Chapter 1

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Estamos em guerra o tempo todo, os seres humanos lutam implacavelmente, todos os dias por alguma causa, pessoas batalham arduamente para terem aquilo que os satisfazem. Não, neste momento eu não estou falando de nenhum tipo de conflito que abrange mais de um país na qual envolva tanques de guerra ou armas e mortes a todo tempo, eu estou dizendo daquela guerra que mata sonhos, destrói sentimentos e acaba com a esperança.

Contudo, o verdadeiro conceito de guerra relaciona-se, no seu significado mais natural e popular, à luta armada ou ao conflito militar entre duas ou mais nações, e caso não saibas, essa é a minha realidade atual. Guerra se tornou o assunto mais mencionado e debatido por todos os seres que tenho familiaridade. Nenhum tipo de confronto começou, mas sabemos que ela esta a caminho, e como dizem os especialistas da área: ela irá ser muito pior do que supomos.

Mas você já parou pra pensar que em ambas situações que inclui algum tipo de luta, seja por territórios, ou seja por sentimentos, acabam com a esperança?

Guerras, de que modo for, nunca serão boas.

Na década passada, os estudantes ingressavam em algum estabelecimento de ensino com o intuito de adquirir conhecimento e agregar valor às atividades através de comprometimento e determinação, isso era o essencial na vida das crianças, esse era o normal no cotidiano dos alunos, porém a Inglaterra é sedenta por soldados e territórios, e como se não bastasse somente aos adultos, crianças e adolescente também eram treinados, o tempo todo, para lutar dentro da sua própria escola. Na educação física, foi substituída as corridas e os exercícios aeróbicos por como segurar corretamente uma arma e uma espada. Em história éramos ensinados como os soldados lutavam para resultar numa guerra vitoriosa, a questão é que muitos não sabiam ler e muito menos somar, mas em como atirar todos já eram peritos.

Caso você tenha algum tipo de interesse em saber, meu nome é Louis William Tomlinson, sou um garoto cujo bairro todo conhece devido à facilidade da minha mãe em fazer amizades, onde a cada vizinho que passa ela me apresenta a eles. Tenho, atualmente, dezoito anos e sou um dos próximos soldados inexperientes a ser retirado da minha mãe e levado para o campo de guerra.

Essa situação toda sempre me lembra das brincadeiras de alguns anos atrás, quando eu era uma das diversas crianças que costumava brincar de guerra com meus poucos amigos, mas diferente de algumas infâncias, a nossa brincadeira se tornou realidade e junto a ela veio o temeroso medo.

- Senhora Malik? O que está havendo? Por que choras? – Corri até ela e questionei à morena que soluçava sentada na escada de madeira da varanda segurando uma tulipa azul em sua mão trêmula.

- Zayn foi levado. – A moça me encarou com seu par de olhos castanhos inchados e avermelhados. – Eu estou com tanto medo, Louis.

- Primeiro se acalme, precisas ser forte agora, eu compreendo que é difícil, mas sejas forte por ele, seja corajosa pelo seu filho. – Sentei ao seu lado no mesmo dregau de madeira já desgastada. – Tenho certeza que Zayn irá ficar muito melhor se souberes que estais bem, ou que pelo menos se esforças para tal.

- Você é um anjo, Louis. – A mulher segurou meu rosto colocando cada uma de suas palmas em minhas bochechas e deixou um beijo demorado na minha testa.

- Eu prometo cuidar do Zayn enquanto eu tiver condições. – Retirei suas mãos sobre minha face e pus meus braços ao redor da sua cintura sendo retribuído por Trisha e assim formando um abraço apertado.

- Por favor e obrigada por isso. – Outra lágrima foi derramada molhando as maçãs ruborizadas do seu rosto. - Cuide-se lá e voltem juntos, eu ainda quero ver vocês reunidos com uma família ao lado.

- Nós lutaremos o máximo que conseguirmos para que isso aconteça. - Depositei um beijo em seu rosto e fui em direção a bicicleta.

Habitamos em uma rua muito humilde, na qual as maiorias das casas são simples e de madeiras grudadas uma as outras, mas apesar da nossa simplicidade eu preciso citar o quanto vivemos em uma avenida colorida, onde em cada lar há um tipo diferente de flor e cada uma delas tem sua cor própria, formando assim algo como um arco-íris dentro de uma avenida, porém ultimamente a única coisa que tenho visto quando subo pelas manhãs frias na minha bicicleta acinzentada e vou até o galinheiro buscar ovos pra minha mãe, é pessoas chorando ou com uma expressão melancólica, infelizmente, não tem mais felicidade, o conflito está, pouco a pouco, tirando isso de todos nós.

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