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Hoje em dia...

Leonardo

Já havia se passado 11 meses, eu estava mais conformado com a ida de Mel, eu ainda me sentia culpado por não ter estado ao seu lado quando mais precisou.

Eu me mudei.
Fui para a grande New York e comecei a estudar em um colégio interno, bom, começar ainda não comecei, mas amanhã vai ser meu primeiro dia lá, espero que seja bom para mim um tempo longe de tudo que me lembra Mel, mesmo sabendo que me olhando no espelho, eu a veria ali, do meu lado....

No outro dia...

Acordei pela manhã e desci as escadas, meu pai havia herdado uma grande herança de minha vó, portanto estávamos bem de vida!
Encontrei minha mãe rezando no sofá, me apoiei na parede e comecei a escuta-la.

- Senhor, cuide das pessoas queridas que estão aí consigo, mas cuide principalmente de uma estrelinha que chegou aí a mais ou menos 11 meses... - Pudia ver a tristeza nas palavras de minha mãe, e isso me intristecia cada vez mais! - Ela tem cabelos ondulados, um sorriso que encanta e uma beleza diferenciada, ela era um abrigo no meio do caos, e isso dava para se ver nos olhos de meu filho, ele à amava, e hoje, ela brilha todo dia a noite, naquele céu imenso e radiante...
- Você gostava dela não é mesmo mãe? - Perguntei.
- Sim filho, ela foi a melhor pessoa que você conheceu.
- Mãe, pode me levar para a escola?
- Claro meu filho, eu só não sei se vou aguentar viver sem você aqui do meu lado.
- Você vai mãe, e eu sempre que poder estarei aqui em casa.
Ela sorriu e me abraçou...

Busquei minhas malas e as botei no carro, estava ansioso por isso, viver longe de tudo parecia bom, eu esperava que sim.

Cheguei a escola e realmente era bem diferente do que eu imaginava.
A escola era sem cor, sem vida... Sem diversão!
Entrei na escola e um cara nos levou até a sala da diretora, que me recebeu muito bem..

[...]

- Querido, este é o seu quarto. - Disse Daniela a Diretora.
- Tudo bem, mas eu preciso da chave, não acha? - Disse eu bem rude.
- Desculpe, acho que estou ficando velha... - ela disse meio tristonha.
- Eu que peço desculpas, eu tô descontando meu mau humor em você.
- Ok querido, você terá três colegas de quarto, e lembrando que os quartos são mistos!
- Tudo bem.
- Sem relacionamento aqui dentro viu?
- Não vou me relacionar com ninguém, o único amor da minha vida se matou!
- Sinto muito...
- Não sinta!

Entrei no quarto e vi um garoto, e uma menina.
- Er, Oi, sou novo aqui. - Disse.
- Percebemos, qual é teu nome? - A garota perguntou.
- Leonardo, e o de vocês?
- Bernardo... - ela falou apontando para o garoto lá atrás. - ...E eu sou a Vitória.
- Hum, qual é minha cama?
Ela foi caminhando até uma cama.
- Tu vai ter que decorar aí, tá tri feio.
- Sim...
Uma garota abriu a porta com tudo e se tocou de cara na cama vazia.
- Oque aconteceu agora Mel? - Vitória perguntou.
Pera aí. Ela disse Mel?
- Qual o nome dela? - Perguntei sussurando para Bernardo.
- Melissa.
- Ata.

Não falei mais nada e sai do quarto, eu não suportaria ficar ouvindo aquela garota sendo chamada de Mel.
Esbarrei em uma menina derrubando seus livros.
- Deixa que eu te ajudo. - Disse eu
- Tudo bem. - disse ela juntando seus livros.
- Qual seu nome? - ela perguntou.
- Leonardo e você? - Respondi
- Sou Ana, muito prazer.
- Sabe me dizer para onde fica a sala da Diretora?
- Eu te levo!

Fomos caminhando até chegar a aquela sala novamente.
- Bom, foi um prazer em conhecê-lo, vou indo para minha aula.
Acenei para ela e logo após bati na porta.
- Entre. - Ouvi a voz da Diretora.
Abri a porta e fui até sua mesa e me sentei na cadeira em frente a dela.
- Olá querido, porque não foi para aula?
- Eu queria saber se tem como me trocar de quarto?
- Porque?
- Coisas pessoais.
- Tudo bem, eu vejo se tem outro quarto vago. - Ela disse sorrindo - Aa, conheceu alguém aqui no colégio já?
- Sim, a Ana.
- Ela é uma ótima aluna. Bom, vá para a aula que eu darei um jeito, tchau.

Sai de sua sala e fui para meu quarto errando vários corredores. Peguei minha mochila e o papel para ver em que aula eu teria que ir.
Geografia.
Eu odeio Geografia, Química e Física.
Entrei na sala 6 e fui para o final da sala.
- Com licença, o senhor poderia se apresentar por favor? - O suposto professor me chamou.
- Poder eu posso, só não quero! - Respondi.
A turma inteira vibrou com a minha resposta e o professor me olhou como se estivesse me fuzilando.
Eu não responderia assim, mas eu sei que Melanie sim.
Eu não queria ser ela, mas eu queria ser parecido com ela.
Saí de meus desvaneios quando ouvi o professor dizer que eu era um imbecil.
- Não sabia que simples professores poderiam tratar alunos assim! - Disse.
- Eu não sou um simples professor. - Disse ele irritado.
- É oque então?
- Eu sou Bi-mes... - Algum aluno o interrompeu.
- O professor tá se assumindo. - Disse o aluno.
- JA CHEGA! - O professor disse saindo da sala.
A turma começou a rir e conversar alto enquanto eu apenas me sentei e comecei a escrever coisas em meu caderno...

-----------Demonstração-----------

Melanie, você não sabe a falta que me faz, eu fui um babaca em te deixar, eu tinha apenas medo de te perder.
Não sei se consegue me ver, ou ouvir aí de cima, mas saiba que eu sempre te amei!
Eu pensei em você todos os dias em que não falei contigo e não estive ao seu lado, e saiba que me arrependo muito de ter sido medroso o bastante para te deixar por uma ameaça.
Hoje em dia, eu me culpo muito por sua morte, ver seu pai chorar, minha mãe pedir todos os dias para que você estivesse bem ai, acredite, é difícil.
O meu bem maior era você, e eu acabei perdendo por bobeira.
Sabe minha estrelinha, você amava tanto o luar, agora faz parte dele, mas a parte ruim, é que eu não posso estar ao seu lado aí.
O seu abraço era meu abrigo nos dias de tempestade, sua mão era aquela que me tirava dos poços mais fundos que me meti, e sua boca, era linda, mas eu não pude beija-la por medo também.
Percebi que eu deixei de ser feliz por um medo bobo, eu me deixei cair em um buraco tão fundo e não peguei na sua mão para me tirar dele, e saiba que eu me arrependo por tudo isso!
Eu te amo minha estrelinha!

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- Que lindo! - Disse uma menina que estava lendo o texto que eu havia escrito. - Prazer, Melanie.
Quando eu escutei o nome dela me virei para olha-la e eu quase não acreditei...
- Você tá viva?
- An, tô sim, porque não estaria?
- Mel, porque sumiu e inventou que tinha se matado?
- Eu não inventei nada e não sumi, e também não te conheço, licença.

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Gente, as vezes eu irei fazer capítulos com apenas um P.O.V, mas nem sempre será assim tá?
Bjos eu amo vcs ❤🐼🦄

Diario Pós-Suicidio (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora