Capítulo 1: Vlad, o grande

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(POV CRISTIAN VLAD)
Acordei com meu despertador, leventei do meu caixão e como de costume olhei pela janela, aquela vista era inexplicável, era noite, meu coração apertou só de pensar que eu não a veria tão cedo outra vez. Meu pai me matriculou em uma escola para garotos como eu, Vampiros. Eu não exitei, nem poderia, afinal ele é o grande Vlad. Na verdade desde que minha mãe morreu ele anda um pouco diferente, mais fechado digamos assim.
Eu arrumei minhas coisas e me despedi do meu quarto, parece algo meio idiota, mas ali era onde eu passava a maior parte do meu tempo.
Eu desci e acabei encontrando meu pai no caminho da saída, ele ficou me observando, e disse:
-Não quero que você pense que fiz isso pensando no seu mal.
-Tudo bem pai, eu entendo, vai ser melhor pra mim.
Ele estava diferente, estava com os olhos cheio de lágrimas, era primeira vez que isso acontecia, eu fiquei sem reação. Ele se aproximou e me deu um abraço forte. Eu não sabia o que fazer, aquilo era novo para mim, eu simplesmente aproveitei o momento.
Eu finalmente sai, havia um carro me esperando lá fora, eu fui direto a ele.
Na estrada eu começei a observar as estrelas, as luzes, todas aquelas coisas magníficas que me cercavam que eu sequer sabia da existência.
Passaram Duas horas, então finalmente cheguei na famosa escola. Logo na entrada consegui ver um lindo brasão, com as iniciais da escola, era lindo. Algo que me chamou a atenção foi a quantidade de vampiros no local, era algo muito louco para mim. Uma vampira em especial me chamou a atenção, ela tinha os cabelos longos e ruivos, apaixonante.
Eu desci do carro e fui caminhando até a diretoria da escola, eles estavam me esperando lá, havia um grupo de alunos novos, todos vampiros.
Quando eu entrei na sala todos me olharam e cochicharam, me reconheceram, provavelmente, como o filho do grande Vlad. Eu me sentei, uma senhora veio até a mesa e disse:
-Estávamos te esperando Cristian.
Eu fiquei meio envergonhado, mas respondi:
-Ah, desculpe o atraso.
Ela me olhou e não disse nada, e começou a falar:
-Como vocês sabem, nossa escola é muito qualificada. Então vocês precisam ter disciplina.
Ela tinha um olhar assustador.
-Vocês vão aprender muitas coisas aqui, vocês são divididos por casas, vocês ficarão na casa dos vampiros. Não existe qualquer possibilidade de vocês trocarem de casas.
Como se eu quisesse não é mesmo?
-As aulas começam na semana que vem, compareçam, isso é o que vocês tem que saber. Cada um recebeu uma chave de quarto, que também não podem ser trocadas, estão dispensados por hoje.
Todos nos levantámos rápido e saímos rápido também.
Um guia nos levou até nosso quarto, e deus alguns avisos:
-Vocês não podem pensar na possibilidade de ir até a torre. É extremamente proibido.
A torre que ele se referia era um prédio enorme que ficava mais afastada do resto.
Finalmente chegamos nos nossos quartos. Estava ansioso para saber quem seria meu colega de quarto. Aguardei um pouco, então vi alguém vindo em direção do quarto, era Ismael, filho de Estoles, grande inimigo do meu pai, ele finalmente chegou perto da porta e disse ironicamente:
-Espero que sejamos bons colegas de quarto Cristian.
Ele então esticou o braço e me estendeu sua mão, eu fiquei parado por alguns segundos então fiz o mesmo.
Ele pegou a chave que estava no seu bolso e abriu a porta do nosso quarto.
Ele não parecia estar com medo, como os outros na sala da diretoria, para falar a verdade ele estava bem confiante. Nós entramos, ele deixou suas coisas no caixão da direita e saiu, ele carregava outra chave.
Eu estava preparando minhas coisas quando ouvi um grito pertubador vindo da rua, eu desci correndo para ver o que estava acontecendo, havia uma garota, pendurada na janela do ultimo andar da temida torre, ela se segurava com apenas uma mão, até que um rosto apareceu na janela, era Ismael. Os dois estavam discutindo, Ismael parecia bravo, ele chamou ela pelo nome, era Mariana.
As coisas começaram a ficar perigosas, ela estava visivelmente exausta, enquanto Ismael apenas a olhava e não fazia nada. Eu estava paralisado, finalmente consegui chamar alguém, porém, enquanto eu gritava por socorro, a pobre garota desabou do ultimo andar da torre.

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