Momentos

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Hey .... eu sempre esqueço de postar aqui. Acho que é porque ninguém lê ou sei lá. Enfim, no Spirit meu perfil é mais atualizado e há mais fics lá, então se alguém tiver interesse esse é o link:

https://spiritfanfics.com/perfil/worky

Vamos ao que interessa né?

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- Como foi à viagem? - Louis segurava aquela taça de vinho de forma tão elegante que por algumas vezes eu me pegava pensando se não estava sendo meio idiota. O moreno era mais velho, bem sucedido, lindo, inteligente, e é claro que nossas mensagens demonstravam certa tensão e tesão. Mas e se tudo aquilo fosse só brincadeira? Ele parecia ser muita coisa para um garoto de 21 anos que nem havia terminado a faculdade.

- Foi até que rápida, mas eu... Estava bem ansioso para chegar aqui. - Tomei um gole da bebida, segurando a taça com delicadeza.

- Por que? Por conta da entrevista? - A forma felina que o outro perguntava aquilo me fazia suspirar, a mão sendo esticada de forma despretensiosa na mesa enquanto ele me fazia provar alguns pratos exóticos da cozinha tailandesa.

- Por sua causa da verdade. Eu não sabia direito o que esperar. Apesar da gente se falar bastante seria a primeira vez que você iria me ver. E você poderia muito bem me detestar. - Sorri envergonhado, colocando minha mão igualmente na mesa, seguindo sua despretensão.

- Vai soar bobo se eu falar que também estava ansioso para te ver? - Senti minha canhota ser tomada pela mão gentil e quente do editor, dando um sorriso envergonhado para ele. - Na realidade vai soar muito bobo se eu falar que por algumas vezes eu pensei em sinceramente ir para sua cidade te ver? - Meu sorriso se alargou com aquilo e de forma natural nossos dedos se entrelaçaram.

- Já conversamos sobre isso... Universitário idiota que pegou matérias demais e que tinha tempo e dinheiro de menos. Mas se pudesse eu teria vindo antes para te conhecer. - O beijo que recebi nas costas de minha mão havia me feito quase suspirar. Aquele idiota estava tentando me deixar em estado líquido, só podia.

- Não gosto quando meu menino se chama de idiota. Você é esforçado e eu sabia que ia tirar notas altas em todas as matérias, sem contar seu blog que está cada vez melhor. Aquela revista que eu te indiquei a última vez para fazer uma matéria sobre pressão acadêmica te elogiou muito para mim, sabia? Claro que eram coisas que eu já sabia. - Seu sorriso era largo e realmente orgulhoso, me fazendo afagar sua mão de forma carinhosa com o polegar.

- Seu menino quase não deu conta ok? Mas conversar com você sempre me acalmava e me impedia de surtar. - E de uma forma que não parecia possível o sorriso do moreno se alargou ainda mais. - E cada vez que você me indicava para um trabalho e eles me davam um retorno positivo eu precisava me controlar para não sair gritando para o mundo o quão eu estava feliz. São nessas horas que eu penso que escolhi a coisa certa sabe? A coisa que me faz feliz.

O almoço transcorreu da melhor forma possível. Nossa conversa era amena, doce e contínua. Falávamos sobre seu trabalho, sobre minha faculdade, livros, viagens que o outro havia feito, viagens que eu gostaria de fazer. Nossas mãos pareciam imãs que quando separadas por conta da comida ou das taças logo exigiam ficar juntas novamente, se entrelaçando e deixando que os dedos brincassem um com os outros. Suspirava de forma satisfeita com aquilo. Todo o clima que muitas vezes mantivemos pelos meses de contato virtual parecia se manter quando estávamos frente a frente.

Como um lorde inglês o outro não me deixou pagar a conta, falando que era seu convidado e me conduziu para um belo passeio por Londres. Não era minha primeira vez na cidade e o outro poderia ter sido clichê e me levado Palácio de Buckingham ou a London Eye, mas como típico londrino nascido e criado na cidade cosmopolita Louis me conduziu para um passeio intimista. Explorando ruelas desconhecidas pelos turistas, me mostrando igrejas e palácios igualmente bonitos, mas que não estavam tão frequentemente nos livros de turismo. Haviam construções pitorescas e que mesclavam com lojas aconchegantes e vintages. Eu nunca havia ficado tão feliz de ter minha câmera a tira colo, fotografando tudo o que podia e vez ou outra focando no dono dos orbes azuis e tirando fotos escondidas antes que o mesmo notasse e me desse uma "bronca" bem humorada. No final da tarde meus pés já estavam doendo e eu me sentia cansado, mas imensamente feliz por cada pedacinho daquela cidade e daquele homem que eu conhecia. O outono dava sinais que acabaria em breve e o crepúsculo trouxe uma brisa mais gelada do que esperávamos. Foi impossível não aproximar nossos corpos enquanto retornávamos para as ruas mais movimentadas, emitindo um som de aprovação quando senti o braço do mais velho passar por minha cintura e deixar com que nossos corpos andassem juntos.

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