Altos, verdes, claros,
santos, alegres
sempre belos
Os montes das Gerais
inspiram e protegem a recatada Maria,
esquecida guerreira do dia a dia,
que só conhece a ti
e no seu sopé faz a vida
Estão aí
Sempre estiveram
A guardar o segredo do tempo
que as beatas insistem em espalhar aos quatro ventos,
fingindo contar à boca miúda
Emolduram o singelo
e resguardam o sincero
do Midas, que de planejar tocar,
semeia a desgraça do progresso
com seu maquinal acontecer
Na falta do mar, sempre levando a dúvida
reflexiva e trazendo a calmaria
em ondas de sabedoria.
O monte, se contemplado
deixa até o mais desencontrado
certo de que, enfim, achou
o paraíso sagrado.
De cá, um filho do cinza:
minha reverência e encantamento.
Deixo para teus melhores rebentos
a dura missão de anunciar sua essência
Eles podem até não te entender
Mas sempre serão você.
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Desangústias em revista
PoésieE se a árvore do meu olhar cresce e dá frutos e entorta e envelhece e farfalha e desfolha. Eu escrevo um poema. Porque a cada vez que ela cai em silêncio eu morro mais um pouco...