Cap 1: The Murder

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Camille P.O.V. On

    -Me ajuda... Por favor... Cami eu preciso de você, me ajuda!
    A rua estava escura e eu mal conseguia enxergar nada apenas ouvir sua voz através do celular.
   -Pode parar por ai Alisson, dessa vez você não vai me assustar!
   -Camille! Por favor me ajuda, eu estou com medo, ele está vindo atrás de mim. Ele vai me pegar eu sei que vai.
   -Ali, por que a sua voz está assim? Quem vai te pegar?- agora eu estava começando a ficar preocupada!
   -Acho que é tarde de mais para isso...- ela responde com a voz embargada e trêmula, sinal de que estava chorando.
    -Alisson? Onde você está? Estou indo atrás de você!
    -Na rua da casa da Hanna, acho que ele está atrás de mim, Ali eu estou com muito medo!
    -Hey! Calma, eu estou a três quadras dai, continue andando e não olhe para trás- dou meia volta seguindo em direção a rua da Hanna- vamos continuar no telefone, vai dar tudo certo eu prometo!- odeio fazer promessas quando não sei se posso cumpri-las.
     -Você não pode me prometer isso Cami, sabe que não pode! - ela diz ainda chorando, e aquilo estava me partindo o coração.
    -Olha, eu já estou chegando, estou no meio do camin...- ouço seu grito do outro lado da linha.
    -Ali??? Alisson??- não obtenho resposta mas consigo ouvir seu choro fino do outro lado da linha. O que fez meu coração disparar de preocupação e então comecei a correr mais rápido.
    -Pare, por favor, por favor...- choramingou ela...
    -Pobre Alisson, acho que você sabe que a sua hora já acabou não é mesmo??- ouvi uma voz rouca do outro lado do telefone, eu não conhecia essa voz, do que ele estava falando?
    -Então querida Alisson, quais são suas últimas palavras?- ai meu deus! Ele vai mata-la? Não por favor não, que essa seja mais umas de suas brincadeiras horríveis.
    -ALISSON!!! SE AFASTE DA MINHA IRMÃ SEU FILHO DA PUTA- grito, mas não tenho certeza se ele poderia me ouvir. Droga. Eu não vou chegar a tempo.
   -Eu te amo Cami. Diz para o papai que eu sinto muito, e que vocês foram as melhores pessoas que eu pude ter na vida, amo vocês, me perdoem, por favor.- ela diz do outro lado do celular, e meus olhos já estavam cheio de lágrimas, não acredito que eu vou perder a minha irmãzinha. Por favor Deus não deixe que nada aconteça com ela, por favor!
      -Também Te amo, eu te perdôo, mesmo sem saber o que eu estou perdoando, mas eu perdôo sim. O papai também te ama, por favor Ali, foge, por favor!
     -Mesmo se eu tentasse Cami, ele iria me pegar, eu só quero te pedir uma coisa...- Ela é interrompida pelo cara com a aquela voz rouca extremamente grosseira.
    -Acho que já chega do momento família né, anda logo vadia eu não tenho todo o tempo do mundo, então como você prefere? Um tiro na cabeça, no coração, ou que eu te abra no meio? Nah não responde, deixa que eu escolho o mais divertido, então vai ser a terceira opção não é mesmo?
 
    -Toma cuidado Cami, Por fav... aaaaa- ouço seu grito e então percebo que estou muito perto da rua onde ela estava, talvez eu possa salva-la. Sem conseguir continuar a ouvir seus gritos de tortura, desligo e jogo o aparelho dentro da bolsa e continuando a corrida desesperada, eu já estava ficando sem fôlego, e então ouvi  um grito, e depois outro, um grito de dor perturbador...  Cami pensei...
     -NÃOOO!- gritei ao ver um corpo jogado no meio da rua, me aproximo vendo seu corpo, ai meu deus, haviam decepado sua cabeça e ela estava com um corte que ia do início de sua barriga até seu peito aberto, com os seu órgãos expostos, estava irreconhecível, mas eu sabia que era ela, eu sabia, as roupas o formato do corpo, tinha que ser!
    -Ai meu deus Ali, o que fizeram com você? Por que fizeram isso?- caio de joelhos ao lado de seu corpo, com as mãos trêmulas procuro pelo meu celular, discando o número da ambulância ainda com os marejados com lágrimas sem conseguir parar de chorar.
     Como puderam fazer isso com ela? Quem seria tão cruel a esse ponto? Eu não entendia, mas sabia que precisava descobrir, só não por onde começar. Olhando para a frente da rua, notei alguém, era um cara, ela estava todo vestido de preto, virado na minha direção embaixo de um poste de luz, ele queria que eu o visse ali, suas mãos estavam atrás de seu corpo, seu rosto estava escondido atrás do capuz que vestia, a única coisa que eu conseguia enxergar era sua boca. Então um sorriso apareceu em seu rosto, e ele tirou as mãos de trás das costas, ainda sorrindo, em uma mão ele segurava uma faca e na outra, a cabeça da minha irmã, era ele, ele era o assassino, e agora iria me matar.
     Meus batimentos estavam  acelerados e eu mal conseguia respirar, ouvi a sirene da polícia se aproximar e a minha visão foi escurecendo até que eu desmaiasse.

Ultra-violence •J.B.•Onde histórias criam vida. Descubra agora