Cap 3: Who are you?

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Camille P.O.V. On

Já fazia uma semana que a minha irmã havia morrido.
Estava tudo na mesma monotonia de antes, exceto que agora, eu tenho que voltar para faculdade.
-Cami, vamos, você vai se atrasar!- meu pai disse entrando no meu quarto.
-Tudo bem, já estou pronta- digo dando uma última olhada no espelho e suspirando, eu estava vestida com uma calça preta rasgada no joelho, com uma camiseta largar também preta, e um tênis da adidas branco. Eu odiava isso em mim, era muito fácil identificar o meu humor pelas roupas que eh usava.
Era instintivo, não progamado. E por causa dos últimos acontecimentos era óbvio que eu me sentia um lixo humano ambulante, nada melhor que preto para mostrar toda essa merda.
-Hey! Você está parecendo uma gótica. Uma gótica que anda de Skate para faculdade...
-Nossa pai, que animador você, ainda não defini se isso foi um elogio...
-Oh, então...hm... você parece uma gótica que anda de Skate para faculdade bem gata...-me engasguei com café- melhorou?- perguntou.
O olhei incrédula e respondi -Cadê o meu pai?
-Hã?- me olhou confuso, pego minha mochila, retiro meu estojo e analiso, finalmente achando minha caneta permanente, me aproximei do meu pai com a caneta em minha mãos, e antes que ele entendesse o que eu estava fazendo, eu já havia desenha o símbolo de uma cruz de cabeça para baixo.
-Saia, saia desse corpo que não te pertence seu alien de marte, saiaaaaa- comecei a falar com uma mão colocada sobre sua testa a outra em direção ao teto juntamente com a minha cabeça levantada.
-Okay, okay mocinha, mesmo que eu adorasse ficar aqui vendo você com essas suas piadinhas sem graça, você precisa ir para o faculdade.
-Ai, me magoou.- falei fazendo biquinho- papai, não quero ir...
-Eu sei que vai ser difícil, mas você precisa ir, sabe disso...- dei um suspiro derrota sabendo que ele estava certo.
-Tudo bem...
-Boa Sorte querida.
-obrigada pai.- dei um beijo em seu rosto e sai de casa.
Andando em direção a faculdade fiquei pensando no quanto a minha vida mudou. Os olhos de pena que cairiam sobre mim. Odeio essa situação. Odeio isso. Odeio tudo. Odeio a minha vida.
-Camille Silverstone? - viro me deparando com um cara alto, magro, mas forte, dava para perceber. Bonito também, mas eu não o conhecia.
-Sim?!- falo franzindo as sobrancelhas.
-Preciso que venha comigo!
-O que? Eu nem te conheço! Por que faria isso? Quem é você?
-Por que eu estou dizendo para fazer isso, escute ou você vem pelo modo fácil ou pelo difícil.
-Você ainda não me convenceu...
-Não me importo, você vem?- pensando sobre, comecei a analisa-lo, cheio de tatuagens, ele parecia um daqueles bad boys gostosos que só trazem encrenca e super intimidam os outros, eu decidi que seria melhor sair correndo. Péssima ideia.
-Me solta!- gruni, me debatendo em seus braços.
-Eu avisei que viria comigo.- falou em meu ouvido.
-O que é isso tudo?- perguntei desesperada ainda me contorcendo.
-Você faz pergunta de mais!- falou colocando um pano branco em meu rosto. Quanto mais eu me contorcia mais cansada eu ficava, a tontura logo me alcançou e eu não conseguia mais raciocinar, não entendia o que estava acontecendo, meu corpo foi ficando mole e os olhos ficando pesados a cada segundo, até que eu apaguei completamente.

Ultra-violence •J.B.•Onde histórias criam vida. Descubra agora