Oque ela significa pra mim

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Pov Vero Inglesias
15 de Setembro de 2017
Eu estava pensado em comprar um vestido novo, daqueles estilo gode, e uns saltos novos também, ja enjoei dos meus. Eu estava entediada e odiava estar assim, ainda mais nos últimos dias que uma certa pessoa não saia da minha cabeça. Eu tinha começado meu plano de (umas das duas não saírem ferradas), eu estava afastando Alice de mim, eu sou Verônica Inglesias, se tem pessoa de mais carne fraca do que eu que se apresente por favor, eu jamais conseguiria manter distância daquela pessoa linda por conta própria, eu tinha que fazer ela querer distância de mim. Pode ter sido uma solução babaca, mas naquele momento eu não tava pensando muito, eu só queria que nada desse mais errado na minha vida, por isso fui egoísta, manipuladora, e uma babaca, comecei a zoar com Alice, não dá forma "hey, estou te zuando porque estou apaixonada por você" não, era da forma ruim mesmo, daquela forma que incluía humilha-la na frente de pessoas, e machuca-la, não sei se algum dia vou conseguir me perdoar por isso.
Na verdade eu nem sabia que ela iria se machucar tanto, porque ela parecia ser tão forte, achei que umas palavras e frases babacas não iriam a afetar tanto, apenas a afastar de mim. Mas foi como a Emma disse "Não foi apenas palavras e frases babacas, foi às SUAS palavras e frases babacas, você sabe o quão cruel pode ser quando quer humilhar alguém, você a machucou", bom teve o lado bom, que na verdade também é péssimo, mas eu consegui atingir meu objetivo, e eu nunca pensei que eu odiaria tanto atingir algum objetivo, Alice se afastou de mim, parou de falar comigo, de me abraçar, de me tocar, paramos de ficar agarradas durante todo o tempo livre das aulas no banheiro, paramos de trocar aqueles olharem calorosos e intensos, paramos de tentar nos envolver. E eu sentia muita falta daquilo, vocês podem até falar "mas você não é Verônica Inglesias? Então, parte para outra", acontece que Alice me ensinou muitas coisas, até antes de conhece-la eu via todos, não apenas mulheres, mas homens também, como objetos, pessoas que eu poderia pegar e largar, eu sei, babaca, mas eu era assim, e nem percebia. Quando conheci a Alice eu tinha apenas uma atração por ela, uma atração bem forte, mas era apenas isso, e mesmo que sentisse algo a mais, eu nunca iria adimitir, não posso deixar de falar que Alice Klliyn é uma das meninas mais lindas da escola, tem um bando completo de imbecis a querendo, só na minha sala tinha dois que queriam ficar com ela, e ela mesmo não querendo ficar com eles, dava atenção a eles, e eu nunca senti ciúmes de alguém que eu só sentia atração, mas dela eu sentia, essa era mais uma novidade. Dentre os dois da minha sala que a queriam, um era o garoto lindo, que tem várias aos seus pés, todo estiloso, e a outra que era uma menina, havia se transformado em uma das melhores amigas dela, era diferentona, cabelo pintado de roxo, piercing, tatuagens, sempre um cigarro na mão e cerveja na outra, famosa maconheira, aí veja bem, eu sei que sou linda e tudo mais, mas de alguma forma, Alice tira tudo oque eu mais preso em mim mesma, é como se eu fosse a Super Girl e ela minha Kryptonita, porque ela consegue fazer com que eu me sinta insegura, insuficiente, ela da um basta na minha impulsividade, e o fato de eu sentir atração por várias ao mesmo tempo? Ela deu um fim nisso, e nós não chegamos nem a namorar, ela consegue me controlar de uma maneira incrível, é como se ela fosse um irmã feito especialmente pra mim, como se tivesse sido criada para ser uma arma que pudesse me destruir, e de certa forma podia. O ano já tinha chegado ao fim, no último dia de aula houve uma festa da nossa turma, foi a última vez que eu vi Alice, e passamos aquela manhã juntas, sim, por mais que eu tivesse a magoado, quando eu fui até ela, ela não fugiu, não se afastou, eu me permiti aproveitar a presença dela naquele dia, acionei o meu melhor modo Verônica, mas quando a manhã chegou no fim, trocamos poucas palavras, eu recebi meu boletim e vibrei com minhas amigas por ter passado de ano, mas de alguma forma eu estava com um vazio dentro de mim, e esse vazio tinha nome, Alice Klliyn.
Parei de ler tudo aquilo que eu havia escrito em meu "diário" ano passado, joguei o pequeno caderno em um canto do sofá e peguei meu celular, já havia se passado muito tempo desde a última vez que falei com Alice, estávamos em 2018, as aulas iriam voltar logo e eu não conseguia tirar ela da minha cabeça, passei as férias todas lembrando de como era bom te lá nos meus braços, seus toques e suas falas ousadas e divertidas. Desbloqueio a tela de meu celular e entro no Whatsapp, vou até o contato dela e minha mente grita para mandar mensagem, eu quero muito, mas não tenho oque falar, não dá pra chegar nela e falar "ei, perdão por tudo oque eu fiz, tava com medo de me machucar, vamos voltar a ter nosso relacionamento de antes?", suspiro irritada, bloqueio a tela e jogo o celular no sofá, respiro fundo e quando vou me levantar escuto a campainha tocar, olho para o relógio na estante, é quase meia noite. Levanto e vou até a porta já que a campainha não para de tocar a abro e encontro Emma de braços cruzados.
- Finalmente! - Ela passa por mim sem mais nem menos.
Fecho a porta - Boa noite para você também, maninha. - Falo irônica.
Emma não me responde apenas vai até o barzinho aonde tem as bebidas e pega um champanhe.
- Achou que eu iria te deixar aqui no seu estado depressivo apaixonado dos últimos dias? - Ela perguntou enquanto enchia uma taça de champanhe. Caminhei até ela é tirei a garrafa de sua mão.
- A - eu não estou apaixonada, B - Esse champanhe é caro demais pra você o abrir assim e tomar sem nenhum motivo especial. - Resmunguei e guardei a garrafa a ouvindo bufar.
- Tu tá apaixonada sim, ainda não se tocou, mas está, e eu sou especial o suficiente para tomar essa garrafa toda. - Ela me olhou fazendo carinha de cachorrinho abandonada. - É meu prefiro, mana. - Muita coisa nas férias, mas uma delas foi que eu e Emma nos aproximamos mais ainda se possível, ela me ouviu por ligação enquanto estava em Paris com seu pai e sua madrasta todos os dias e me aconselhou o máximo que pode em relação a Alice e tudo que eu venho sentindo, acabamos por nos conectar mais ainda e começarmos a nos chamar de mana e maninha.
- Não me olha com essa cara, sem champanhe pra você. - Ela revirou os olhos e bebeu o resto que contia na taça.
- Vamos sair. - Emma disse olhando a hora.
- Sair para aonde louca? - Perguntei.
- Vamos para uma social, sei lá. Tu que é cheia dos paranaue com festas e sociais, vamos pra qualquer uma que tenha bebidas, garotos e garotas dispostos a uma noite de...-
- Tá, já entendi Emma, no quero te imaginar assim. - Falei assustada e ela riu.
- Até parece que tu não faz. - Ela revirou os olhos.
- Tá, eu sei de umas aí. - Falei tentando mudar de assunto, talvez, só talvez eu não esteja mais tão afim de ir pra cama com qualquer uma, e só talvez eu esteja sem ir pra cama com alguém a um mês e meio.
- Perfeito, se veste e vamos.
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A social que tínhamos acabado de chegar era de um amigo meu que estava querendo se despedir das férias, estava cheia de gente e logo na entrada já tinha gente dando pt, gente se agarrando com outras e algumas eu diria que desmaiadas ou dormindo.
Entrei na casa com Emma atrás de mim, estavamos de mãos dadas para não nos perdemos.
- Veroooo - Ouvi uma voz embriagada e grossa me chamar. Vitor, um caro alto, musculoso e estilo playboyzinho veio até mim, ele estava com um braço ao redor de uma menina. - Não sabia que viria, você anda meio... Qual é a palavra? - Ele riu tonto.
- Desaparecida? - Sugeri enquanto sorria divertida pelo estado do cara.
- Isso, você desapareceu. - Ele riu novamente. - Tem bebidas na cozinha e atrás da casa na parte da piscina, tem garotas e música, fica a vontade. - Ele piscou e saiu.
- Vamos pegar uma bebida.

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