Dezoito

380 27 3
                                    

Louis cruzou os braços, batendo o pé impacientemente enquanto esperava sua bagagem. O seu avião havia acabado de pousar. Ele estava exausto. Não, ele estava mais do que exausto. Ele não havia conseguido dormir nada, na realidade. Sua mente estava ocupada demais pensando em Harry.

Assassinato de segundo grau.

Primeiramente, Louis achou a ideia muito ridícula. Mas ele sabia que precisava fazer isso. Haviam muitas perguntas sem resposta e talvez viajando para o passado de Harry ele pudesse descobrir o que estava acontecendo.

Eventualmente, ele enxergou sua mochila, a jogando nas costas e passando pela grande porta de vidro. Foi aí que ele percebeu que não tinha ideia pra onde diabos ele estava indo.

Ainda assim, Louis estava ignorando seus sentimentos sobre a situação toda. Ele tinha uma mente focada. Ele precisava descobrir o que havia acontecido com Harry. Ele precisava de respostas para essas perguntas.

Ele parou um táxi, deslizando para o banco de trás e dando o endereço de sua antiga casa para o taxista. Se ele se lembrava corretamente, Harry morava à apenas algumas ruas de distância.

Sua cabeça descansava na janela enquanto o carro andava, lhe dando tempo de repassar os acontecimentos em sua cabeça. O som de Harry gritando o seu nome não saía de sua cabeça, e Louis não havia previsto o quão aquilo seria doloroso.

Os oficiais... eles não sabiam como tratar Harry. Ele era Harry. Na realidade, apenas Louis verdadeiramente sabia como Harry pensava, como seu cérebro funcionava. Ele estremeceu ao pensar em Harry estando sozinho com todos aqueles estranhos.

Subitamente, uma casa chamou sua atenção. Ele sabia de quem era. Sydney. Um dos ex-jogadores de basquete, amigo de Harry. Uma decisão rápida fez Louis parar o táxi, agradecendo o homem e lhe dando algumas notas, não se importando em contá-las. Ele esperou ele dirigir para longe antes de se virar e encarar a casa.

Alguns momentos depois, ele se encontrou na varanda, batendo na porta. Louis mordeu o lábio quando ouviu passos se aproximando, e a porta se abrindo vagarosamente e revelando uma versão mais velha do garoto que ele havia uma vez conhecido na escola. De pijamas.

Merda. Louis rapidamente checou o horário, se dando conta de que eram 8 horas da manhã de Sábado.

"Louis?" o garoto soava confuso.

"Uh, oi," Louis respirou fundo. Por que ele ainda estava intimidado? Eles haviam saído do colégio, popularidade não existia mais. "Louis o gay?"

Oh Deus. Louis apertou os punhos e escolheu ignorar o comentário. "Podemos... conversar?" É sobre Harry." Ele viu o rosto do menino despencar e ficou preocupado. Sydney colocou o pequeno cachorro que estava em seus braços no chão e abriu caminho, abrindo mais a porta e deixando Louis entrar.

"Desculpe sobre aquele comentário gay," Sydney riu nervosamente. Louis apenas encolheu os ombros, parado desajeitadamente na entrada da grande casa. Os pais de Sydney sempre foram muito ricos.

"Nós podemos ir sentar na sala de estar," o loira fez menção para Louis segui-lo pelo corredor, o levando para um grande cômodo alinhado com janelas. Era tudo tão limpo que Louis estava com medo de tocar em alguma coisa. Ele sentou na ponta de um sofá de couro preto, passando uma das mãos no cabelo nervosamente.

"Você quer uma água ou alguma coisa? Temos limonada também, e chá, se você gos-," Sydney começou, mas Louis rapidamente interrompeu.

"Eu estou bem, é só que..." Louis balançou a cabeça. Sydney se sentou, fazendo sinal para ele continuar. "O que você sabe sobre Harry?"

Yellow- Larry Version (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora