Capítulo um - Parte II

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Blam

Um alto barulho veio la de cima e se o murro que Jay deu na porta não me fez levantar isso fez, estou sozinha em casa e esse barulhão todo, não faço a menor idéia do que diabos esta acontecendo e assumo, mentira não assumo não, mas as vezes sou medrosa pra caralho.

Tum, tum, tum

Parecem batidas de um coração mas na verdade são passos rapidos e firmes na minha escada, não tenho certeza mas desconfio que seja Jay,  porém também pode nao ser então melhor não me arriscar né! Eu me aproximei de uma mesinha que havia ali e peguei o jarro que enfeitava a mesma ficando do lado da parede ao lado da escada.

Tum

Um ultimo passo e assim que o vi de relance o ataquei com o jarro na cabeça, o jarro quebrou e ele caiu no chão desmaido, ai eu percebi que era realmente o Jay e levei minhas mãos a boca cobrindo a mesma e logo me abaixei perto de onde ele caiu mas lognde dos cacos e segurei a cabeça dele.

-Jay! Ai meu Deus, eu matei o Jay! Acorda Jay!

Eu falei em uma agonia descomunal e comecei a dar tapinhas na cara dele mas ele não reagiu, o que me deixou desesperada.

-Jay, pelo amor de tudo que é mais sagrado! Acorda homem, deixo você fazer o que quiser comigo mas acorda!

E mais uma vez nada, okay de fato ele não estava fingindo ou ja teria reagido porque ele usaria desse "deixo você fazer o que quiser comigo" em um momento bem impróprio mas foda-se, se ele acordasse eu deixaria mesmo ele fazer o que quisesse.

Eu lembrei que algo com cheiro forte como álcool é bom nessas situações,  então me levantei meio sem jeito e acabei fazendo a cabeça dele bater de vez no chão o que me fez levar as mãos a boca de novo e logo corri pra cozinha, peguei o álcool e corri de volta para sala, me abaixei perto dele e abri o álcool logo pondo o mesmo perto de seu nariz para ver se funcionava.

Primeiramente axo que deu meio certo, pelo menos deu pra perceber que ele estava respirando o que ja me fez ficar mais aliviada, então não demorou muito para que ele começasse a se mecher e eu aproximei mais ainda o álcool do nariz dele que logo abriu os olhos, assim que ele abriu aqueles olhos escuros eu joguei o álcool de lado deixando o mesmo derramar no chão.

-Ai meu Deus, você ta vivo!

Abracei ele e senti os braços dele ficando em volta de mim de forma frouxa e então olhei ele e vi que estava meio perdido, sai dos braços dele e levei as mãos para o seu rosto.

-Me desculpa amor! Desculpa mesmo, você tá bem? Ta tonto? Sua cabeça ta doendo? Quer ajuda pra levantar? Você ta bem?

Ele ainda parecia atordoado mas fez um sinal para que ei fizesse silêncio e fe hou os olhos.

-Você não po...

Nem terminei de falar e ele fez um chiu que fez com que eu me calasse novamente e então vi o mesmo se sentando no chão e me olhando.

-Porque me bateu com... - Ele olhou pro chão tentando identificar o que era quilo e depois me olhou passando a mão atras da cabeça. -Bem... com isso?

Ele falou olhando pra mim e eu meio que me encolhi um pouco mordendo meu labio por dentro por conta que sinceramente estou me sentindo completamente sem jeito, tenho que parar de ser surtada, bater nos outros com um jarro não é uma das formas mais normais de se proteger, ou é?

-Desculpa! Pensei que fosse sei la... um ladrão?

Falei e dei de ombros de leve olhando ele enquanto esperava por sua reação. Ele franziu o cenho me olhando e fez uma leve negação logo pousando a mão que estava na cabeça no chão se apoiando e me olhou.

-Você realmente não tem juízo! Falei que ia entrar de um jeito ou de outro, o outri jeito que arrumei foi pulando a janela do seu quarto depois de subir na árvore, fiz ate barulho!

Ele falou como se aquilo também fosse a coisa mais normal do mundo e eu ergui as sombrancelhas o olhando.

-Me assutou!

-Você se assuta com tudo!

-Mentira! Mas pensa comigo, se eu to sozinha em casa e de repente escuto um barulhão la em cima e depois passos pesados na escada o que ei faço? Fico aqui quietinha esperando o ser descer a escada e me pegar? Vai que é um estuprador!

Falei olhando ele e erguendo as sombrancelhas e ele fez uma negação me olhando.

-E o seu juízo? Onde ta? Com o estuprador? - Ele deu uma risadinha e eu cruzei os braços.

-Grosso!

-E grande!

-Imbecil!

Me levantei e então me virei para subir as escadas porém logo senti ele me puxando fazendo com que eu me virasse e praticamente caisse el cima dele, mas não cai em cima dele fiquei praticamente de joelhos ao seu lado.

-Enlouqueceu?

-Sabe que louco sempre fui! Mas se tem um tipo de louco que sou mesmo é louco por você!

-Para! Você nunca foi bom com cantadas baby!

-Eu tento!

-Bateu a cabeça no chão muito forte quando caiu né?! Tem que descansar!

Fui me levamtar novamente e então ele me puxou pela cintura e me fez sentar no colo dele de lado e eu o olhei.

-O ue foi agora?

-Não pulei aquela janela e levei uma jarrada na cabeça a toa!

-Como sabe que era um jarro?

-O da mesinha sumiu!

Ele falou e apontou com a cabeça para cintura já que seus braços estavam em volta de minha cintura e isso me fez fazer uma negação com a cabeça logo voltando a olhar ele.

-Quer falar sobre a festa e brigar mais?

-Não quero brigar Hy! Mas você não coopera!

-O que quer que faça Jay? Fique so vendo aquelas pirangas se atirando em cima de você e não faça nada? Você também odeia quando os caras vem dar em cima de mim.

-Ja falei que nao ligo pra elas, so tenho olhos pra você Hy! Só você domina meus pensamentos "você não sai da minha cabeça!" E sobre os caras realmente não gosto, você é minha e só minha!

-Você também é meu Jay! Só meu e de mais ninguém, não quero mais aquelas putas em cima de você!

-Eu não posso controlar elas Hy!

-Então não reclame dos caras porque também não posso controlar eles!

Ia levantar mas ele me apertou em seu colo e eu percebi que ele havia recuperado sua força então suspirei e cruzei os braços a baixo de meus seios e o olhei irritada.

-Para com isso Hy!

-O que eu to fazendo ágora?

-Bico!

-Não to não!

-Ta sim!

-Não to!

-Ágora não mais!

Ele me beijou enquanto segurava minha cintura e eu logo retribui o beijo dele conseguindo rapidamente me desligar do mundo a nossa volta e ate esquecer do porque  estávamos brigando ou o que aconteceu aqui, nesse momento era mais uma vez como se só existissemos nós dois no universo porque cada momento desses é de fato único e eu sei disso, "porque nada realmente dura," e cada momento é único,  uma hora chega ao fim mesmo que vários parecidos venham a acontecer nenhum é igual ao outro, cada um é extremamente e exclusivamente único. 

Tell MeOnde histórias criam vida. Descubra agora