Eu sempre quis conhecer lugares diferentes, outros hábitos, a maneira como outros se expressam, como dormem ou mesmo o estilo de vida que levam.
Durante o caminho, a minha tia explicava-me acerca dos costumes de Bahamas, que é bem diferente dos Estados Unidos. Aqui as pessoas são mais alegres, espontâneas, livres e tropicais. Diferente do meu país que as pessoas são mais superficiais, que se importam mais com o que a sociedade vais achar do que com eles mesmos.
Minha tia mora em Nassau, que é a capital de Bahamas e a cidade mais populosa do país e com praias lindas.
— Chegamos, Lindsay — minha tia disse entrando num condomínio com casas extremamente lindas.
— É lindo! — eu disse dando um suspiro, e ela sorriu concordando.
— Você ainda não viu quase nada — disse ela com um sorriso escapando nos seus lábios.
Ela estacionou o caro em frente a uma casa linda feita de madeira, a arquitetura é antiga com estilo de uma casa de praia.
Saímos do carro, peguei minhas malas e entramos. Assim que entramos na sala fiquei chocada, aquilo era magnífico, lindo e exuberante, o interior da casa é mais lindo que o exterior. As janelas da casa eram enormes, iam desde o teto até ao chão da sala, assim tínhamos uma vista linda da magnífica praia Grand Bahamas.
Me aproximei para ver melhor a vista, que era maravilhosa, a praia é bem linda e cristalina. De longe dá para observar a placa do hotel cinco estrelas do Bahamas.
Voltei a olhar para o interior da casa, as paredes eram feitas de madeira que combinavam com o sofá creme e tinha uma televisão pendurada na parede. Do outro lado da sala havia uma mesa de jantar feita de madeira e mais seis cadeiras.
— Bem linda a casa — eu disse admirando a decoração e ela sorriu.
— Bom, como eu havia dito eu tenho uma reunião agora, tenho que ir — ela disse levando a bolsa que estava sobre o sofá — A Khalisse chegará no final da tarde, está assistindo um campeonato de surf. Até logo — disse já abrindo a porta.
Ela rapidamente foi embora, prometendo que voltaria o mais rápido o possível.
Sai da sala e fui apreciar outros cómodos da casa. O primeiro que achei foi a cozinha que também é de tirar o fôlego, feita de madeira e mármore, estilo cozinha americana. Os armários eram castanhos e cremes e a bancada era feita de mármore, combinando com os azulejos pretos no chão. Havia geladeira, fogão e outros electrodomésticos.
Depois fui ver o resto da casa, tudo lindo mesmo. Sem dúvida eu me perguntava como um lugar pode ser tão harmonioso e lindo como esse?
De seguida fui até aos quartos, o meu quarto será o de hóspedes, então tratei de procurá-lo e arrumar as minhas coisas. O quarto era bem lindo e simples, havia uma cama casal enorme, as paredes eram de madeira igual ao piso, janelas enormes do teto até ao chão com uma cortina branca e um guarda-roupa preto. Ao lado do guarda-roupa havia uma escrivaninha com uma cadeira.
Deitei-me na minha nova cama que era bem macia e confortável diferente da minha antiga cama do internato que parecia mais um saco de batata.
Reparei que no guarda-roupa, no qual havia um espelho enorme, encarei-me no mesmo, pois há tempos que não via meu próprio reflexo. Não sou muito de passar horas no espelho, na verdade nem gosto, a Angel sempre dizia que eu sou linda e devo contemplar a minha beleza, mas eu não me acho linda o suficiente. Eu não gosto do meu tom de pele por ela ser extremamente branca, mas Angel sempre dizia que a minha pele é linda e combina com o meu cabelo castanho escuro e a cor dos meus olhos cinzas meio azul, não entendo a tonalidade dos meus olhos.
Me olho no espelho e noto que a minha pele está mais branca e pálida. Não sei como vou me adaptar aqui em Bahamas por ser uma cidade que faz bastante calor.
[...]
Acordei ao ouvir vozes vindo da sala, aquilo assustou-me um pouco, mas logo relaxei, pois recordei-me que a minha tia disse que a sua filha voltaria no final da tarde.
Meio relutante levantei-me para ver se realmente a minha prima é quem causava esse barulho.
Assim que chego a sala encontro a minha prima com um grupo de meninas, elas estavam sentadas no sofá de costas para mim, elas sequer haviam notado a minha presença, pois conversavam sobre algo que não pude perceber.
Decide me aproximar delas, porque não podia ficar parada só encarado-as.
— Oi — eu disse atrás delas.
Todas elas viram-se e olham para mim com olhos arregalados.
— Lindsay? É você? — uma delas disse presumo que seja minha prima.
— Nossa, como você está crescida!— ela vem rapidamente me abraçar.
Um ato que nem eu mesmo esperava, na verdade eu nem imaginava que ela ainda recorda-se de mim, mas então retribui o abraço. Eu não a vejo há bastante tempo, agora ela está mais bonita e atraente, ela tem os olhos lindos da cor do céu, cabelos loiros lindos e uma pele bem bronzeada.
Khalisse apresentou-me as amigas delas, que nem ao menos consegui decorar o nome de tão complicados que eram.
— Hoje haverá um luar no Grand Bahamas, que tal, vamos Lindsay?— uma das amigas dela perguntou.
Eu não achei uma boa ideia, verdade que eu devo me adaptar, mais eu ainda precisava descansar hoje, então decidi recusar.
— Eu gostaria muito de ir, mas hoje eu preciso descansar.
— É assim que os americanos recusam os convites? — Khalisse perguntou arrancando nossas risadas.
Ficamos conversando, elas explicavam-me sobre os costumes de Bahamas que são mais exóticos. As garotas daqui não se importam com maquiagem nem saltos ou roupas de última linhagem. Para elas apenas calções, uma blusa e chinelos era suficiente para curtirem um churrasco.
Diferente das meninas que eu estava costumada a ver no internato, que se preocupam mais em estar maquiadas, com saltos e roupas que estavam em alta, ou seja, na moda, mesmo que fosse só para ir ao refeitório, e eu sempre achei isso um absurdo. Sempre perguntei-me porquê as garotas do internato faziam isso, será que é por pura vaidade ou para se enquadrar ao padrão que a sociedade exige e depois que fazem isso será que se sentiam satisfeita? Aquilo é muita idiotice.
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I will Always Love you
RomanceLindsay uma jovem de 18 anos, sempre viveu longe da família desde que perdeu a mãe, e consequentemente estudava num colégio interno onde fez o ensino médio em Washington, quando uma outra mulher entrou na vida do seu pai causando um desequilíbr...