Ela se foi parte 2

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Âmbar
  Eu havia prado de chorar fazias horas, agora estava apenas com a cabeça apoiada no peitoral  de Simon enquanto ele me carregava no colo.
  Quando ele me tirou do Roller eu o agradeci mentalmente tantas vezes por isso, ele não havia me feito nenhum tipo pergunta, apenas caminhou comigo por toda Buenos Aires, no colo, até que eu parasse de chorar e quando isso aconteceu, a memória da notícia de meu avô e a morte de meu pai invadiram minha cabeça novamente, e as lagrimas e a dor me invadiram e mesmo assim Simon não fez perguntas, apenas continuou a andar, não parou nem uma vez.
  Sua respiração estava acelerada e seu coração batia rápido contra meu rosto, ele parou em frente a um apartamento e adentrou a recepção, passou por ali e entrou no elevador, paramos em frente a um quarto e ele o abriu com uma de suas mãos.
   Assim que entramos, logo percebi que era o apartamento que ele dividia com os meninos, ele me colocou no chão e foi para a cozinha.
-Se quiser tomar um banho. - Disse e indicou a escadaria. - Meu quarto é o primeiro.
-Claro. - Falo e coloco meu cabelo atrás da orelha, começo a subir as escadas, mas paro e me volto para o moreno que abria a geladeira. - Obrigado. - Os olhos marrons param em mim. - Por tudo. - Ele sorri e fecha a geladeira.
-Sei como se sente. - Franzo levemente o cenho, como ele sabia como eu me sentia? - Gosta de queijo? - Pergunta e eu acento com a cabeça. - Ótimo, vou preparar algo para comermos. - Fala e volta para a geladeira, subo as escadas.
...
Assim que saí do banheiro, olhei o quarto de Simon, era um quarto arrumado por ser de menino, havia vários papéis espalhados pela pequena mesinha ao lado da porta, havia várias fotos suas em cima do criado

  Assim que saí do banheiro, olhei o quarto de Simon, era um quarto arrumado por ser de menino, havia vários papéis espalhados pela pequena mesinha ao lado da porta, havia várias fotos suas em cima do criado

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Parei em uma e pela primeira vez abri um sorriso

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Parei em uma e pela primeira vez abri um sorriso

Lembrava daquele dia, foi quando Juliana fez com que criássemos uma coreografia para o dia seguinte, estávamos esperando todos desocupar o Roller, eu e ele nos sentamos, eu estava olhando os meninos terminarem de arrumar a pista e ele levantou os ...

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Lembrava daquele dia, foi quando Juliana fez com que criássemos uma coreografia para o dia seguinte, estávamos esperando todos desocupar o Roller, eu e ele nos sentamos, eu estava olhando os meninos terminarem de arrumar a pista e ele levantou os joelhos passando os braços por eles, lembro que ri do jeito que ele estava.
Voltei meu olhar para sua cama que tinha com uma blusa cinza em cima, deduzir ser para mim e a vesti.
-Âmbar. - Simon bateu na porta antes de entrar. - Oi. - Disse se aproximando. - Você está bem? - Pergunta bem próximo e eu o abraço.
  Ele fica sem reação mas logo envolve seus braços por minha cintura, me puxando para mais perto, fazendo com que lágrimas começassem a cair dos meus olhos de novo.
-Tudo bem. - Sussurra em meu ouvido. - Não precisa falar agora. - Ele me pega no colo e eu consigo apenas apoiar minha cabeça em seu peitoral, enquanto ele caminha até sua cama me deitando. - Vou pegar algo para você comer. - Diz e da um beijo em minha testa, saindo logo em seguida.
   Me sentei na cama, ainda com vestígios de lagrimas caindo de meu rosto, me aproximei de seu criado me deparando com vários envelopes em cima do pequeno móvel de madeira.
  Logo percebi do que se tratava, eram envelopes para faculdades, faculdades de música, peguei o primeiro da longa pilha e o abri.
"Prezado Simon Alvarez
   Temos a honra de lhe informar que passou para a faculdade musical de Nova York; adoramos seu vídeo, tem um grande futuro, esperamos sua resposta até o final do ano.
                                           Com prazer diretoria"
  Olhei os outros papéis, todos estavam aceitando ele, Simon havia conseguido entrar na metade das universidades de música do país, e ele poderia ir para qualquer lugar do mundo quando o ano acabasse, ele iria para bem longe, pra bem longe de Buenos Aires, México, de seus amigos, da sua família, de mim, ele iria me deixar, como todos estavam fazendo ultimamente.
   Escutei os passos do moreno se aproximando e rapidamente coloquei a carta dentro do envelope e o fechei o melhor que pude, e voltei para o meio da cama, ele adentrou o quarto com uma bandeja, que continha, pão com queijo, suco de laranja e uma maçã.
-Aqui. - Se senta ao meu lado com a bandeja em seu colo. - Você disse que gostava de queijo. - Fala e eu pego o pão para dar uma mordida.
-Quer falar sobre o que aconteceu? - Pergunta me olhando e eu apenas fico em silêncio.
-Sabe, quando minha disseram que minha mãe estava em estado grave no hospital, eu fiquei do mesmo jeito que você. - O olho surpresa. - Eu queria espaço, queria o meu tempo para poder falar. - Ele havia perdido a mãe. - Eu não fiquei com ela no hospital, e eu me arrependo disso eternamente... - Para por um instante e respira fundo. - E quando ela morreu, todos vieram até mim, dizendo que ela era uma boa pessoa. - Ele olha para frente como se lembrasse de algo. - Sabe, pessoas que eu nunca tinha visto, parentes que não se importavam comigo. - Me olhou com lagrimas nos olhos. - A dor era tanta que eu queria apenas...desistir de tudo, abandonar tudo. - Olhou para a bandeja em seu colo. - Eu nunca quis falar sobre ela, nunca falei sobre ela na verdade. - Olha para mim com lagrimas molhando seu rosto. - Mas ela era minha mãe, a única família que eu conhecia, queria ter feito algo para ajudá-la, mesmo sabendo que isso era impossível... - Deixo o pão de lado e o olho. - Mesmo que eu apenas ficasse com ela no hospital. - Ele sabia que eu não queria ir para o hospital, não queria ver minha tia morrer. - Ela poderia ter me dado seu último sorriso antes de morrer. - Fala e uma lágrima cai de meus olhos, enquanto sua face estava começando a se molhar.
Segurei seu mão e ele sorriu para mim, respirou e se levantou deixando a bandeja de lado.
-Vou tomar banho. - Começa a ir em direção a seu banheiro. - Pense no assunto. - Me diz e eu sabia no que ele se referia.
-Simon, quando uma pessoa boa morre deveria causar um impacto no mundo, não importa quem seja, mas todos deviam ficar tristes pela partida dela. - Ele me olha. - E deviam ajudar um garotinho que ficou sem a pessoa mais importante para ele. - Ele abre um sorriso triste e volta a caminhar para o banheiro.
Simon
Sai do banheiro já vestido, e encontrei Âmbar deitada na minha cama, olhando para o teto branco.
-Tudo bem? - Pergunto e a loira vira a cabeça para mim.
-Me leva no hospital? - Pergunta e se senta na cama.
Sorrio para ela e me sento ao seu lado, a olho e ela franze o cenho.
-Você não vai vestida assim, vai? - Pergunto e ela parece perceber que ainda estava com a minha blusa cinza. - Eu tenho uma roupa para você. - Me levanto e saio do quarto indo até o de Pedro, sabia que havia roupas da Delfi em seu quarto, já que ela às vezes dormia aqui.
Peguei uma calça preta e uma blusa branca e levei até meu quarto, assim que o adentrei me deparei com uma Âmbar apenas de roupas íntimas de costas para mim olhando minhas músicas, rapidamente olhei para o chão.
-Âmbar. - Ela se vira assustada e se esconde atrás da cama.
-O que?! Achei que você iria deixar na porta. - Rio com aquilo e jogo a roupa. - Isso é da Delfi? - Pergunta e eu assento.
-Pedro. - Comento e escuto apenas ela pegando a roupa, me viro de costas e saio do quarto. - Te espero lá em baixo. - Saio e vou para a cozinha.
Não demora muito tempo até que a loira descesse as escadas, ela estava linda, com os olhos um pouco inchados pelo fato de ter chorado.
-Vamos? - Pergunta e eu abro um sorriso para ela.

You € Me - Concluído [SOU LUNA]Onde histórias criam vida. Descubra agora