Capitulo 2 - Continuação

74 33 85
                                    

Ficamos cerca de 30 minutos a caminhar.

Não me atrevi a falar algo durante esse tempo, nem sequer a olhar diretamente nos olhos deles, mas conseguia sentir que eles me estavam a observar. Não paravam de olhar para mim durante todo aquele tempo.

- Ainda falta muito? - disse por fim, visto que já estavamos a andar há algum tempo.

- Estamos quase a chegar - disse-me o homem mais alto.

-Não me parece que me estejam a levar para a saída, sinceramente. Talvez eu a consiga encontrar sozinha mesmo, não pre..

O homem de barbas olhou para mim de uma forma assustadora.

-Não! Tu vens connosco. -interrompeu.

Dito isso agarrou me em ambos os braços, fazendo com que eu não me pudesse mover. Estava indefesa... E sem forças.

-SOLTA-ME - Gritei

Os dois deram um riso de gozo. Enquanto o mais velho me segurava para não me soltar, o outro aproximava-se de mim.

Quando dei conta o meu coraçao estava a bater de uma forma excessivamente rápida.

Tinha que fazer alguma coisa.

- Vamos fazer um acordo - disse o outro enquanto se aproximava - Tu brincas um pouco connosco, e depois, deixamos-te ir.

Não tive tempo de responder. Começou a pôr-me a mão na cara, no pescoço e por abaixo...

Começei a gritar muito alto.

Tentei dar pontapés mas nem isso consegui. Já reparei que sou bastante fraca.

O homem começou então lentamente a puxar-me o vestido para cima , que estava tão sujo que já nem parecia branco, quando...

NÃO! NÃO, NÃO.. Porque é que eu vim com eles? Sou tão burra.

Tenho que fazer alguma coisa.

Pensa rápido Hazel... É isso, já sei! Estou cheia de fome.

Rapidamente consegui planear algo que talvez até possa resultar, ou não...

Se a intençao deles é violar-me ou algo assim, pode vir a ser um mau plano.

-Ahm, desculpa.. - dirigo-me ao homem que me estava a agarrar as mãos - talvez eu te possa beijar?! sei lá, só para completar aqui a brincadeira.

- Hm... - estava com um ar um pouco pensativo e , obviamente,  desconfiado- ok, pode ser!

Aproximei então a minha boca ao seu pescoço, e mordi-lhe. Foi algo muito rápido, por isso não deu para ele fazer algo que impedisse isso.  Passado uns 3 segundos caiu desmaiado no chão.

O amigo dele, que parecia estar divertir-se enquanto me tocava, deu um grito.

Eu notei que ele estava com um pouco de medo. Até dei um pequeno sorriso, estes dois nojentos merecem isto, sem duvida.

Pensei em morder-lhe também, mas ele ficou cheio de medo... e também, ele ainda me pode vir a ser util, porque ainda quero saber a saída.

A verdade é que também já tenho muito sangue , não preciso de mais.

- O-Ok.. Eu juro que não te faço mais nada. Apenas deixa-me ir embora , eu deixo-te sossegada. Não me faças nada, peço-te.

- Na..na..naa.. -passei as minhas unhas afiadas na cara dele - Primeiro, vais me dizer o caminho.

- S-sim! Claro! - De alguma forma o medo dele excitava-me. É tão bom a sensação de ser a líder, e de ter o controle de tudo!

Dei um sorriso malvado.

Bem, quando matei aquela cabra senti-me realmente um verdadeiro monstro.
Mas agora que matei um humano violador e nojento como este, sinceramente sinto-me mesmo bem.
Ser uma vampira pelos vistos não é algo assim tão mau.


After The StormOnde histórias criam vida. Descubra agora