Aja como um então!

52 5 0
                                    

POV Verônica Inglesias

Tava sonhando com algo maravilhoso quando de repente sinto algo molhado e muito gelado em mim, levanto da cama em um pulo escutando uma risada que reconheci ser da Maya, revirei o olhos.

- Porra, Maya! - Gritei e a idiota continuava a rir, tomara que morra por convulsão, zoas, morre não.

- Apenas te acordei, tentei te chamar e nada te acordava. - Ela disse ainda rindo, tirei minha blusa que estava toma molhada, olhei pra minha cama, vou ter que chamar alguém pra limpar isso.

- Você botou gelo nessa água? - Perguntei incrédula, ela me olhou, assentiu e voltou a rir. - Idiota. - Resmunguei e fui para meu banheiro.

- Não fica braba não, Vero, foi engraçado, vai? - Ela disse sentando na pia.

- Se eu pegar uma gripe a culpa vai ser sua, ai eu vou contar pra Rose o que você fez. - Falei enquanto ligava o chuveiro e entrava no box.

- Ah ta. - Ela riu. - Para de ser chata, eu aposto que ainda ta de ressaca.

- To mesmo, mas não tanto, já tive piores. - Ri.

- Tenho certeza que sim, mas voltando ao assunto de ontem, você falou sobre viagem. - Ela me lembrou, vê se pode essa guria, me acorda com água e ainda vem querer viagem.

- Uhm, nós poderíamos escolher algum outro país, ou estado, sei lá, só preciso que esse lugar tenha praia. - Ela assentiu.

- Também acho, que tal, Ilhas Maldivas? - Gostei, deve ter altas festas. - Lá é lindo, e tem praia, imagina as festa de luau que podemos fazer.

- Legal, vou pesquisar e arrumar tudo, não se preocupe, a gente fala com o pessoal e vê se eles concordam. - Terminei meu banho e peguei minha toalha, sai do box e fui escovar os dentes.

- O que tu vai falar para o Billy hoje? - Ela perguntou curiosa.

- Não tenho nada pra falar, eu já contei a verdade, agora ele decide se vai continuar defendendo meu pai ou cair na real. - Limpei minha boca e sai do banheiro indo até meu closet, peguei uma calça jeans bordo, uma blusa cinza, all star cano alto cinza, um top e uma cueca feminina, comecei a me vestir.

- Espero que vocês não briguem, você é bem explosiva. - Ela riu entrando no closet.

- Não sou explosiva, só faço o que me vem na cabeça. - De dei ombro, terminei de me vestir e peguei o secador de cabelo.

- Você é explosiva sim, lembra daquela vez que você partiu pra cima do Jonathan só porque ele derrubou suco em você? - Ela levantou as sobrancelhas sorrindo divertida.

- Ok, talvez um pouco explosiva, mas tanto faz, só não gosto de provocações. - Dei de ombros e peguei meu rímel, a única coisa que eu uso, ou pelo menos sei usar.

- Ta, vamos logo, hoje eu tenho aula com a Miss.Nathasha e sinceramente, ninguém merece. - Ela revirou os olhos e saiu do closet, peguei minha mochila e meu celular, sai atrás dela, logo estávamos em meu carro e parti pra escola.

.

Como sempre encontramos Billy na frente da escola, percebi que ele encolheu os ombros quando me viu.

- Oi, Billy. - Maya sorriu pra ele que me olhou por alguns segundos e depois olhou pra ela.

- Oi, Maya. - Sorriu fracamente, chega ser engraçado o fato dele ser tão medroso.

- Eai. - Sorri de lado pra ele que levantou as sobrancelhas, revirei os olhos. - Não se preocupe, estamos de bem, ok? - Ele sorriu e assentiu, o dei uma chave de braço e baguncei seus cabelos. - Mas nunca mais me desafie, seu moleque. - O larguei, gargalhamos.

- Vamos entrar. - Maya nos chamou, entramos dentro da escola e seguimos para sala, teríamos aula juntos.

.

Estávamos na aula de Inglês, sinceramente, sou ótima nessa matéria e a professora é mó otária, então botei meus fones de ouvido tocar música no mais alto som, olhei pra Emma, a mesma tinha cara de tédio e estava lixando as unhas, Maya estava desenhando algo em seu caderno, olhei para Billy e franzi o cenho, ele olhava para algum lugar e sorria, olhei na mesma direção e vi Rayssa, a mesma trocava alguns olhares com ele e sorria, nota mental: Lembrar de perguntar o que houve na noite do luau. Sorri negando, coloquei meus pés na mesa e encostei minha cabeça na janela. Depois de alguns minutos senti um puxão fazendo meus fones caírem, abri meus olhos e encarei a pessoa pronta para lhe dar uns tapas, mas vi que era meu pai, o que ele faz aqui?

- Verônica, pode me dizer o porquê de estar ouvindo música em uma aula importante como essa?! - Ele me encarava irritado.

- Porquê eu quero. - Levantei os ombros como se fosse uma pergunta e sorri divertida ao ver em seus olhos fúria, isso papai, perda a sua boa pose na frente de todos esses adolescentes.

- Veja bem como fala, eu sou seu pai, garota. - Ele disse entre dentes, levantei ficando frente a frente com ele, que por sorte é do meu tamanho.

- Então porque não age como um? - Não desviei o olhar de desafio.

- Todos nós sabemos o temperamento explosivo da nossa colega Verônica, então, é melhor vocês dois conversarem lá fora. - Ouvi a voz cautelosa do diretor, subordinado.

- É uma ótima ideia, venha comigo, filha. - Revirei os olhos ao ouvir tal pronuncia vinda dele e me segurei pra não retrucar, não aqui.

Saímos da sala, o senhor que diz ser meu pai parou no corredor e olhou para o diretor que sorriu educadamente e se retirou, esperei perder o mesmo de vista e depois voltei meu olhar para o homem a minha frente.

- O que veio fazer aqui? - Perguntei curta e grossa.

- Maneira bem nesse seu tom frio minha querida filha. - Sua voz saiu irônica. - E respondendo sua pergunta, eu vim aqui pois soube que você discutir de novo com o diretor, além de ter tentado agredir um rapaz. - Ele sorriu levemente. - Posso saber o motivo? Sabe que eu na tolero a violência. - Idiota.

- Me poupe, e respondendo sua pergunta. - Imitei sua fala. - Eu simplesmente defendi meu primo daquele prevalecido, sabia que o Billy sofre bullying? - Ele arregalou os olhos, neguei já sabendo a resposta. - É claro que não, você não sabe nem o que acontece comigo, vai saber oque acontece com o seu querido sobrinho.

- Eu sei oque acontece com você, inclusive, oque você tem comprado, esse é outro assunto, você realmente conseguiu gastar $18,000 Mil dollars? - Ele me olhou incrédulo.

- Fiz uma doação para uma instituição de caridade, não vai fazer falta pra você. - Dei de ombros, era verdade, bom, $8.000 dela sim.

- Ok, o assunto que eu quero realmente falar, é que infelizmente essas férias não vou poder passar com você, e no final do ano, antes do natal eu vou ter que viajar para Paris, tenho consultas marcadas, então você pode passar o natal, ano novo e essas férias de verão sozinha, não é? - O olhei sem saber oque dizer, é claro que eu posso, mas eu pensei que... Pensou nada Verônica, achava mesmo que ele iria desistir do trabalho ou de suas amantes por você, nada mudou, nada vai mudar.

- Claro. - Minha voz saiu fraca, limpei a garganta. - Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem sem você. De novo. - Ele me olhou e encolheu os ombros, eu sabia que meu olhos agora deveriam estar vazios, minha magoa era refletida nele, ele era minha magoa.

- Bom, eu tenho que ir... Até logo. - Ele me olhou por mais alguns segundos, depois arrumou a postura e o blazer social azul marinho, deu as costas e saiu, peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Emma falando para ela levar minha mochila pra casa, mais tarde eu passaria lá e a pegaria, disse pra ela não falar nada pra Maya, e se a mesma perguntasse, a respondesse simplesmente que eu sai com o senhor Inglesias.

Sai da escola, entrei no meu carro o liguei e sai, relaxar, é o que eu preciso agora, sei bem quem pode me ajudar nisso.

.

Bom, esse foi mais um capítulo bosta ou talvez nem tanto, mas o próximo vai ser extra e vai contar a história de cada um dos principais personagens, menos a de Billy porque ela já esta na sinopse da Fic, então até logo! Amo vcs <3

Quanto vale uma amizade?Onde histórias criam vida. Descubra agora