You € Me - Concluído [SOU LUNA]

Sempre será ela

PEOPLESSSSSS!!!!!!!!! Esses na mídia são eles. Sim eles cresceram. Estão mais velhos, e prontos para falarem sobre seus sentimentos.
Ahahahaha
Curtam o penúltimo capítulo.

•¥•

Cinco anos Depois

Âmbar
-Nosso convidado especial! - O homem de terno falou. - Simon Álvarez! - Ele entrou no palco, com sua típica jaqueta preta e seu sorriso contagiante.
-Simon é prazer tê-lo aqui. - Eles se sentaram em sofás separados, acabando frente à frente.
-É uma honra para mim, Lucius. - O moreno sorrio para ele e a plateia de garotas gritou.
-Vamos falar sobre seu novo Hit do momento. -  O homem com terno encarou Simon, que se ajeitava no sofá. - Hold On. - O grito da plateia adentrou meus ouvidos pelo fone de ouvido branco.
-Parece que elas gostaram. - A risada grossa de Lucius escapa de sua garganta e encaro a tela do celular, enquanto a câmera focava em Simon que sorria nervoso.
-Todos gostamos, Simon. - O homem ajeita o terno e encara Simon. - Número um em todas as rádios e programas de streaming. - Simon se recostou no sofá como se aquilo não fosse verdade. Como se ele não tivesse se tornado o cantor mais famoso da Europa e América Latina. - Mas entre nós Simon. - O homem se aproximou, como se Simon estivesse prestes a contar um segredo a ele. - Você tem uma musa? - A plateia soltou gritos de animação. - Porque, francamente, ninguém escreve uma música desse tipo sem ter uma musa. - As câmeras imediatamente focam em Simon, que coça a nuca, sorri com aquele gesto. Ele ainda fazia aquilo. Ele ainda era o mesmo. Ainda que tenham se passado mais de cinco anos sem que eu o visse pessoalmente.
-Talvez. - O apresentador parece realmente interessado quando o moreno comenta. - Sim, eu tenho. - O sorriso do homem à frente de Simon se alarga incrivelmente.
-Ela te inspirou nessa música? - Lucius se recostou no sofá e encarou Simon, que parecia decidir se continuava ou não.
-Em todas, na verdade. - A surpresa do apresentador é nítida, Lucius se endireita no sofá e encara Simon, esperando que ele continuasse. - Ela é uma paixão antiga. - O rubor se instala nas bochechas de Simon e Lucius sorri.
-Interessante, alguém do passado. - Lucius cruza o braço sobre o peito e encara Simon. - Eram namorados? - Eu não lembrava de ter lido nada sobre Simon estar namorando alguém.
-Na verdade, fomos e não fomos. - O cenho franzido do apresentador indicava confusão total. - Eu e ela, na verdade, fingimos sermos namorados para causar ciúmes no ex dela e fazer com que uma garota que eu gostava largasse dele. - Gelei na hora. Simon tinha me usado como inspiração para todas as músicas?
-Como? - O apresentador soltou um risinho, enquanto minha cara ainda continuava completamente pasma.
-Tudo bem? - Pausei o vídeo tempo de escutar o motorista do Uber perguntar. Encarei os olhos azuis do motorista pelo retrovisor e apenas assenti. - O que você está vendo? Sem querer me intrometer. - O encarei ainda mantendo o vídeo pausado.
-A entrevista do Simon Álvarez. - Suas sobrancelhas se ergueram em supresa, como se ele tivesse compreendido minha cara de pasma.
-Por isso a cara. - Ele soltou uma risada e desviou o olhar do retrovisor para a estrada. - Ninguém esperava que a musa inspiradora dele fosse uma paixão antiga. - Soltei um sorriso amarelo para o homem e voltei minha concentração para a tela. Soltando o vídeo.
-Vocês fingiram um namoro? - A plateia caia na gargalhada, enquanto Simon coçava a nuca.
-Eu não me orgulho disso. - Ele sorriu para o apresentador que o encarava com um olhar divertido.
-Me diga que conseguiram os prêmios. - Simon assentiu enquanto encarava o apresentador.
-Mas não estávamos mais apaixonados por eles. - O moreno se recostou novamente no sofá e passou a mão pelo cabelo. - Eu tinha me apaixonado pela minha namorada falsa. - Seu semblante ficou sério, como se ele estivesse tendo alguma lembrança da gente. - Ela era incrível, inteligente, esperte e linda. - Ele soltou um suspiro, enquanto a plateia soltava "awwn" ou "como ele é fofo" - Demoramos para ficarmos juntos de verdade, para aceitarmos nossos sentimentos. - Lucious se inclinou para frente voltando toda sua concentração para Simon.
-O que aconteceu? - Ele perguntou, como se fosse um amigo e os olhos de Simon encararam o apresentador.
-Eu a magoei. - Ele encarou suas pernas enquanto Lucius voltava a sua postura impecável. - Eu quebrei o coração dela e me arrependo disso todos os dias de minha vida. - Lucius lançou um olhar caridoso na direção de Simon, como se entendesse o que ele havia feito e o quanto se arrependia disso.
-É por causa da garota misteriosa que você não namorou durante todos esses anos? - Os olhos castanhos de Simon encaram o apresentador e um sorriso de lado recai sobre o rosto perfeito de Simon.
-Por parte sim, mas foi mais por conta do trabalho. - Simon voltou a parecer confortável em estar naquele lugar, falando sobre mim. - Eu estive focado demais em minha carreira. - Lucius concordou com a cabeça enquanto Simon endireitava sua postura.
-Hold on, foi escrito especialmente para ela? - O homem de terno perguntou e as fãs gritaram em animação à espera da resposta.
-Na verdade, eu escrevi essa música à mais de cinco anos atrás. - Eu me lembrava disso, quando Simon e Jazmim estavam juntos, uma suposta música de Simon havia "vazado".
-Porque você a guardou? - Lucius parecia indignado com a revelação que Simon acabara de fazer.
-Acho que eu não estava pronto para deixar algo com essa carga emocional vir à tona. - Lucius concordou com a cabeça e deu uma rápida olhada no relógio de pulso.
-Bem, Simon, você acha que vai reencontra-la na festa de reencontro no Roller? - Lucius perguntou e um leve frio subiu na espinha. Simon já devia ter chegado no Roller.
-Talvez, ela é ocupada e não sei se voltaria para Buenos Aires depois de todos esses anos. - Simon comentou enquanto soltava um sorriso nervoso.
-Esperamos que sim. - Lucius disse e o grito de animação das fãs disse o suficiente sobre a opinião delas. - Agora me diga, qual o nome dela? - Gelei por completo, enquanto a câmera focava completamente em Simon.
-Eu não posso dizer isso. - Ele comentou e Lucius sorriu tristemente. - Ela tem uma vida pública e não acho que ela gostaria disso. - Lucius soltou um suspiro triste e encarou Simon.
-Você é quem sabe. - Ele se levantou sendo seguido por Simon. - Foi um prazer tê-lo aqui, Simon Álvarez! - Ele apertou a mão do moreno e as fãs gritaram, antes do vídeo terminar.
  Arranquei os fones violentamente e os guardei dentro da bolsa preta. Eu realmente não acredito que ele havia feito aquilo. Depois de todo esse tempo, sem contato ele me aparece com isso. Simon só podia estar brincando comigo.
-Chegamos. - O motorista do Uner me tira de meus pensamentos e entrego a nota para ele. - Boa sorte. - Diz e olho pelo vidro escuro, me deparando com vários fotógrafos e jornalistas cercando a frente do Roller.
-Obrigado. - Murmuro e coloco meus óculos escuros antes de sair do carro.
Simon
-Eu não acredito que você e a Âmbar nos enganaram por todo esse tempo! - Luna esbraveja pelo telefone, enquanto solto uma gargalhada.
-Devíamos ter contado para vocês.- Solto um riso e Luna me xinga, novamente, pelo telefone.
-Aonde é que você tá? - Ela resmunga e encaro a rua pelo vidro do carro.
-Perto. - O motorista da limusine vira a esquina do Roller e encaro a calçada repleta de fotógrafos e jornalistas. - Acabei de chegar. - Digo e Luna resmunga um "a gente vai conversa muito" e desliga o celular.
-Presta atenção Álvarez. - Meu agente diz e o encaro. - Agora que você soltou essa de "musa" - Ele faz aspas com o dedo e reviro os olhos. - Todo mundo quer saber quem é a garota secreta. - O encaro quando o motorista para. - Não fale para ninguém, apenas continue. - Ele diz e me entrega óculos escuros. - A gente se vê no hotel. - Saio do carro e Luna está a minha espera na porta do Roller com uma carranca no lugar do rosto.
-Vem. - Ela agarra minha mão e atravessamos por entre os fotógrafos e jornalistas intrometidos. - Vamos conversar mocinho. - Luna enfia o dedo na minha cara e solto um riso.
-Não! - Âmbar se aproxima e paraliso ao ver ela. - Eu vou conversar com ele. - A loira agarra meu braço e me puxa para um canto privado.
  A encaro. Seu cabelo batia um pouco abaixo do ombro, as mechas rosas não tinham mais sinal de que um dia estiveram lá. Encarei os olhos mais azuis do que costumavam ser. Ela tinha amadurecido. Tinha se tornado uma mulher. E continuava linda.
-Que merda foi aquela, Simon?! - Ela pigarreia e eu franzo o senho para ela. - Musa, é sério? - Merda. Eu nunca devia ter citado isso. Nunca devia ter citado ela. - Depois de todos esses anos, você vem com esse papinho de Musa. - Não tinha nada que eu pudesse dizer para acalma-lá. - Você devia ter dito isso à cinco anos atrás, se você me amasse devia ter dito antes de eu embarcar para França. - Soltei um riso debochado.
-A culpa é minha então? - Finalmente havia achado a voz dentro de mim. - É minha culpa por não termos terminados juntos? - Cruzei os braços e Âmbar imitou meu movimento, me encarando com os olhos ficando verdes.
-Foi você que quebrou meu coração. - Não deixei que a vergonha me invadisse e sustentei o olhar dela. - Foi você que veio até mim pedindo perdão. - Ela deu um passo e me encarou mais intensamente. - Então sim, é sua culpa. Se você me amasse devia ter dito. - Dei um passo para frente, ainda com os olhos grudados nos dela.
-Se você me amasse você devia ter dito. - Ela soltou uma risada sem humor. - Você devia ter dito, mas ao contrário disso, você deu a entender que tudo estava acabado entre nós. - Ela me encarou como se me fuzilasse.
-Exato! Terminamos à cinco anos atrás! - Os olhos azuis ainda eram penetrantes. - Você não devia ter tocado... - Eu queria beija-lá e esquecer de tudo e foi por isso que não deixei que ela continuasse.
-Eu te amo. - Soltei e os olhos azuis se fixaram ainda mais. - Eu devia ter dito isso há cinco anos atrás, quando você me abraçou ou quando estava entrando no voou, mas eu não disse. - Me aproximei mais, descruzando os braços e deixando que eles fossem parar ao lado do corpo. - Porque eu era um adolescente idiota. - As costas de Âmbar encontraram a parede e encostei meu corpo no dela.
-Eu te amo, também. - Ela sussurrou à poucos centímetros de minha boca. - Nunca devia ter deixado você entrar naquele avião estupido. - Soltei uma gargalhada e ela me lançou o sorriso mais lindo que eu já havia visto.
  E eu soube que tudo iria ficar bem, que nós iríamos ficar bem. Eu soube quando enrosquei meus braços em sua cintura e quando ela deu passagem para minha lingua. Eu soube que tinha achado meu caminho de volta para casa. De volta para ela.