Acrosense • The Flash [hiatus]

8 - Megamind

Cheguei perto da casa, já sozinha para não levantar suspeitas e ouvi o Peter.

Peter– Minha querida Macy, fico feliz por ver que apareceste
Macy– quero mesmo ajudar, fazer o que for possível
Peter– Então vou simplificar o plano: só tens que me seguir enquanto eu acedo aos Star Labs e depois, como eu já tinha dito, controlar qualquer movimento, som ou cheiro suspeito. E vai ser agora. Depois conto-te a segunda parte do plano, quando a primeira estiver concluída.

Eu precisava de os avisar para eles irem para lá. O plano era o Barry aparecer de surpresa na morada, mas se nos íamos já embora tinha mesmo que os avisar. Para além disso era no sítio onde os outros estavam.

Macy– quanto tempo é que deve demorar? É só para poder avisar os meus pais para eles saberem a que horas é que chego a casa.
Peter– liga-lhes lá e diz-lhes que deves estar lá por volta das 5h

Fui ligar ao Cisco, que me ligou a toda a equipa.

Macy– só liguei para avisar que vamos agir já e o alvo são os laboratórios daí
Barry– então mantemos o plano só que nos laboratórios. Já falo convosco, mas Macy tu é melhor ires, antes que o Megamind ache estranho.

Desliguei e voltei para perto do Peter. Havia muita coisa que podia correr mal por isso tinha que fingir mesmo que estava tudo bem. O plano ia ser diferente do que eu estava à espera, mas eu ia fazer exatamente o mesmo por isso estava tudo bem.

Peter– tudo resolvido? – ele perguntou enquanto íamos andando
Macy– sim, os meus pais preocupam-se por tudo por isso tenho sempre de os avisar das coisas
Peter– olha, fiquei a pensar, quando nos encontrámos e apareceu o Flash, ele apanhou-te?
Macy– não, felizmente! Quando te vi a fugir aproveitei e fugi também.
Peter– ainda bem!

Chegámos aos Star Labs e o Peter encaminhou-me para a porta das traseiras. Fiquei bastante espantada porque não conhecia metade daquilo e isso ajudou bastante a parecer mais realista aos olhos do Peter.

Peter– a partir daqui não podes fazer barulho nenhum e não te esqueças, controla qualquer movimento.

Ele parecia que conhecia aquilo muito bem e conduziu-nos perfeitamente a uma sala que ia dar a um engenho enorme. Não sabia o que era aquilo e estava bastante impressionada pelo seu tamanho.

Peter– isto é o acelerador de partículas ou o que resta dele. E foi isto que nos transformou no que nós somos agora.

Em vez do ar irritado com que eu estava à espera de o ver, ele estava com um sorriso na cara.

Peter– mas não é aqui que eu quero ir

Continuamos a andar lá por dentro. Comecei a pensar como é que o Barry nos ia localizar e depois lembrei-me que, para além de eles terem câmaras, eu tinha um localizador.

Chegámos a um laboratório que eu conhecia muito bem, era onde eu tinha acordado na primeira vez.

Peter– a partir daqui só controlas.

Enquanto ele se analisava, eu ignorei a parte do controlar, porque sabia que o Barry vinha e decidi olhar melhor para todos os pormenores da sala. Tinha vários tubos de ensaio, centrífugas, microscópios e muita quantidade de variadas coisas que se podem encontrar num laboratório.

Ouvi um pequeno barulho ao longe e a aproximar-se muito depressa. Percebi logo que era o Barry e preparei-me.
Claro que só vi um vulto a aparecer de repente na sala e fingi-me assustada.
Também Peter o ouviu e com a mesma rapidez que o Barry chegou o Peter fez uma cara pensativa.
E eu só me apercebi tarde demais

Peter– que interessante o Flash ter aparecido. Ainda seria mais se te amarasses aí a algum lado para eu poder continuar.

Ele obedeceu ao Peter, em transe, e eu percebi que ele tinha sido controlado.
O plano estava arruinado! O que é que eu ia fazer?!?

Barry– o que é que estás a fazer? Solta-me! – o transe não tinha durado muito e o Barry já estava consciente outra vez
Peter– se eu fosse a ti deixava-me em paz ou quem vai começar por sofrer é a tua amiguinha Macy – ele disse segurando-me com força – e depois tu. Achavam que eu era estúpido ao ponto de não perceber o vosso plano? Eu consigo ler mentes!

Ele ria-se e eu só pensava no quão estúpida tinha sido por não me lembrar. O Barry tinha razão, eu não sou boa para a equipa.

Barry– larga-a já!
Peter– só quando acabar. Se bem que me dá mais jeito ter as mãos desocupadas – ele disse enquanto me ia amarrando ao pé do Barry

Tinha sido por minha culpa que o plano não tinha resultado, tinha estragado tudo

Macy– parece que tinhas razão e conseguiste provar que o Cisco está errado – disse só para o Barry
Barry– não, eu desvalorizei-te muito, tu tens potencial e és se calhar a única pessoa que nos pode salvar agora
Macy– como? Eu nem consegui que o Peter não ouvisse o que eu pensava
Barry– tu é que tens as habilidades todas acrobáticas, tenta fazer alguma coisa

Apesar da ter a certeza que não ia conseguir, tentei fazer alguma coisa para ver se pelo menos ajudava um bocado.
Ao fim de algum tempo a tentar soltar-me, consegui ir desfazendo o nó. Estava super contente, mas tinha que ter cuidado com o Peter; depois de me soltar, soltei o Barry.

Ele rapidamente correu até ao Peter para o impedir, mas o Peter apercebeu-se e mandou-o ao chão mentalmente.
Era a minha oportunidade, se queria salvar-nos era agora.

Nem eu própria percebi muito bem o que fiz, mas a partir do teto, andei até ao Peter e mandei-o ao chão, a tempo do Barry se levantar e o prender.

Barry– obrigado! – ele disse soltando um suspiro

Entretanto o Joe apareceu, mas já vinha tarde, nós já tínhamos salvo o mundo. Ok, estou a exagerar um bocado.
Atrás do Joe, veio também o resto da equipa.

Cisco– oh meu deus, o que é que aconteceu?
Barry– história muito longa que eu e a Macy – ele disse sorrindo para mim – contamos depois de prendermos a sério o nosso amigo – apontou para o Peter

Depois de prendermos o Peter numa cela igual a que me tinham prendido, o Barry contou a história e eu fui acrescentando alguns pormenores.
Ele deu grande pormenor na parte em que eu nos salvei e fiquei muito contente, parece que realmente o tinha impressionado.

Barry– Macy posso falar contigo, em privado? – ele disse quando acabou
Macy– claro!

Fomos para outra sala e esperei que ele falasse.

Barry– eu devo-te um grande pedido de desculpas. Duvidei de ti e achei que não tinhas potencial, mas superaste muito mais não só as minhas espetativas mas as do Cisco, e tudo sem treino.
Macy– não faz mal, eu também acreditei demasiado em mim. Depois percebi que não tenho assim tantas capacidades, afinal foi por minha culpa que o plano correu mal
Barry– não é verdade, não podias adivinhar que ele ia fazer isso. E sem ti, não tinha resultado. Obrigado, a sério!

Dei um pequeno sorriso e depois de me despedir de toda a gente, o Barry ofereceu-se para me levar a casa. Antes de sair de lá combinamos que, uma vez por semana, à quarta-feira ia lá treinar