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Julia

Gostoso, é isso que ele é, gostoso pra porra, puta merda que menino lindo, estou me segurando pra caralho para não pular em cima dele e rasgar toda essa roupa.
Eu não estou bêbada e muito menos com dor de cabeça, talvez esteja um pouquinho alterada por causa de umas duas cervejas, mas estou bem ciente do que estou fazendo, só disse tudo aquilo e fiz todo esse showzinho para ver se isso de desinteresse realmente funciona, e sim funciona. Santa idiotice isso viu, correr atrás de algo só porque não tem ou está difícil de conseguir, que joguinho idiota meu deus.

"A gente pode passar em algum lugar pra comer? Estou morrendo de fome, não comi nada a tarde toda e nem agora a noite" falo com uma voz meio trêmula pra manter a pose de quem não está muito bem.

"Você bebeu de barriga vazia? Ta explicado" O carro liga "O que quer comer?" 

"Qualquer coisa que tenha sustância e não engorde" respondo.

Ian sorri de canto e diz "Que tenha sustância ou que não engorde? Não da pra ter os dois"

"Tudo bem então" faço uma pausa e finjo estar pensando "Com sustância"

Saímos do estacionamento e passamos os próximos dez minutos calados, não o culpo, fui bem idiota essa noite na tentativa de provar uma teoria absurda, mas o bom disso tudo? No final da noite vou estar na cama dele ou na minha, e eu espero por deus que seja na dele.

Ian está bem concentrado no que está fazendo, não tira o olho do caminho nem um segundo, seu maxilar fica contraído todo o percurso como se estivesse preocupado com alguma coisa, sua expressão só alivia quando descemos e entramos na lanchonete.

"Está tudo bem?" pergunto me sentado na sua frente.

"Sim, por que?" Responde meio aéreo.

"Parecia meio preocupado no caminho" 

"Você estava me observado?" um sorriso de provocação enorme surge em seu rosto.

"Não, claro que" Merda, não devia ter mencionado.

"Então o que foi? Você sentiu no seu interior que estou preocupado com algo?"

Seu sarcasmo só intensifica minha irritação "Não idiota, é só que eu não tinha muito pra onde olhar" 

"Está certo" Ele ergue o queixo "tente se convencer disso" 

Sua alto confiança me tira do sério, esse garoto não se abala por nada.

"Você é assim descontraído tempo todo ou também tem problemas como pessoa normais?" 

Em um segundo sua face fica sombria e seu queixo se contrai "Se eu te contar o encanto acaba princesa" sua expressão sorridente volta "Melhor fazer logo o pedido, não quero perder muito tempo aqui"

"O que você acha que vai acontecer depois que sairmos daqui?" cruzo os braços e me ré encosto na cadeira.

"Se tudo der certo vai acabar com você em cima de mim ou eu de você"

Minha expressão congela, não estou nem um pouco surpresa, já é de se imaginar esse tipo de coisa saindo da boca dele, mas minha mente demora a processar a informação.

"Obrigada, mas não, não vai rolar cara, só uma carona, lembra?"

Ele suspira "Entendi. Você está se sentindo intimidada pelo quão maravilhoso eu sou. Relaxa, acontece o tempo todo"

"Você é um imbecil" 

"E seu sorriso é lindo" quando ele fala isso me pego instantaneamente sorrindo. 

"Vamos sair daqui, perdi a fome" me levanto e começo a caminha em direção a porta. 

"Mas já? Você disse que estava morrendo de fome?" ele me segue.

"Não estou mais, quero ir pra casa" 

"Por que?"

"Por que você esta me provocando Patterson e se eu continuar aqui vou acabar cedendo" já estou quase abrindo a porta do carro quando sinto um puxão em meu braço.

"Primeiro de tudo não fale meu sobrenome, não gosto dele, e segundo, você está me desejando?"

Meu corpo se contrai todo quando ele se encosta em mim e me põe contra o carro pressionando seu corpo no meu.

"Vai se aproveitar de uma garota bebeda?" Pergunto, tentando me manter concentrada e impedir algo que quero muito.

Por um segundo a expressão em seu rosto fecha, porém volta ao normal na mesma velocidade.

"Você não está bebada, está?"

Faço que não com a cabeça, me entrego de vez e paro realmente de tentar, me dou por vencida.

"Por que não gosta do seu sobrenome?" falo devagar tentando controlar o desejo que estou de beija-lo descontroladamente.

"Não muda de assunto, você ta me desejando?" Puta merda, a boca dele está a centímetros de distância.

"Patterson" provoco.

Meu corpo está em chamas, minhas mãos estão tremendo, não de nervoso, mas de ansiedade. Quando imagino seus lábios me tocando, meu coração dispara mais rápido que as letras de música da Nicki minaj.

"Eu já disse que não gosto, poderia parar?"

"Patterson" repito lentamente.

Quando estou preste a fala de novo sinto sua boca em meus lábios. Ondas pulsantes de calor se espalham dentro de mim, começando pela boca e abaixando por todo meu corpo, formigando a pontinha dos meio seios antes de descer um pouco mais.

Ian enfia os dedos em meu cabelo e me puxa mais pra perto, um de seus braços envolve meu quadril para me manter no lugar. Meus seios agora estão esmagados contra seu peito. Seu entusiasmo é equivalente ao meu, os gemidos que ele emite provocam cócegas em meus lábios e fazem meu pulso disparar. Seus lábios se afastam dos meus e passam para a linha da mandíbula, descendo até o pescoço.

Estou quase no meu paraíso particular quando me lembro que nós estamos em publico.

"Vamos sair daqui" Afasto ele.

"E ir para onde?" 

"Minha casa" abro a porta o carro e entro "Vai, entra logo"

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