Enquanto há vida, há esperança.

8

Um bom tempo depois, senti que o carro havia diminuído o ritmo. Abri os olhos e vi que o céu já estava escurecendo. Que horas seriam? A garagem de uma casa então se abriu e papai estacionou o carro em frente a ela. Era uma casa bonita. Me animei um pouco. Tirei os fones e contemplei um pouco mais a casa. 

Assim que o carro parou de se movimentar, papai olhou para mim -que ainda estava um pouco grogue de sono- e disse:

-Chegamos.

Ele tirou o cinto e eu fiz o mesmo. Abrimos as portas do carro e me senti livre. Desci e fui direto ao porta-malas. Papai já estava lá retirando as minhas malas.

-Pode deixar que eu levo. -Ele disse- Enquanto isso você vai abrindo a porta.

Em seguida ele me entregou a chave. Aceitei a ajuda de bom grado e fui até a porta. Destranquei e logo entrei apalpando a parede a procura do interruptor de luz. Logo o encontrei e a luz se acendeu. Era bem diferente da minha casa. Por mais que mamãe vivia arrumando a casa, aquela parecia mais organizada, limpa e bonita. Tinha um ar gostoso e a atmosfera do lugar me animou. Quem diria que ali vivia um homem sozinho.

Adentrei o lugar e ouvi os passos de papai atrás de mim. Fechei a porta para ele e a tranquei.

-Eu vou levar isso para o seu quarto, enquanto isso você pode ir conhecendo o lugar. -Disse papai.

-Tá. -Disse exibindo um sorriso.

Ele subiu as escadas me deixando a sós com o andar debaixo. Fui até a cozinha e vi que ela era bem arejada e moderna.

Me animava cada vez mais. Depois deste cômodo fui para a sala que tinha um ar confortável.