Amor Real. #Vol.1

ONZE

*Justin*

Estaciono de frente ao edifício da Peiser. Saio rápido do carro, entro no hall de entrada, e vou direto ao elevador.

"Com licença. O Sr. não pode entrar sem permissão" uma recepcionista corre em seus saltos tentando me alcançar.

"Eu tenho a minha, obrigada" respondo sem diminuir o passo.

Quando estou perto do elevador a recepcionista me alcança e fica entre min e o maldito elevador.

A observo de cima a baixa. Pouco mais baixa que eu, claro, esta de saltos. Branquinha, de olhos verdes, cabelos pretos e um corpo escultural, valorizado no vestido azul escuro justo de recepcionista. Leio "Bethany" em seu crachá.

"O Sr. é surdo por acaso? Não me ouviu dizer que não entra sem permissão?" ela me repreende levando as mãos aos quadris.

Vejo que é desaforada.

"Falo o mesmos. Por acaso não me ouviu dizer que tenho a minha próprio permissão?" ela cora, mas de raiva.

"Você até pode ser muito famoso Sr. Flynn. Mas, aqui você só entra com permissão interna. Venha comigo."

Se vira andando até um escritório. Eu a sigo.

"Eu poderia, e posso chamar a segurança Sr. Flynn, mas como minhas sobrinhas adoram sua banda vou pergunta porque você esta aqui" ela fala oferecendo um acento, que recuso. "Então, o que quer aqui?"

"Vim falar com uma pessoa que trabalha aqui."

"Quem?"

"Lena Roth, não sei muito bem qual a função dela."

"Nossa diretora executiva" responde quase não me deixando falar.

Posso jurar ver as engrenagem rodarem em sua cabeça escura, até uma lâmpada acender.

"Ah sim, ela namora o Ross Fyler."

"Não precisa me lembrar disso, tá legal? Quero vê -lá agora."

"Hey, hey. Já falei. Você só pode entra naquele elevador com a permissão dela."

"Esta bom. Avise ela" faço um movimento impaciente para o telefone sobre a mesa.

"E é exatamente isso que vou fazer" ela vai até o telefone e tecla o botão 2.

***

*Lena*

Estou aqui desafiando Andrei a continuar sua festinha de indiretas em minha sala.

Nunca trocou mais de meia dúzia de palavras comigo e agora esta aqui, se mostrando um homem duram.

"Já acabou?" sorrio sem entender o que estamos fazendo.

Ou o que eu devo fazer. Manda -lo embora? Falar do passado? Nenhuma das opções parecem boas.

"Na verdade não Princesa."

Fico sem ar. Ele sempre me chamava de Princesa na época da faculdade. Percebendo o que falou, Andrei limpa a garganta e volta a falar.

"Mas, quero entrar em outro assunto, um tanto pessoal" com menção a palavra "pessoal" já me levanto.

"Não, não. Meus assuntos pessoais são apenas meus, o que fazemos aqui é trabalho, e você querendo ou não, vai continuar assim. Agora saia da minha sala" tento parecer forte, mas soa com se estivesse com medo, medo dele. Do que não deveria sentir.