Prólogo: Nova Casa .

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Rhoda Thomas

Aquela manhã céu estava claro e com poucas nuvens, mostrando que ele ficaria daquela forma até anoitecer, um clima agradável para todos. Era meu primeiro dia de trabalho com uma família nova após acidente na casa dos Stones, uma tragédia o bebê deles ter caído do cadeirão e vindo sofrer graves danos cerebrais. Me aproximo do portão da casa qual iria servir como babá agora, casa era grande e bonita o típico estilo vitoriana. Dou leve toque no portão que se abriu com ranger fraco, olhando envolta. O lugar era bonito e agradável para se ter crianças.

Caminhei em direção porta da casa segurando com mão esquerda minha única mala de pertences, não era totalmente necessário levar tanta coisa quando se era contratada para ser babá, normalmente as famílias ricas davam tudo que babá precisava desde roupas até um lugar para dormir. Era uma vida fácil para quem adorava crianças. Toco campainha que soou pela imensa mansão minha frente, logo foi possível ouvir passos vindo do outro lado da porta, até ela ser aberta por uma mulher de aparência jovem, mas ainda entregava rugas da idade.

- Olá - Ela disse, esboçando sorriso simpático, olhando-me dos pés a cabeça. - Você deve ser nova babá!

- Sim, eu sou Rhoda - Apresentei-me dando pequeno sorriso para mulher minha frente - Você é?

- Berta - Ela deu passagem para que entrasse, assim fiz olhando para estrutura da casa que era ainda mais bela no interior - Sou amiga da dona desta casa, estava olhando as crianças para ela.

- Ah sim. Ela não me avisou que deveria ter vindo mais cedo, teria te poupado deste serviço.

- Não se preocupe estava aqui fazendo uma visita e acabei entrando na brincadeira deles - Ela riu caminhando após bater porta, segui junto dela alguns passos atrás para observar com certa curiosidade a mobília da casa - Os meninos estão na escola, então só verá eles mais a tarde.

- Entendo. - Coloquei mala no chão ao ver ela parando. - Mas creio que não sejam eles os únicos.

- Não, não são. Minha amiga foi abençoada com um grupo de crianças, mas por hora creio que terá apenas de cuidar dos mais novos. - Ela se virou para escada - Bowie! Querida, venha aqui.

Uma garotinha de cinco a seis anos desceu as escadas apressada, a longa trança ruiva da menina saltava junto dela pelos degraus até que mesma parou lado de Berta esboçando sorriso tímido, cruzando os braços na frente do corpo.

- Está é Bowie, Rhoda. - Berta disse acariciando os cabelos da menina - Bowie está é nova babá, diga oi querida!

- Oi - Menina disse de forma tímida, as bochecha ganharam tom avermelhado se destacando em suas sardas.

- Olá, Bowie - Disse, tentando soar simpática para menina.

Bowie sorriu e Berta logo disse:

- Porque não apresenta casa para Rhoda, querida? - Berta sugeriu - Pode aproveitar e mostrar o seu bebê pra ela!

- Bebê? - Disse, voltando pegar minha mala.

- Sim! Meu irmãozinho Andrew. Mas eu chamo ele de meu bebê - Bowie respondeu antes de Berta e logo pegou minha mão me puxando para escada - Vamos!

Berta ficou para trás enquanto Bowie me apresentava casa. Mostrando todos os lugares possíveis que poderia ter naquela imensa mansão. Depois de mostrar os dormitórios, Bowie arrastou-me pela mão até quarto.

- Onde está me levando agora, querida.

- Para quarto do Andy.

Depois de conhecer o pequeno Andrew, Bowie me deixou pois tinha aula de piano naquele em casa. Era comum que apenas os meninos frequentavam as escolas e as meninas estudavam em casa, claro quando se era de uma família de classe alta, caso contrário a menina não poderia conhecer mundo das aulas. Caminhei em direção ao quarto qual Bowie apontou que seria meu agora, abri porta e entre analisando quarto de canto em canto. Logo depois coloquei minha mala sobre cama tirando as poucas coisas que havia levado comigo.

Ao cair noite consegui conhecer restante dos irmãos de Bowie que eram sete no total, me perguntava como uma mulher havia conseguido ter tantos filhos assim. Depois da janta cada um foi para seu quarto no devido horário que era estipulado pelos pais. Logo uma mulher de cabelos loiros adentrou sala onde esperava por ela.

- Boa noite, senhora Sara. - Levanto-me da onde estava sentada olhando para ela.

- Boa noite - Ela pareceu um pouco confusa, ou talvez não esperasse que estariam ali guardando por ela. - Ainda acordada?

- Estava esperando para falar com vocês, mas creio que não seja uma boa hora para isso. Talvez amanhã seja melhor.

Marido de Sara passou por nos duas sem dizer uma palavra subindo apressado para segundo andar. Nem tive chance de olha-lo direito, mas aquilo no momento não era importante.

- As crianças já estão na cama? - Perguntou Sara, me tirando dos meus pensamentos.

- Sim senhora, todos na cama. Berta me informou dos horários que eles devem estar nos quartos prontos para dormir.

- Ótimo - Sara esboçou sorriso - Amanhã então trataremos de resolver tudo sobre eles.

- Sim, senhora. Bom irei me deitar.

- Mas já? Não aceita tomar um pouco de chá comigo enquanto conversamos, assim podemos nos conhecer melhor.

- Claro, aceito sim.

Caminhamos em direção cozinha e ficamos lá jogando conversa enquanto tomávamos um chá, quando deram dez horas em ponto no relógio Sara se recolheu para quarto, e eu acabei fazendo mesmo. Naquela noite sonhei com coisas que muito tempo tentava evitar.

Occultu [REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora