Capítulo I - Gabriel Martins

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     Dever algo é ruim. Dever algo para a Máfia é mais do que ruim. O que piora ainda mais a minha situação é dever para A Máfia, a mais temida, Mietitori. O nome pode soar estranho, e eu admito que ri da primeira vez que ouvi falar nesse nome, mas quando te contam o significado, você para de rir na hora.
     Ceifadores, é como eles se autoproclamam, e com suas tatuagens de corvo eles aterrorizam o país. O Corvo simboliza mal agouro, sendo um elemento obscuro, traz a morte. Dever para algo desse gênero é burrice, mas ninguém falou que eu sou esperto. Obviamente a Mietitori iria querer tirar vantagem disso e me ofereceram "opções". Ou eu trabalho, ou arrancam o meu pinto (o que não é uma opção). Trabalhar é uma coisa muuuito boa, e trabalhar pra esses caras vai ser o Paraíso (só se for ao contrário).
     Com a minha cabeça (as duas) sendo ameaçada, e sendo escravizado por livre e quase espontânea vontade, eu tenho plena consciência de que vou me ferrar muito, mas como dizem, "devemos defender aquilo que amamos", eu amo os meus membros e pretendo mantê-los intactos.
     Um nome a qual nunca se deve esquecer além de Mietitori é a de sua líder, a dona de todo o Limbo, a comandante do terror: Beatrice Benacci. Ela é do tipo que não ladra (não diga a ela que a chamei de cadela) mas morde quando você menos espera. Se eu esquecer de seu nome em sua presença, adeus pinto.
     Toda esta dramatização só está acontecendo por um motivo: estou na sede da Mietitori e em frente à sala da Malévola. Ainda não sei o que será de mim, mas aqui tem coragem, e devemos enfrentar os dragões de frente. Que a sorte esteja sempre ao meu favor, e que ninguém me mate.

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