fortieth day ☹

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Dinah, Allye Lauren estavam assustadas, desesperadas, até mesmo Normani, que veio acompanhar Dinah, estava com medo.

Sinuhe havia assinado os papéis. Eles iriam desligar os aparelhos.

- Doutora, nós não podemos apenas... - Dinah tentou encontrar palavras certas pra continuar, mas nada saiu. Ela suspirou, derrotada.

- Tia Sinuhe... - Allychoramingou, os olhos vermelhos e inundados de lágrimas. Ela não queria que isso acontecesse.

- Me desculpem, garotas. - A mulher pediu, chorando.

Ela não queria ter assinado, mas ver todos sofrendo e chorando era tão doloroso. Ela queria acabar com o sofrimento de todos ali e desligar os aparelhos o mais rápido iria fazer com que superassem na mesma velocidade. Sinuhe, mais do que ninguém, sabia que era possível conviver com a dor, pois havia perdido o marido alguns anos antes.

- E-ela não... Ela não pode fazer isso! - Lauren murmurou, ela não estava acreditando no que acabara de ouvir. Sinuhehavia mesmo feito aquilo? - V-você. Você não pode fazer isso, Sinuhe.

- Eu não queria Lauren, mas o que eu podia fazer?! Ela está morrendo, não há nada que você possa fazer ou eu, ou qualquer um delas! - A mulher gritou, seu coração se apertando a cada palavra dita. Estava doendo tanto.

- Camila está fazendo algo! - Sinuhese assustou com o grito que sua sobrinha lhe dera - ela é a única que está fazendo algo nessa merda! Vocês não conseguem ver? Camila é a única que fica dias aqui, sem se importar com comida, bebida ou sono, ela apenas fica com Lauren. Desde o primeiro maldito dia, Lauren tem dado razões para ela viver. E o que nós fizemos?- Allyolhou para todos, rindo sem humor - Nós apenas pensamos em nós mesmos, chorando ou ficando com raiva, nos perguntando porque tudo isso está acontecendo... E essa garota - Allyapontou para Lauren, que tinha lágrimas descendo por toda sua face, molhando o suéter vermelho que usava - passou todos os dias nesse hospital, não teve um dia em que ela não estivesse presente com Camila.

Tirando o dia em que ela ficou doente, Allypensou mas preferiu deixar isso fora.

- Então, tia Sinuhe, se for falar que não somos capazes de fazer algo, se refira à mim, Dinah e Normani, mas nunca ouse falar de Lauren. - A loira direcionou seu olhar para Lauren, que sorriu calarosa - Ontem, depois de sair do hospital, Lauren me procurou, eu estava com tanta raiva e precisava ficar sozinha, mas ela apenas me disse "Você é a mais forte entre nós, Ally".

- Ela está errada, não é? - Dinah, que até então estava calada, se pronunciou.

- Sim. - Ally sorriu - Você, Lauren, é a mais forte entre nós, não podemos negar.

- Os mais fortes são aqueles que desmoronam primeiro... - A Jauregui murmurou.

Normani apertou o ombro de Lauren, lhe passando conforto. Não demorou muito para Lauren cair em mais lágrimas pois a doutora havia entrado no quarto, falando que estava na hora. Na hora de desligar os aparelhos. Sinuhe parecia tão pensativa e parecia querer falar algo, mas ela não fez nada. Até agora.

- Nós podemos esperar mais algum tempo? - A voz da mulher interrompeu a Doutora, que a olhou curiosa - Apenas dez dias.

Lauren concordou rapidamente. Elas só precisam de dez dias.

A doutora parecia querer negar o pedido, mas o olhar de Lauren sob a mulher a fez se questionar do porquê não esperar mais um pouco. Assim como ela havia dito, elas esperaram aquele tempo e poderiam esperar mais.

- Camila deve estar ouvindo tudo isso... - Dinah murmurou para Normani, que assentiu triste. - Ela deve estar orgulhoso da mãe agora.

- Apenas dez dias. - A doutora avisou - Nada além disso.

Elas realmente só precisam de dez dias. Talvez tudo isso seja em vão, mas não vale a pena tentar.

Depois de falar com a doutora, Sinuhedeixou a sala junto de Dinah e Normani, a Delevingne saindo em seguida. Só restou Allye Lauren. A loira parecia querer pedir algo, mas não sabia como fazê-lo.

- Obrigada por hoje, talvez ela já estivesse morta agora. - Lauren agradeceu, sorrindo triste.

- Não precisa agradecer, eu sei que fiz a coisa certa. - Allyse aproximou da cama de Camila, olhando seu corpo. Camila estava mais magra por não ter se alimentado direito, o soro e medicamentos que ela recebe não é o bastante para deixá-lá forte. A pele também estava mais pálida e somente um tom fraco de vermelho atingia suas bochechas. Ally tomou fôlego e perguntou: - Eu posso?

Lauren não havia compreendido muito bem o que ela tinha dito, mas então Allyapontou para Camila e a morena entendeu. Allyqueria falar uma razão para Camila viver. Lauren, sem pensar duas vezes, concordou. Ela merecia aquilo mais do que ninguém.

- Eu te amo, irmã. - Allysussurrou, sorrindo de lado - Mesmo que somente umas dez pessoas ame você, ainda é uma razão para viver. Essas pessoas que estavam na sala, e Lauren, se importam tanto com você... Camila, você iria destruí-las se fosse embora. Abra seus olhos...

Camila sorriu com tal ato. Era uma ótima razão para a garota abrir seus olhos e sorrir, mas nada aconteceu. O que Lauren queria? Que Camila apenas abrisse os olhos? Bem, ela realmente queria isso. Somente um sinal de que tudo iria ficar bem e Lauren ficaria calma. Mas, agora pensando com calma, Camila tem apenas dez dias para acordar.

Eu também te amo, irmã.

50 reasons to live (2nd book)Onde histórias criam vida. Descubra agora