3. Destino (sem revisão)

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Fiquei perambulando pelas ruas da cidade sem destino, pensei em tudo o que tinha acontecido, vi que não adiantaria nada ficar com raiva. Tentei imaginar o motivo deles não terem me contado o que foi o obvio, eles queriam me proteger. Mas mesmo sabendo disso a raiva que eu sentia não diminuía nenhum pouco. Pensei em voltar e conversar com eles, mas sabia o que me aguardava lá. Então resolvi deixar essa conversa para mais tarde. Estava distraída pensando quando escutei alguém gritando.

_ Cuidado! Saia daí! _ dizia a pessoa aos gritos.

Então percebi que a pessoa gritava comigo, pois eu estava atravessando uma rua com o sinal aberto, vinha um carro em minha direção em alta velocidade era uma BMW e o pior de tudo não foi isso, mas sim que acabei ficando imóvel não sei se foi de choque ou de medo, só não consegui me mover. Pensei por um momento que se eu iria morrer. O carro estava dois metros de distancia fechei os olhos só esperando o impacto. Foi então que senti uma pessoa se jogando em cima de mim como se fosse um jogador de futebol americano me forçando para outro lado. Abri meus olhos e me vi caída na calçada senti uma ardência no joelho, percebi que tinha ralado devido à queda, então notei o rapaz que havia me salvado.

_ Você esta bem? _ perguntou ele com preocupação.

_ Sim _respondi entorpecida com sua beleza.

Pois ele era lindo. Lindo ao todo. Tinha cabelos castanho-escuro compridos, seus olhos são azuis indico parecia uma piscina e eu adoraria mergulhar nela, mas também parecia muito perigosa, pois se mostrava imensamente profunda. A cor de sua pele era parda, seus lábios eram perfeitamente desenhados, sua beleza era irreal. Usava um blusão verde gola V de mangas cumpridas, uma calça jeans skinny e tênis. Ele interrompeu meus pensamentos.

_Você é louca ou o quê? Não vai me dizer que você estava tentado se matar? Se for se matar é melhor você pular de um penhasco de preferência um no meio do nada onde ninguém possa te ver. Ta bom? _ disse ele irado.

Não entendi a razão de ficar tão irado então comecei a me defender.

_ Espera. Vai com calma amigo. Eu não estava tentando me matar. Só acabei me distraindo é não vi que o sinal estava aberto.

_ Você não escutou eu gritando?! Ah acho que não né! Senão você tinha corrido e saído da frente do carro. _ disse ele com um sarcasmo.

_ Ei eu acabei ficando assustada e meu cérebro parou de mandar ordens ao meu corpo. Eu estava em choque sabia!? Desculpa-me se eu te assustei, mas garanto que não está mais assustado do que eu, então vê se não enche. _ disse tentando conter as lágrimas que estavam se formando.

Ele ficou um tempo em silencio me observando até que colocou a mão no rosto e balançou a cabeça e começou a falar.

_ Me desculpe, não queria te fazer chorar, eu só pensei que você queria se matar._ disse ele. Não havia mais raiva em seu rosto e sim compaixão. _ sinceramente te peço desculpas.

_ Primeiro não estou chorando e segundo desculpa aceita. _ disse em com minha voz de choro. _ Pois não posso negar isso a quem devo minha vida. _ disse dando um sorriso meio torto.

_ Deixe me ajudá-la a se levantar. _ ele me estendeu a mão e eu a peguei, senti a dor no meu joelho ao me levantar, então lembrei -me que tinha me machucado com a queda. O rapaz percebeu a expressão de dor em meu rosto.

_ Aonde você se machucou?_ perguntou ele aparentemente preocupado.

_ Ralei o joelho, nada de mais._ menti, pois estava doendo muito.

_Vamos, vou levá-la a um hospital. _ disse ele._ Para fazer um curativo e ver se não machucou mais nada.

_ Ta brincando né? Vou logo te avisando que não irei a lugar nenhum. _ disse o advertindo.

Destino - O Jogo Do PoderOnde histórias criam vida. Descubra agora