POV LUCY QUINZEL
Estou na minha casa, deitada em minha cama. Ouço o som de gostas de água, lágrimas. Lágrimas que estão caindo dos meus olhos nesse exato momento. Que droga! Eu não quero chorar, eu não aguento mais chorar.
Ouço o som de vozes, dizendo coisas ruins, coisas que eu não quero ouvir, eu posso fazer o que for, e essas vozes continuarão lá.
Por que? O que eu fiz para merecer isso... eu sou uma louca?
Pego meu celular e mando uma mensagem para Ivy vir até aqui, em poucos minutos, a campainha toca.
Minha tia não estava em casa, ela estava no... em... na... eu não sei onde ela está. Desde que eu dei um surto, ela sumiu.
Vou até a porta de entrada, abro ela e vejo Ivy.
Dou um abraço nela, ela entra, fecho a porta e vou até a sala conversar com ela.
-São as vozes né?- ela diz
Eu faço sinal que sim
-Quando elas começaram ? - ela me pergunta
Eu penso um pouco e respondo:
-No dia em que eu matei o Theo, o cara que me violentou.- Deixo uma lágrima cair dos meus olhos, pois lembrei de um momento da minha vida que não quero nunca mais viver.
-É...
ela estava com uma cara de pensativa
-Aceite a verdade... - ela diz com certeza
Eu não entendo
-Aceite a verdade? - pergunto a ela
-Aceite que você é uma assassina, louca, que foi abandonada pelos pais quando criança, e agora pela tia. - Como ela sabe? Como ela pode dizer isso a mim? Como ela pode ser tão rude e cruel dizendo isso?
-Essa é a verdade, e o único jeito de você não ter mais as vozes, é aceitando.- ela me explica- Você precisa de apoio Lucy, e o seu "namorado"- ela fala num tom irônico a palavra namorado- Não vai te ajudar.
Ela estava certa
-Lucy você tem problemas, e felizmente eles tem soluções. Eu vou te ajudar a solucionar esses problemas, em seguida tudo ficará bem! Eu prometo!
Eu sorrio fraco
-Obrigada...
Dou um abraço nela.POV NARRADORA
Noah comprou algumas coisinhas no mercado, foi para o esconderijo do grupo dele, deixou as compras lá, e foi treinar seus poderes.