letzte

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"Amor, I love you"

Me levantei de manhã e fui até a cozinha fazer um café. O último mês havia sido um mar de rosas na minha vida. Eu e Sofie tínhamos uma dinâmica incrível como casal e me perguntei porque não a havia pedido em namoro antes.

Peguei meu celular que havia deixado carregando em cima da bancada. Tinha 3 chamadas não atendidas do Sven. Me preocupei porque estava muito cedo para ele me ligar. Quando ia apertar o botão para retornar a ligação, o telefone tocou de novo.

— Ei, Sven! Bom dia! Tudo be...

— Lars, você precisa vir pra Dortmund. Meus filhos estão nascendo.

— É o que? Mas eles só iriam nascer no mês que vem.

— Eu sei mas... cara, só vem.

Sofie chegou na cozinha com um sorriso lindo do rosto que foi embora assim que viu minha expressão.

- Lars, tudo bem?

- Meus sobrinhos estão nascendo. A gente tem que ir para Dortmund

Trocamos de roupa o mais rápido possível. Fiz uma pequena mochila com alguns pertences e entramos no carro em direção à Dortmund.

Sven havia me passado o endereço do hospital e fiquei feliz de estar com Sofie ao meu lado. Ela sabia andar em Dortmund sem um mapa e chegamos mais rápido no local.

A gravidez de Elena havia sido conturbada. Diversos pequenos problemas que minha cunhada enfrentou ao longo dos sete meses e meio de gravidez. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas, no meu coração algo me dizia que não era bom.

Só podia rezar para que Elena e os gêmeos ficassem bem.

Assim que entramos no hospital vi Sven sentado na sala de espera. Ele estava olhando para o nada e sua expressão era a mais vazia que já tinha visto na vida.

Sofie fez sinal que ia ao banheiro, mas entendi que na verdade ela queria nos deixar sozinhos. Ela era minha namorada mas ainda não era família, por mais que eu a considerasse assim.

Me sentei ao lado de Sven e o puxei para um abraço.

- O que aconteceu, cara?

- Ontem à noite estava tudo bem. Quando foi três da manhã Elena começou a sentir dores. Você sabe que a gravidez foi de risco, ela teve que fazer vários tratamentos. A trouxe para o hospital mais rápido possível. Por sorte era a médica dela quem estava de plantão e, já sabendo do histórico, não tardou a tomar providências. Agora eles vão fazer uma cesárea de urgência. Eu não faço ideia do que está acontecendo Lars.

Ele começou a chorar. Não conseguia acreditar que algo assim pudesse estar acontecendo com Sven e Elena. Os dois eram o casal mais perfeito que eu já conhecera na vida. Eles mereciam esses filhos, Sven não podia ficar sem Elena.

Me perguntei porque ele não entrou com ela na sala de parto, mas talvez não tivesse sequer dado tempo dele passar pela higienização necessária. Agora, a gente só podia esperar.

- Você quer alguma coisa? Um café?

- Não. Eu tô sem fome.

- Eu vou encontrar a Sofie e a gente vai trazer um lanche para você. Não é hora de você passar mal por hipoglicemia.

Ele assentiu apesar de não concordar. Sven não estava pensando. Tudo que ele queria saber era como que estava Elena.

- Você falou com papai e mamãe? E os pais da Elena?

Mein Kapitän | Lars BenderOnde histórias criam vida. Descubra agora