Amor e ódio - Parte 1

De volta às intrigas

*Victor*

Sábado de manhã eu sentia o aroma suave de canela e o perfume da mamãe se espalhava por todo o apartamento eu me levantei ainda de cueca e moletom olhava para a janela com tom de desapego e muita saudade dos dias cinzas e frios de São Paulo da garoazinha e as roupas gigantes que em engoliam nasci e me criei praticamente aqui 17 anos e agora teria que mudar de estado e cidade sobreviver ao clima quente da Bahia e me adaptar a uma casa,escola, pessoas novas e uma vida nova.

Era o meu último fim de semana em Sampa e você sabe que quando se está no ensino médio acontecem um monte de reggues sem nenhum propósito além de ficar bêbado e esse sábado prometia minha mãe ia ter tipo uma despedida com os colegas do hospital e eu iria para um reggue promovido pelo terceiro ano com a minha namorada Alexia.

Alexia doce Alexia era linda corpo esbelto,alta,cabelos ondulados e um sorriso que desmorona qualquer cara feia a terceira mulher mais linda do mundo ( a primeira é a minha mãe claro e a segunda a vovó que faz um bolo de chocolate do outro mundo ou melhor do outro estado) e a mais bonita daquele reggue.

Tinham se passado algumas horas às 16 horas da tarde a mãe foi até o hospital tirar seus últimos pertences e depois sairia para se despedir e eu me arrumava para buscar a Alexia.Tomei um banho bem quente e demorado penteie o cabelo várias vezes só faltou eu arrumar camada por camada da minha franja com as mãos,tomei um banho de perfume,peguei uma calça jeans rasgada muito estilosa e coloquei uma camiseta.

Peguei um táxi até o prédio da alexia que não era muito longe ela já estava me esperando.Quando chegamos no reggue (que era na própria escola porque o intuito da festa era arrecadas fundos para o terceiro ano pagar a formatura) eu paguei as entradas e comprei duas roskas começamos a beber e dançar muito.

Estávamos dançando a horas a Alexia falou no pé do meu ouvido:

"Victor eu te amo! Aqui está meio sem graça vamos dar um role na escola a menos que o bebê tenha medo de fantasma"

Eu fiz que sim com a cabeça e disse que a amava também.Fomos andando sem rumo até chegarmos a sala de judô a Alexia se jogou nos colchões e eu fiz o mesmo ficamos deitados olhando para o teto um tempo e falando o quanto de saudades que sentiríamos um do outro.Até que a Alexia sentou-se no meu colo virada para mim começamos a nos beijar intensamente para uma garota de 15 anos ela era muito exaltada começou a rebolar e tirar a blusa eu lambia carinhosamente os seios dela e ela abria minha calça. Eu nunca a vi daquilo jeito os olhos dela brilhavam ela estava louca e eu não vou mentir estava gostando do lado selvagem dela eu estava quase gozando quando ela colocou a mão dentro da minha cueca gemia baixinho DE REPENTE!!! DO NADA !! SEM JUSTIFICATIVA !!! ela se levantou e deu para falar:

"Victor eu não quero te vê nunca mais você só me vê como objeto sexual, como o cara mais velho que pega uma novinha para se divertir graças a Deus você vai embora porque eu não quero te vê você só veio para transar comigo "

Eu falei

" O que?  Sério isso Alexia ? Eu tenho 17 anos nunca transei com você na verdade nunca transei na vida eu sou virgem e você diz que eu quero te usar é sério isso garota? Eu te amo! Eu quero transar com você sim porque a minha mãe diz que transar é bom mas quando você transa com quem ama é melhor ainda rola uma sintonia de tudo.Eu conversei com seus pais pedi autorização ao seu pai até ao seu tio man e você acha que sou um cara tão escroto assim? Sinceramente não te obriguei e nem te pedi nada da próxima seja mais madura nem comece ou saiba como desistir assumindo que não quer mais. Eu vou para casa encaixotar minhas coisas passar bem "

Eu pedir um táxi pelo aplicativo quando cheguei em casa mandei mensagem para a mãe avisando que estava tudo bem. Troquei de roupa e fui olhar as mensagens do celular tinha cerca de 200 mensagens só no grupo da sala e umas 20 da minha amiga Lara.Dei preferência a Lara claro ela estava muito nervosa e dizia :

"Victor carolhooooo!  O que aconteceu no reggue todo mundo já está sabendo que você tava usando a Alexia o vídeo de vocês tá rolando solto no grupo da sala "

Eu não conseguia entender ou pelo menos queria fingir que não conseguia.Eu mandei um áudio contando tudo para Lara que me respondeu:

"Victor você não fez nada de errado você amava aquela vaca mas ela foi muito puta com você eu acabei de saber que ela apostou com o João Paulo que ia armar uma para você na festa do terceiro ano e parece q ela armou e gravou vídeo provando td e a sala toda já está sabendo o tamanho da sua pika e que você sabe chupar direitinho"

Eu não conseguia dizer nada só tremia e ficava pálido e ao mesmo tempo agradecia por não ter que nunca mais vê aquelas pessoas. Sentei no chão abracei o travesseiro e dei para chorar eu não merecia isso eu amava tanto ela e ela foi tão cruel. Finalmente tomei coragem de olhar o grupo da sala e estava lá nosso vídeo várias risadas e comentários.

Minha mãe chegou em casa de madrugada  eu ainda estava no chão chorando ela me viu e ficou muito  nervosa ela me perguntava :

"O que aconteceu ?? Victor ! Fala comigo Victor ! Você tá passando mal ?? Victor ! Pelo amor de Deus !"

Eu peguei o celular abri na conversa com a Lata botei o áudio para ela ouvir e em seguida ela ela leu as mensagens da Lara.Eu confiava na minha mãe mais do que em qualquer pessoa eu podia contar qualquer coisa a ela falar sobre tudo ela tinha um espírito muito jovem.Após le as mensagens ela olhou para mim me abraçou forte e começou a dizer:

"Eu sinto muito ! Me perdoa por não poder fazer nada! Eu queria poder te proteger de todo mal de dentro das pessoas "

Meio que ela não sabia o que dizer talvez na verdade com certeza ela nunca lidou com esse problema eu chorava baixinho até que peguei no sono nos braços dela.

No dia seguinte tomamos café juntos arrumamos caixas tentamos ao máximo nos distrair e manter a mente ocupada enquanto arrumavamos as malas finais.A noite embarcamos para Salvador de avião apenas com as malas de mão; o resto das bagagens só chegaria em 15 dias úteis  junto ao carro que a transportadora traria.