3 Capitulo- Parte 2

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Ando o mais rápido possível para que possa chegar ao meu quarto sem ter de encarar o meu pai, mas esta casa é enorme.

" Nem vou deixar que te expliques." Diz o meu pai e sei, agora, que ele está atrás de mim, e o seu tom gelado faz-me tremer. Tenho medo.

"Pai... ouve..." Começo, mas não dá em nada.

"Acabou-se Sarah. Tanto eu como a tua mãe temos te dado tudo e  andas à agir de uma forma estranha, e como tal arranjamos uma solução." Ele explica-me e desejo fugir. Como assim têm me dado tudo? Mentiras.

"O que queres dizer com isso?" Pergunto, assustada e lembrando-me que no meu livro favorito estava escrito "Nunca perguntes algo a menos que não temas a resposta." Eu temo ew. 

"Acho melhor ires para o teu quarto e amanhã de manhã eu, tu e a tua mãe falamos. E podes começar por me dar o teu telemóvel. Ah, e já tiraram o teu computador do quarto.... dei ordens para tal." Ele conta o que fez e nunca me apeteceu tanto explodir.

"Não te vou dar o meu telemóvel pai, eu necessito dele e sou maior de idade. Não mandas em mim." Digo determinada mas sabendo que vou sofrer as consequências.

"Como? Repete!" ele grita-me agarrando-me num braço.

"Pai larga-me!" Peço-lhe também gritando. Ele está-me a magoar.

Sem dar por tal tenho uma marca na cara da sua mão e o meu telemóvel em seu bolso.

"Vai dormir e pensa naquilo que fizeste. Boa noite." ele rosna-me e afasta-se, enquanto eu me jorro no chão esvaziando-me em lágrimas.

Eu conheço-o, ele vai ver tudo o que está no meu telemóvel e vai descobrir sobre LA. E tenho tanto medo do que irá vir amanhã, eu sei que eles não me iam querer mal, mas quando cabe a ser rígido, o meu pai consegue arrebentar a escala e, muitas vezes a minha mãe nem opinião têm sobre o assunto.

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Acordo com frio e com dores na cara, devido ao que aconteceu na noite passada, e sonho com as vezes que acordo com a luz do sol na cara e me sinto aquecida e protegida.

Olho para o meu relógio e são 10h da manhã, e portanto o melhor é arranjar-me, não tardava a baterem me a porta para que eu desça para falar com os meus pais.

E, provavelmente a esta hora ele já descobriu tudo. Quem me dera poder ligar a alguém, mas não posso.

O duche, apesar de rápido soube-me bem, e a roupa casual que escolhi faz-me sentir confortável. 

Batem à porta.

"Menina?" D. Amatis chama por mim.

"É para descer, certo?" pergunto, quase certa de que era.

"Sim, está toda gente à sua espera." Ela diz-me e fecha a porta.

Toda gente?  

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