Seis

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Louis acordou na manhã seguinte com uma cama vazia. Demorou alguns segundos para lembrar os acontecimentos da noite anterior e, quando ele lembrou, sentou-se rapidamente e examinou o quarto. Harry não estava ali.

"Harry?" chamou, levantando-se e andando até a porta do seu quarto. Houve um farfalhar atrás dele assim que ele foi abrir a porta. Parando por um momento, Louis se virou lentamente, após perceber que a fonte do ruído vinha de seu armário. Cautelosamente, ele abriu a porta, arregalando os olhos quando viu Harry.

"O que você está fazendo?!" Louis engasgou. Ele abaixou-se e pegou seu caderno de esboços das mãos de Harry, olhando para o menino menor. "Onde você conseguiu isso?"

"Eu achei," ficou de pé sorrindo amplamente. O menino dos olhos azuis franziu as sobrancelhas quando viu as mãos de Harry manchadas de marcador. "É meu", Louis bufou, caminhando de volta até sua cama e abriu a primeira página hesitante. Sua raiva aumentou quando percebeu que Harry tinha coberto cada um de seus esboços com rabiscos sem sentido. Horas e horas de seu trabalho duro foram por água a baixo.

"Que diabos você estava pensando?!" Louis gritou, jogando seu caderno de esboços até o outro lado do quarto. Ele bateu na parede, espalhando papel por todo lugar. Harry instantaneamente se encolheu e cobriu as orelhas.

"Você sabe quanto tempo eu gasto com isso?" Louis continuou, cruzando os braços e olhando para o menino menor.

"Eles são bonitos," Harry acenou com a cabeça, andando para pegar um dos desenhos que Louis havia jogado no chão. "Eles eram bonitos, Harry, até que você os arruinou" Louis cuspiu. "Assim como as flores. O que eu disse a você sobre deixar as coisas bonitas em paz?"

Harry apenas olhou para ele sem expressão por alguns momentos, antes de caminhar em direção ao menino mais velho com o desenho nas mãos, entendendo-o em frente ao seu rosto para que ele pudesse ver. Louis gemeu e empurrou o desenho do rosto. Confuso, Harry inclinou a cabeça para o lado. "Lou?"

"Esse não é meu nome", a voz de Louis era baixa. "Eu não quero falar com você, sai do meu quarto", ele resmungou, apontando na direção da porta.

Harry deu um passo lento para trás, ainda segurando o desenho. "Eu sinto muito", ele segurou o pedaço de papel, lançando a Louis um olhar suplicante.

"Eu não me importo!" Louis estalou, agarrando Harry pelos ombros e empurrando-o para o corredor. "Me deixa sozinho", ele advertiu, batendo a porta na cara do menino menor, certificando-se de que estava trancada. Ele esperou até que o barulho dos passos estavam longe de seu quarto, caindo de volta em sua cama.

O caderno de esboço de Louis era seu bem mais valioso. Ele nunca deixou ninguém tocá-lo, muito menos abri-lo e desenhar nele. Meses e meses de trabalho duro agora eram inúteis. O menino dos olhos azuis sentou-se e olhou para coleção de papéis espalhados pelo chão. Ele deveria ter pensado melhor na ideia de deixar Harry em seu quarto. Com um suspiro de frustração, Louis arrastou-se para fora da cama e começou a recolher todos os papéis que tinha saído do bloco. Tudo parecia ser apenas rabiscos sem sentido. Ele checou cada um de seus desenhos, para ver se Harry tinha poupado um ou dois de seus esboços. Claro que não tinha. Cada página estava rabiscada. Um desenho em particular chamou sua atenção, no entanto. Seus traços meio acabados de ontem. Parecia que Harry havia tentado terminá-los, acrescentando flores em cima das hastes que Louis tinha esboçado a lápis. O menino dos olhos azuis fechou os olhos e suspirou, colocando os desenhos de volta em seu bloco e os empurrando em sua mochila.

Louis acabou pegando no sono mais uma vez. Ele tinha apenas adormecido por alguns minutos, sendo acordado momentos depois por Niall batendo na porta.

Yellow- Larry Version (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora