Sem argumentos

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Capítulo 5

- Arabella Lockhart

- Sem argumentos

— Eles já chegaram aqui? — Sebastian perguntou ao reparar na grande quantidade de fotógrafos que se amontoavam diante da limousine em que estávamos.

O Centro Regional de Pesquisas do Câncer se localizava a oito quilômetros de distância da praça central de Heidi, onde estávamos anteriormente, e o tanto de jornalistas que dispostos lá já se concentravam quase que o dobro aqui.

— Cada jornal tem seus departamentos - falei sem refletir todo o pesar que eu sentia sobre isso, enquanto mexia no pingente que Katherine havia guardado para mim. -, eles são da sessão de saúde.

— Corrigindo - Sebastian se interpôs -, são da sessão acabe com todos que tentam melhorar a saúde, só querem fofocas!

— Muito provável - concordou Demetria no mesmo instante em que um repórter conseguiu passar pela segurança que defendia com coragem a limousine e sua câmera se colou ao vidro da minha janela, mandando flashes para dentro do carro.

— Isso é tão agradável. — Bufou Sebastian e eu o mirei irritada, impedindo que minha boca fosse vista pelas câmeras — Que foi? — ele perguntou rindo — Vai me falar que eles leem lábios por meio de fotos!

— Nunca se sabe do que eles são capazes - falei antes de me virar para frente, tecnicamente, permitindo que o repórter continuasse a tirar mais fotos de mim.

— Eu bebi leite de cabra — Sebastian falou chamando a atenção de todos no carro, até Joseph, o motorista, olhou pelo espelho retrovisor.

— O que foi isso? — Jules perguntou para meu irmão.

Ao contrário de Raphael e de mim, Jules e Sebastian tinham uma ligação muito forte, característica da de irmãos. Eles sempre estavam rindo de algo com sua própria forma de falar e suas piadas internas, tinham livre arbítrio para conversar um com o outro, até meus pais sabiam sobre a amizade que meu irmão tinha com seu guarda, isso nunca foi segredo para os mais próximos. E, também, isso nunca impediu Jules de realizar seu trabalho como qualquer outro guarda, acho que ele se esforçava até um pouco mais do que o normal.

—Imagina se sai isso estampado em uma revista qualquer - Sebastian falou entre risos -, acho que minha mãe iria me matar. Sebastian Lockhard foi recusado pela mãe na infância e bebeu leite de cabra.

— Ah, Sebastian - choraminguei —, da onde você tira isso? — perguntei fechando levemente os olhos.

— Eu juro que eu gostaria de saber qual o seu problema, de verdade! — Demetria falou rindo, escutei a risada de quase todos no carro enquanto eu realmente me perguntava qual era a diferença entre minha maturidade e a de meu irmão.

— Foi só uma piada para descontrair. — Ele disse guardando novamente, depois de muitas mensagens enviadas para a garota misteriosa, o celular no bolso de dentro de seu paletó.

— Altezas - Raphael chamou do banco da frente da limousine —, iremos sair, por favor, todos atentos.

Minhas empregadas voltariam para o castelo e Demetria seria acompanhada por um guarda até umas das cadeiras que ficariam atrás de mim e de Sebastian, ao lado dos guardas. Eu e Sebastian saímos do carro acompanhados de Jules, Raphael e mais dois guardas, recebendo outra escolta de guardas na entrada do edifício central de pesquisas. A comitiva aconteceria no hall e quando adentramos muitos dos repórteres tentaram nos abordar antes mesmo de conseguirmos chegar ao palanque.

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⏰ Última atualização: Jun 24, 2017 ⏰

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