História de família

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Após sair da delegacia eu fui para casa, afinal eu não sabia onde Hayato estava. Entrei em casa e minha mãe já me fez uma cara feia, provavelmente os policiais tinham ligado para ela e eu estaria ferrada. Por isso me sentei e esperei ela desabafar.

"Sakura ! O que você estava fazendo em um beco naquela hora ?"

"Eu estava apenas caminhando pra refrescar a mente, e o beco é aqui perto de casa, eu só estava por coincidência passando por ele, foi só isso !"- e não era exatamente mentira

"Sei, mas de alguma maneira você sempre está no lugar errado; tem certeza que não sabe quem é o assassino ?"

"É claro que não mãe, acha mesmo que eu possa acobertar um assassino ?"

"Não, é só que depois do que aconteceu com o seu pai, eu fico muito preocupada com você; tem certeza que não quer me contar nada ?"

"Não é nada."

Então eu saí, entrei no quarto e tranquei a porta... Não acredito que ela está botando a culpa no papai pelos problemas dela.

5 anos atrás - Pai da Sakura

Estou aflito, não sei se vou conseguir pagar a dívida, o que eu faço ? Se eu não pagar, ele vai tirar a Sakura de mim, não posso permitir, tenho que agir logo. Fui até a minha mulher, ela olhou triste para mim, eu me senti culpado por ainda não ter o dinheiro da dívida que eu fiz a muito tempo com a máfia; eu era uma espécie de cobrador, e se precisa-se eu até tinha que matar por eles, mas deis de que Sakura nasceu eu mudei, não quero ser mais essa pessoa, eu ensinei a Sakura a lutar, a atirar e ser uma garota forte; e sei que ela é, apesar de eu achar suas ações as vezes tão frias eu a amo, ela só tem 11 anos, pode mudar, ainda a esperança para ela, já para mim não sei, prefiro me entregar do que deixar que machuque a minha família.

Então voltei ao presente e olhei novamente para a minha esposa, dessa vez ela não estava olhando para mim, mas sim para a minha filha que me olhava por trás.

Quando eu a vi me olhando logo pensei que poderia ser a última vez que nós nos veríamos, pois eu sabia que ao sair por aquela porta eu já estaria condenado, uma morte certa

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Quando eu a vi me olhando logo pensei que poderia ser a última vez que nós nos veríamos, pois eu sabia que ao sair por aquela porta eu já estaria condenado, uma morte certa. Tudo que fiz foi pela minha família e espero que ela saiba disso quando eu não estiver na vida dela para protege-la, espero que um dia ela possa me perdoar por não ser o pai que ela merecia.

"Eu estou pronto !" - disse a minha mulher

Ela começou a chorar e me abraçou e eu retribui, então dei um beijo em seus doces lábios pela última vez e fui abraçar minha filha, ela não entendeu na hora, mas sei que um dia ainda vai entender, mesmo que demore anos, eu vou fazer o possível para protege-las até o último momento, o último suspiro.

Então saí apressado e não olhei para trás, não queria ver suas caras tristes ou eu não conseguia.

Após chegar ao lugar marcado, dois homens grandes me levaram até AT, sigla do nome desconhecido do chefe da Yakuza; nem acredito que eu estava realmente na presença dele, mesmo quando eu trabalhava para máfia só ouvia boatos sobre ele, era realmente lendário. Logo vi que em sua presença estava um garoto que parecia ter a mesma idade da minha filha, mas o mais estranho era que seus olhos eram iguais ao de Sakura, frios como a neve, sem nenhum sinal de humanidade.

AT- "Você tem uma dívida conosco e resolveu pagar com a vida, então que assim seja."

Foi quando eu perguntei :
"Vocês não vão machucar a minha família não é ?"

AT- "Não, mas eles devem sair do Japão, pelo menos por um tempo, e não se preocupe, meus homens já foram a sua casa avisá-los.

"Ok, sendo assim aceito o meu destino."

Olhei para o garoto e vi que o AT fez um sinal para ele, então o menino pegou uma katana e chegou até mim, assim eu pude ver todo o seu rosto puro, que ao mesmo tempo parecia traumatizado talvez por algo em seu passado, mas em nenhum momento se mostrou assustado, ele apenas sorriu para mim e cortou a minha cabeça de uma vez só, sem dor, sem sofrimento, apenas boas lembranças.

Dias atuais - Sakura

Fico com raiva quando minha mãe fala do meu pai,  afinal ele morreu para nos proteger, mas a questão é que não posso parar de matar, pelo menos não enquanto eu não ficar com quem eu amo, só ele pode me completar e com sorte até preencher com amor essa escuridão do meu coração.

Um dia ainda vou alcançar a felicidade, e eu vou matar todos que tentarem me impedir. E apesar da dúvida que está sendo cultivada no meu coração depois do novo assassino, eu vou permanecer firme, nem que eu tenha que ir ao inferno, Yuki vai ser meu, ele tem que ser.

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