Amor e ódio - Parte 1

o aborto

Eu cheguei na clínica cedo passei informações como idade e tempo de gravidez; o pagamento já havia sido feito. No sistema constava que eu iria fazer um preventivo.

O Gian não chegava nunca, eu decidi ligar para ele porque a enfermeira estava aflita , realizar algo ilegal e ainda demorar tanto . Depois de mil mensagens o Gian respondeu

" Liz, não poderei ir faça o procedimento tranquila que você está em boas mãos e eu estou rezando por você "

Eu pensei em ligar para o Victor cheguei a digitar o telefone dele mas, achei q ele me encorajaria a desistir . Como eu não tinha amigos entrei sozinha.

A auxiliar mandou eu tirar toda minha roupa e vestir uma roupa branca que parecia uns lençóis costurados. Em seguida eu me deitei sobre uma maca com as pernas abertas.

Enquanto esperava a enfermeira toda minha vida passou pelos meus olhos e eu nunca pensei que seria tão difícil é doloroso arrancar de mim mesmo uma vida que na cabeça de todos nunca existiu e do nada as palavras do Victor pesaram na minha mente.

"Você perdeu o brilho dos olhos! Nunca deixe nada nem ninguém tirar isso de você. "

Naquele momento parecia que o Victor tinha razão e realmente estavam tirando o brilho de dentro de mim. E o Gian um cafajeste queria arrancar e ainda me largou sozinha.
Mas, eu precisa tirar o bebê já tinha ido tão longe.

A enfermeira entrou na sala e realizou um ultrassom para olhar o tamanho do bebê em seguida disse

- Será difícil ! Qualquer erro eu posso perder você. A criança está muito grande ! Onze semanas é muito tempo

Eu comecei a chorar muito e ela começou a falar

- Você parece ter a idade da minha filha. O que você está fazendo aqui ? Você sente alguma coisa pelo bebê posso notar a dúvida no seu olhar. Não é como algumas que apenas querem deletar um "virus" de seu ventre. O que aconteceu com você?

- eu fui obrigada a terminar com o homem que eu amava e comecei um relacionamento escondido com o meu professor e então eu engravidei e ele me trouxe até aqui. Porém ontem eu contei tudo para o homem que amo e ele disse que era maluquice que eu devia ficar com o bebê, que ele não aguentaria me perder. Então, eu fiquei nessa dúvida terrível.

- Garota , você é uma criança ! Vá para casa conte a sua família e criei o seu bebê - Eu me levantei e comecei a me vesti , quando eu me virei a mulher tinha sumido.

Como minha mãe diria, aquela não era uma mulher de verdade, era um anjo vestido como mulher que me vinhera proteger e colocar no caminho correto.

Peguei um Uber e fui para casa de meu pai e fiquei lá pensando na vida e no que dizer para o Gian.