Armas, drogas, desafios, baseados, liberdade. Tudo isso me pertence e sempre vai me pertencer, me identifico muito com o Justin e sei que não vou está sozinha, não é fácil ter dezessete anos e já ter sido sequestrada e vítima de estupro, não é fácil matar para sobreviver, a maioria das pessoas estão vivendo em um mundo que elas mesmas querem viver, é tão difícil assim deixar de ser egoísta? Tem dias que eu não quero sair da minha cama, tem dias que eu preferia não existir. Tem muitos dias que eu não queria acordar, as vezes penso que sou insuficiente e que tanto faz está ali ou não, as vezes me sinto sozinha. As vezes me vem na cabeça que eu faço tudo errado e que tudo seria melhor sem a minha presença, sei como é se sentir vazia por dentro, porque é assim que eu me sinto.
Recebi uma ligação do meu pai pedindo para que eu voltasse para casa o mais rápido possível, pensei que fosse apenas uma ordem, então eu desliguei e respondi que não. Voltei para o quarto e deitei ao lado do Justin que dormia feito uma pedra, fiquei com os olhos abertos observando como parecia inocente e indefeso daquele jeito, meu celular voltou a tocar e tive que atender o pedido do meu pai, coloquei uma calça jeans básica e uma blusa da cor branca fina, peguei meu casaco e pedi um táxi, já estava prestes a chegar no aeroporto, meu pai me enviou uma mensagem dizendo que a minha passagem de volta já estava paga e então eu não tinha com que me preocupar, confesso que estava até preocupada com esse mistério todo, mas eu estava pronta para dizer que queria ficar no Havaí com o Justin e que estávamos bem, cheguei por fim no aeroporto e resolvi comprar alguma coisa pra comer, já que eu tinha saído sem ter comido absolutamente nada, comprei um referente e Doritos, sei que estou morrendo aos poucos, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Daqui á alguns minutos eu iria partir, comprei uma água e um snickers, fiquei aguardando o meu vôo até que por fim havia chegado, me direcionado no local que eu deveria e entro no avião, sentei, na poltrona ao meu lado não tinha ninguém por sorte, dormi toda a viagem e mal percebi que tínhamos chegado, levantei e fiquei esperando que alguém vinhesse me buscar, já que eu não tinha mais dinheiro, vou caminhando até o carro do Austin e ele estava sozinho ou seja seria só nós dois e um montruoso silêncio. A minha cara de quem não queria está ali e que estava com muita raiva, era notável.
"Oi, Esther" Ele diz sorrindo
Sorri de volta e fiquei implorando para que aquilo tivesse um fim, eu estava tão entediada e mal humorada, sei que não é de se esperar um bom humor, logo de mim.
"Como está as coisas entre você e o Justin, vi que estão se dando bem"
"Sim estamos bem, ele é uma pessoa legal e fazemos sexo frequentemente" Respondi, Austin me olhou surpreso e sério
"Acho que chegamos" Ele diz, mudando o assunto
Fiquei alguns minutos me preparando para ver o meu pai depois de tanto tempo e no que eu iria falar com ele, fiquei observando a casa e como eu sentia falta de tudo que aconteceu aqui, das risadas e das brigas, uma lágrima escorre e eu tento disfarçar o mais rápido possível, levanto e vou caminhando com o Austin até a porta, ao entrar. Bryan e meu pai estavam sentados, com um semblante não muito agradável.
"Pai, sou eu? O que aconteceu?" Pergunto, esperando uma reação mais animada
"Pai fala comigo, sei que está chateado, sei o quanto queria que eu ficasse aqui, mas é que eu achei alguém legal sabe?" Meu pai continuava sério, e deu um suspiro forte. "Tá, então ninguém vai me falar o que tá acontecendo?" Gritei meu pai levanta do sofá e me abraça forte, um abraço não de alegria era mais de um você não está sozinha, eu o correspondi
"Esther, sua mãe sofreu um acidente e acabou não resistindo, os médicos fizeram de tudo para que isso não acontecesse, mas ela não aguentou" Meu pai fala com a voz trêmula e com lágrimas nos olhos

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Esther [{ Voll 2}]
Ficção AdolescenteNão ter limites, viver intensamente, enfrentar os meus medos e descobrir novos desejos, novos amores e novas confusões tem uma nova versão do livro, eu sou isso. Falo o que penso e o que muitos não querem ouvir, venha da boas risadas e se envolver n...