. Tinha um vida estável, muitos amigos incríveis e uma família que me dava um apoio enorme. Safava me bem na escola e tinha facilmente escolhido o meu futuro, queria ser fotógrafa e finalmente este ano tinha oportunidade de abdicar do resto para me focar nesse caminho.
Até que um dia, quando estava a fazer um trabalho para a escola (de fotografia) fui apanhada de surpresa. Não costumava sair sozinha à noite, mas queria mesmo ter a fotografia perfeita. O tema era a sensibilidade visual e podia ser interpretado da maneira que quiséssemos. Tinha tido a ideia para a minha fotografia quando ia para a escola de manhã e vi a quantidade de caixas que se encontravam num beco. Fiquei curiosa e fui explorar, percebendo que era uma "casa" de pessoas sem abrigo. E para mim isso é suficiente para definir o significado de sensibilidade visual, porque me faz impressão as condições a que essas pessoas estão sujeitas pelo simples facto de não terem rendimentos para se sustentar.
Então, estava eu pronta para captar essa ideia, porque à noite eles se encontravam todos ali e até tinham uma fogueira, quando vejo uma luz forte vinda da Star Labs. Pouco sabia sobre isso, só que o responsável dos laboratórios eram um tal de Dr Harrison Wells. Fui atingida por essa luz com uma força que nem sei explicar e caí, ficando desmaiada por alguns minutos. Quando acordei não sabia bem o que tinha acontecido, só que me sentia diferente. Decidi voltar para casa e ignorar aquele acidente, só ia preocupar os meus pais por uma coisa não muito grave, que acontecia regularmente devido a minha baixa pressão arterial. Eu bem que tomava comprimidos mas eles não resolviam totalmente o problema.
Voltei a casa e os meus pais estavam a ver as notícias onde a última hora era a explosão que eu tinha presenciado. Ainda não se sabia muito, só o centro de origem que, como eu suspeitara era a Star Labs e que tinha alcançado uma grande área. Também recomendavam que as pessoas que tivessem sido atingidas fossem fazer análises ao hospital para perceber se tudo se encontrava normal. Decidi que, mesmo não contando aos meus pais, era importante ir ao hospital mas deixava isso para amanhã.
Naquele dia só queria descansar, a explosão tinha me deixado de rastos e precisava de dormir já que amanhã seria a entrega e apresentação do trabalho.
Acordei no dia seguinte e sentia me normal. Duvidava que a explosão me tivesse afetado mas não queria arriscar, então decidi que ia passar no hospital depois das aulas.
Como era normal tomei o pequeno almoço e segui para as aulas, começava com história da fotografia, uma péssima aula para começar numa segundas as 8:30 da manhã. Cheguei atrasada porque parei no caminho para oferecer comida aos sem abrigo do beco. Sentei me ao lado do Thomas, o meu melhor amigo desde que éramos criancinhas. Ele também tinha vindo para fotografia. Gosto de acreditar que partilhamos essa paixão por convivermos tanto um com o outro. Muita gente achava que namorávamos mas tentámos uma vez e percebemos que a nossa amizade é tão forte como a de dois irmãos, mas não passa disso.
Thomas– a que é que se deve este atraso Macy? – ele perguntava de forma irónica porque eu me atrasava todos os dias
Macy– espera pela próxima aula é descobrirásEntretanto tivemos que apanhar com uma secante aula de história apesar de, pela primeira vez, eu estar a captar o importante.
No intervalo fui ter com os meus amigos. A coisa boa da escola onde eu andava é que tanto tinha cursos banais como ciências e economia como cursos especializados como fotografia, tecnologia, artes gráficas e música. Ou seja, continuava na mesma escola que muitos dos meus amigos.
Depois do intervalo fui para a minha aula preferida do curso: fotografia prática. Neste aula basicamente tirávamos fotografias. Tanto nos podia ser dado um tema, como um formato ou uma perspectiva. Mas também tinha uma parte artística, podia acontecer que tivéssemos que desenhar o que imaginávamos a tirar uma fotografia. E era a aula em que eu tinha que apresentar o trabalho.
Antes de o entregar olhei para a fotografia mais uma vez e vi tantas imperfeições que não tinha visto antes. Pormenores de luz que refletia no sítio errado, pormenores que tornavam a fotografia pouco realista e com uma ideia diferente da que eu pretendia obter. A explosão deve ter me afetado na altura mesmo. Mas agora não posso fazer nada, tenho que apresentar o trabalho como se tivesse perfeito e não por a atenção nos defeitos.
Apresentações, discursos e coisas do género nunca me incomodaram, sempre fui uma pessoa confiante. Por isso, esta apresentação foi só mais uma apesar de achar que a professora tinha ficado espantada pela minha abordagem ao tema. Várias pessoas tinham ficado pelo banal da literal sensibilidade visual em relação à anatomia do olho. Eu tinha me focado numa forma metafórica e isso fez com que o meu se trabalho se diferenciasse dos outros.
A última aula que tinha era matemática adaptada, que nos ensinava como adaptar geometria (e como eu odiava geometria) à situação concreta da fotografia. Era uma aula um bocado secante mas que se aguentava. Exceto hoje. Havia um cheiro no ar que me estava a incomodar mas eu não percebia de onde vinha. Perguntei ao Thomas se ele também sentia, mas ele só ficou confusa com a minha pergunta e achou que eu estava a gozar com ele.
Saí das aulas e tive que recusar a proposta tentadora de ir almoçar com os meus amigo para ir ao hospital
Dylan– o que é que é mais importante do que almoçar comigo Macy?
Dylan era sempre assim, todo convencido mas era só brincadeira. Na verdade, ele era bastante simpático e um dos rapazes com quem eu me dava melhor, depois do Thomas claro. Às vezes até éramos demasiado chegados e os nosso amigos mais próximos insinuavam coisas. Não vou negar que me importava. E o Dylan também não parecia que se importava muito.
Segui da escola para o hospital e pela fila percebi que não tinha sido a única preocupada com a notícia. Tive que almoçar no hospital, coisa que pensava fazer em casa, mas que foi impossível com a fila. Só cheguei a casa quase a noite e por sorte cheguei antes dos meus pais se não ainda tinha que dar explicações que não me apetecia. E também não sabia nada de concreto porque só tinham os resultados dos exames em 2 dias o que significava que tinha que voltar ao hospital. Eu e provavelmente todas as pessoas que estavam lá, mais uma tarde perdida.
Tinham sido dois dias cansativos decidi ir deitar me cedo para descansar
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Acrosense • The Flash [hiatus]
FanfictionMacy vivia a sua banal vida de adolescente em Central City até a explosão de um acelerador de particulas. Inicialmente parecia tudo normal, até aparecer, Ele aparecer