fortieth-second day ☹

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Lauren cruzou os braços de uma forma desleixada enquanto seu peito subia e descia com a risada um tanto quanto escandalosa escapava por seus lábios.

- Ela realmente fez isso, cara! — Ally se exasperou, fazendo movimentos com as mãos — Ela apenas pegou meu rosto e enfiou no bolo!

- Camila costuma ser bastante idiota quando quer. — Dinah disse, arrancando uma confirmação exagerada de Ally.

- Eu não conhecia esse lado dela... — Lauren foi parando de rir aos poucos — Eu queria conhecer mais...

- E você vai, basta ter fé! — Lauren olhou para Ally, sorrindo — Um pouco de fé é tudo o que nós precisamos...

Um silêncio se instalou no local, somente o som dos aparelhos ecoando na sala clara e um pouco movimentada naquela tarde. Lauren olhou para Camila, a fitando. Como Jauregui não havia ganhado um aviso prévio do que viria acontecer em sua vida? Foi tudo tão rápido que ela não teve nem tempo de assimilar o que estava acontecendo antes de aparecer no hospital no primeiro dia.

- Por que eu não tive a sensação de que ela iria bagunçar a minha vida? — Lauren perguntou, suspirando tristemente. Dinah estalou a língua no céu da boca, levantando um dedo para falar.

- Porque foi você quem bagunçou a dela.

- Além de tudo, um pouco de bagunça não faz mal a ninguém, não é mesmo? — Ally piscou, sorrindo. Lauren não havia entendido muito bem o ponto real da fala da loira até ela deixar a sala junto com Dinah.

Aquela era a razão.

Lauren balançou a cabeça, rindo baixo. A morena se aproximou da cama de Camila, pegando a mão da garota. Cabello nunca esteve tão linda como agora. Os cabelos ondulados caindo sob os ombros, a boca rosada ao redor do tubo, as bochechas tendo um tom de vermelho bem claro, e a pele tão limpa. Linda, essa é a palavra correta para definir o que Camila Cabello é.

- Ally me disse que você era bagunceira quando criança, isso é verdade? Você não tem cara de bagunceira, para ser sincera. — Lauren opinou, acariciando lentamente a mão de Camila com o polegar. — Mas, amor, olhe o que você fez comigo...

E, de repente, tudo o que Lauren precisava era segurar a mão dela mais do que já precisou de qualquer outra coisa na vida. Não apenas segurar a mão dela, mas sentir Camila segurar a sua também. Lauren não tinha se dado conta do quão desesperada estava por querer sentir Camila segurar sua mão, até o exato momento em que quase pôde senti-la tocar.

- Você gosta de bagunçar a minha vida, uh? — Lauren se referiu ao apertar de mãos. Estava sendo tudo tão embaraçoso. — Então viva para bagunçá-la ainda mais porque eu iria adorar ter uma bagunça como você em minha vida.

Eu iria adorar ser essa bagunça, Lolo.

50 reasons to live (2nd book)Onde histórias criam vida. Descubra agora