Faz uns dez anos que aconteceu, mas me lembro como se fosse hoje. Eu tinha 11 anos, era um menino ingênuo e muito travesso.
Nesse dia, minha mãe me deixou tomando conta do meu irmão menor, Caio. Ela iria no centro da cidade resolver umas coisas.
Nevava muito, a neve estava deixando tudo branco bem rapido, anunciando a chegada do inverno.
Minha mãe saiu naquela nevasca, deixando eu e meu irmão sozinhos em casa, no frio e no escuro (não tínhamos energia em casa, tudo era a base de velas, mas mamãe não me deixou acender naquele dia por motivos que eu desconheço, talvez destino, não sei).
Meu irmão era muito desobediente, se eu falasse uma coisa, ele faria o contrário. E ai que começou problema.
Eu falei para ele ficar dentro de casa, mas ele não me escutava, ficava do lado de fora fazendo palhaçadas, e a neve só a almentar.
Uma hora, vi ele na janela, tremendo de frio e roxo, ele encarava para algo que estava atrás de mim, Caio tinha uma cara de assustado, então ele começou a se desesperar, falando para eu sair da casa, me juntasse a ele do lado de fora, mas eu pensei que fosse brincadeira dele.
Todavia, eu resolvi olhar para trás.
Por que eu olhei? Poderia simplesmente ter corrido para porta e me juntado a ele. Mas não foi o que fiz.
Olhei para tras, e lá estava ele.
No meio da escuridão da minha casa, havia uma figura grotesca, com patas de bode e corpo de gente, sua cabeça, era uma mistura de homem com bode, e nela se projetavam dois grandes e grossos chifres. Seus olhos eram brancos e brilhantes, me encarando.
Eu fiqueu em estado de choque, não conseguia me mover, nem sequer gritar, mas acho, que qualquer coisa que eu tenha feito, não iria mudar nada.
A figura foi ficando com a cara estranha, como se estivesse com raiva, e foi chegando perto de mim, e a medida que se aproximava, sentia um frio horrendo. Quando ele estava em minha frente, o frio era quase maior que o de la de fora.
Dei uma última olhada para tras. Meu irmão estava imóvel, com os olhos vidrados, todo roxo. Caio estava em pe com a mão grudada na janela, ele olhava diretamente para o monstro. Mas ali eu soube, que meu irmão já não estava mais entre nós.
Quando olhei para frente mais uma vez, o mostro estava cara a cara comigo. Não tive tempo de falar uma única palavra.
Encontraram nossos corpos depois de três dias, pois nossa mãe só conseguiu voltar quando a nevasca acabou.
Eu ainda fico pelas montanhas perto de minha casa. Ajudo viajantes perdidos em dias de neve. E meu irmão, eu nunca mais o vi.
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Creepypasta, Histórias De Terror
Horror"Papai, aquele homem está usando a gravata de um jeito estranho." "Que homem querida?" "Esse pendurado atras de você." Contos perturbadores sobre um mundo que sempre tivemos vontade de conhecer, o sobrenatural. Crianças, adultos e idosos, ning...