41- sangue,suor e lágrimas

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Eles passaram o fim de semana na casa da família de Karina e voltaram para São Paulo na segunda.
Ao contrário do que Karina imaginou sua mãe não a encheu de perguntas sobre como ela engravidou mas ficou babando em cima dela e fez todas as comidas que Karina mais gostava.

Voltaram a vida normal, trabalho e mais trabalho.

Quando completou oito meses Karina teve que se afastar da clínica, ela havia enchado devido a gravidez e sua barriga não permitia que ela mantesse o ritmo que um médico deveria ter.

Quando fez nove meses ficou mais ansiosa que o normal, ela havia marcado o parto que seria cesário. Mas nem tudo é como planejamos, Cinco dias antes ela foi surpreendida por fortes dores, seu filho iria nascer e o pior é que ela estava "sozinha", Yon e Joane estavam no trabalho pois ainda eram três horas da tarde.

__ai Deus! Caralho que dor! - ela choramingava enquanto tentava encontra o número de Joane na agenda do celular.

__a senhora tá bem? Eu ouvi gritos...- a governanta da casa entrou no quarto de Karina como um relâmpago.

__não Neide..eu...eu acho que vai nascer.. - Ka falou com dificuldade enquanto as dores aumentaram.

__ai meu Deus! A senhora quer que eu ligue pra clínica? - Neide foi até ela já preocupada.

__na..não.. Vai..de..demorar. Ai.- choramingou- Neide como dói! - uma lágrima caiu. Ka estava com o celular no ouvido mas a ligação só chamava, nada de Joane atender. Ela tentou ligar pra Yon mas foi direto pra caixa postal.

__dona Karina! Eu posso levar a senhora, vamos que menino não espera ninguém quando vai nascer. - Neide falou já ajudando a Karina a ficar de pé. - onde estão as coisas que a senhora vai levar pra maternidade?

__eu ...ai..eu não sei...acho..ai meu Deus!- fez careta de dor- acho que tá no quarto...no quarto.. Ai...do Johann.

__vem, depois a gente pega.

Elas desceram as escadas com muita dificuldade mas enfim chegaram na garagem e Neide ajudou Karina a entrar em um dos carros e a levou para a clínica.

__aai..- Karina já chorava no banco de trás. - agora eu entendo...dói muito... Ai..

__calma dona Karina, aguenta. A gente vai chegar lá.

__vamos? Nesse..trânsito?- ela fez cara de desespero. - porque eu não lembrei que moro em São Paulo? Ai...deveria ter ido pra casa..ai..da minha mãe...

__garanto que a gente chega lá em dez minutos. - Neide saiu desviando pelos carros e entrou em uma rua onde não tinha congestionamento, acelerou o carro em 210 por hora.

__Neide! Pelo amor de Deus! - Ka não sabia se ficava nervosa porque seu filho tava nascendo ou pela velocidade que o carro passava nas ruas.- se eu não morrer no parto vou morrer em um acidente..ai..ai..

Neide ignorou ela e continuo dirigido desviando dos carros e motos e passando nas ruas mais rápido que o permitido, até ultrapassou sinais vermelhos.

__coitado do Yon..ai.. Vão chegar mil multas depois...- mesmo com as dores Karina não conteve a risada.

__chegamos.- Neide falou estacionando o carro em frente a clínica. Ela abriu a porta do carro e logo enfermeiros apareceram para ajudar, foram ainda mais rápidos quando viram que era a dona do hospital quem precisava ser atendida.

Quando Karina foi colocada na cadeira de rodas percebeu que seu celular tocava.

__deixa que eu aviso a eles.- Neide falou pegando o aparelho, Karina ao menos se importou, as dores só aumentavam.

Quatro Semanas Ká (BTS)Onde histórias criam vida. Descubra agora