Sorrisos inevitáveis

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Notas iniciais:

Eu não sou muito fã de colocar notas inciais, mas eu precisava! Indico totalmente vocês lerem esse capítulo escutando a música Lose my cool da Foxes, foi ela que me ajudou a terminar esse capítulo, e eu estou completamente viciada nela. Espero que gostem do capítulo!

Capítulo 3

- Arabella Lockhart

- Sorrisos inevitáveis

- Já está pronta, alteza? - Frida me perguntou quando eu terminei de calçar meus saltos.

Levantei-me e dei uma última ajeitada em meu terninho, ele era verde água claro, como se estivesse esbranquiçado. A blusa de dentro tinha um tipo de gravata que se alongava até minha cintura, era leve dando a impressão que tinha um lenço amarrado bem ali. O blazer por cima e minha calça social justa que batia até um pouco acima dos meus tornozelos. Os sapatos de cor marfim dando um contraste perfeito. Nessas situações que eu achava minha roupa perfeita eu literalmente tinha uma vontade de dar pulinhos e deixar um gritinho fino escapar da garganta.

É, Arabella Pariseau Lockhart tinha seu lado artístico voltado para a moda, um bem pequeno e quase nunca exposto, mas tinha! Meu cabelo estava em um coque frouxo como eu normalmente usava e como joias reais só carregava brincos de perola e minha tiara.

- Sim, estou - falei tocando uma última vez em meu colar que não era da realeza, mas era real e eu estaria carregando, antes de coloca-lo por dentro da blusa.

- A rainha lhe aguarda no salão amarelo para o café da manhã, alteza - Raphael me informou assim que Frida abriu a porta do quarto me dando espaço para passar.

- Meu pai e meu irmão não estarão presentes? - perguntei já seguindo a frente apenas com minha agenda em mãos.

- Não, o rei me pediu para lhe entregar isso - Raphael chegou até meu lado e me entregou um papel dobrado ao meio com extremo cuidado.

Sempre que meu pai não conseguia nos encontrar para alguma refeição ele se sentia na obrigação de se justificar conosco. Uma pequena carta com breves palavras em sua caligrafia impecável mostrando que ele havia escrito com total calma, que não era algo que ele escrevia de mau grado e nem corrido, ele escrevia porque queria.

No papel ele pedia desculpas por nem ele e Sebastian não poderem estar presentes para o café da manhã, mas que se tivéssemos sorte nos encontraríamos novamente no jantar para uma refeição em família, ou quase já que agora Elisa estava na escola preparatória.

E ela fazia tanta falta! Elisa sempre estava no castelo, era como se quando voltávamos de um longo dia atribulado sempre teria alguém de sua família te esperando para te receber, era reconfortante.

Mesmo que ela não gostasse de ficar no castelo, mesmo que ela nem quisesse saber sobre o que havia acontecido nas reuniões e eu pudesse desabafar com ela, Elisa era minha irmã e eu sentia saudades dela estar no quarto ao lado me irritando ou eu mesma resmungando por algo que ela fez.

- Obrigada - agradeci a Raphael o olhando apenas de relance e continuando meu caminho para encontrar minha mãe.

O salão amarelo se localizava no primeiro piso do castelo, minha caminhada até lá não demorou quase nada e quando cheguei lá minha mãe conversava algo com Elena, sua assistente.

ArabellaOnde histórias criam vida. Descubra agora