Me conhecendo melhor (assassino)

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Acabei de escrever a carta e sai correndo para o armário do Yuki para que ninguém me visse, foi então que eu tropecei na escada e cai em cima de alguém.

Quando eu fui ver era Hayato passando a mão pelos meus cabelos enquanto me olhava profundamente, eu hesitei por um momento, mas acabei olhando para ele também, seus olhos eram profundos e ao mesmo tempo com um aspecto piscicopata, eu achava isso d...

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Quando eu fui ver era Hayato passando a mão pelos meus cabelos enquanto me olhava profundamente, eu hesitei por um momento, mas acabei olhando para ele também, seus olhos eram profundos e ao mesmo tempo com um aspecto piscicopata, eu achava isso de certa maneira atraente, mas suspeito.

Foi então que o sinal tocou e eu percebi que já estávamos nos olhando naquela posição a muito tempo, por isso envergonhada levantei e sai apressada até a sala, assim o deixando num eterno vácuo.

Cheguei na sala e avistei Yuki, foi então que lembrei que eu não tinha entregado a carta, por isso fiquei muito irritada, era tudo culpa do Hayato e daquele maldito tombo, porque eu tinha que cair justo em cima dele ?

Hayato

Ela me deixou lá sem qualquer reação, mas isso não me deixou irritado, apenas curioso, provavelmente do jeito que ela reagiu quer dizer que ficou envergonhada, e isso com certeza era uma doce imagem dela aos meus olhos, assim como ver corpos decapitados.

(Final das aulas)

Hayato

As aulas já tinham acabado, mas dessa vez decidi deixar Sakura ter um dia de sossego, enquanto eu teria um dia bem agitado.

Fui em casa para pegar meu capuz, afinal não queria ser abordado na rua por ninguém, peguei uma luva e uma faca, de cozinha mesmo, afinal assim iria ser mais discreto, fazendo as pessoas pensarem que se trata de um vagabundo qualquer; agora devem estar se perguntando porque​ eu mato ?! Bom, tudo começou quando eu tinha apenas 7 anos, meus pais tinham acabado de chegar de uma viagem em Paris, mas com ela veio outros problemas. Naquela época eu não sabia, mas meu pai estava traindo a minha mãe com uma puta vagabunda de Paris, por isso ao chegar da viagem que eles vieram discutindo, minha mãe estressada por descobrir a traição mandou ele em bora, e nisso tivemos alguns dias de sossego, até que ele abriu a porta de casa todo bêbado com uma garrafa de vodka na mão e começou a gritar com a minha mãe, ela me afastou e tentou conversar com ele, mas não adiantou, ele a atingiu com um soco bem no meio do rosto, o que a fez cair no chão, isso tudo na minha frente, então ele virou para mim e perguntou o que eu estava olhando, foi então que ele levantou a mão para mim, e quando já ia me bater, minha mãe segurou a mão dele na hora, assim fazendo com que ele ficasse muito irritado; ele pegou nos cabelos dela e a acertou com a garrafa de vodka bem na cabeça, assim a fazendo ela cair em meio a uma possa de sangue; quando eu vi o que tinha acontecido peguei a tesoura que eu estava usando anteriormente e enfiei na garganta dele enquanto ele estava de costas, o fazendo cair morto sobre minha mãe, ela arregalou os olhos quando viu o que eu tinha feito, mas ao contrário do que os outros pensariam ela não me achava um monstro, ela me amava, por isso não se importou, então com muita dificuldade me puxou para perto dela e me disse :

"Meu filho, seu pai tevê o destino que buscou, mas meu último desejo agora é que você viva, que seja uma criança feliz e para isso acontecer precisa se livrar dessa tesoura e bem rápido !"

"Mas por quê ?"

"Por que apesar de você ser de menor pode ser acusado de assassinato, olha por favor confie em mim, preciso que faça exatamente o que eu mandar."

Então ela me falou exatamente o que eu tinha que fazer para me livrar da tesoura e me limpar, eu podia ter apenas 7 anos, mas o meu espírito já era de um assassino, por isso de algum jeito antes de minha mãe falar era como se eu soubesse exatamente o que fazer, como agir. O principal era que minha mãe viu a frieza de como eu agi, mas ela não ligou, afinal aqueles eram os seus últimos momentos antes de ela me deixar, eu não queria chorar, mas não consegui, ela era realmente a única pessoa com que eu me importava, e ver ela morta em meus braços sabendo que não pude fazer nada para impedir, deixou em um estado de ira e caos no meu coração que eu não conseguia preencher e agora que meu pai estava morto a única pessoa que faltava me vingar era a puta de Paris, mas como eu não sabia quem ela era não podia fazer nada, por isso depois desse dia jurei que nunca seria fraco de novo e que as pessoas iriam passar a me temer.

E depois de toda a experiência e polêmica com os meus pais passou eu pude viver uma "vida normal de novo", se é que matar pessoas por puro prazer e vingança pode ser chamado de normal, mas pelo menos para mim é. Eu cresci assim, sem alma nem sentimentos, apenas um vazio que era preenchido pela morte das minhas vítimas. Anos se passaram e eu já tinha 17 anos, me mudei para a grande cidade de Tokyo, onde eu nasci e fui dar uma caminhada noturna, foi aí que eu a vi, de cabelos escuros que flutuavam e se destacavam com a noite, ela tinha grandes sacos pretos nas costas e o uniforme que parecia de colegial ensanguentado.

Achei um tanto curioso e resolvi segui-lá discretamente, nisso a vi os jogando num valão próximo e não tão fundo, assim logo depois que ela saiu eu entrei e abri os sacos que tinham um cheiro peculiar, e não acreditei quando eu vi que eram vários pedaços de uma garota, fiquei surpreso, mas a única certeza que eu tinha naquele momento era que ela e eu tinhamos uma ligação especial e que seria ela que daria sentido a minha vida tediante e preencheria o vazio no meu coração deixado anos atrás.

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