The Magic Place

Capítulo 6: A Torre

(Pov Cristian)
Depois de toda confusão, eu voltei para meu quarto, eu precisava arrumar um jeito de trocar de quarto, afinal, Ismael havia mostrado o quanto pode ser perigoso e eu não queria dormir no mesmo lugar que um assassino.
Porém, eu precisa descobrir o motivo pelo qual ele havia empurrado aquela pobre moça da torre, seria algo relacionado a torre? Eu precisava descobrir.
Foi então que eu tomei a terrível decisão de ir até a torre. Eu vesti meu casaco, desci discretamente pelas escadas e fui até lá.
Chegando lá, a porta estava entreaberta, eu mal toquei e ela já estava aberta, era tudo tão diferente, eu subi as escadas para ir até a "cena do crime", chegando lá, logo eu dei de cara com a janela pela qual a garota caiu, estava quebrada, havia pedaços da janela espalhados pela sala toda, mas o que mais me chamou a atenção foi um livro enorme que estava sobre uma mesa, era lindo, ao lado dele havia uma "pedra de invocação", eu conheci pois meu pai tinha uma, aquela sala parecia perfeita para um culto.
Os Cultos são rituais praticados por vampiros. Com a ajuda de objetos mágicos, os vampiros se comunicam com seres mágicos específicos, e pedem favores, porém,em troca desses favores, os vampiros devem oferecer algo aos seres. O que muitas vezes inclui outros seres mágicos. Meu pai participou de diversos cultos como esse, eram assustadores e proibidos, quem praticava cultos como esse eram condenados a morte. Ao que parece, os Blat praticavam esses culto, talvez seja por isso que Ismael empurrou a pobre garota daquela torre.
Eu estava me preparando para ir embora quando de repente fui atingido no peito por uma estaca de ferro.
Eu acordei depois que a estaca foi retirada, eu estava dentro de uma masmorra, cercado por algumas pessoas, até que uma deles disse:
-Você se meteu no lugar errado.
Eu conhecia aquela voz, era Rod Blat.
-Você não está morto por causa de seu pai.
-Como se você se importasse com meu pai!
-Eu me importo, acredite.
-Você o odeia!
-Porque eu odiaria alguem que colabora comigo.
-Colabora com o quê?
-Nos cultos.
-Meu pai?
-Você não sabia? Desculpe por te contar assim.
-Mas vocês se odeiam...
-Sim, mas ele sequer tem noção do que está fazendo.
-Um feitiço?
-Você é esperto, tal pai, tal filho.
-Você jogou um feitiço no meu pai?
-Bom,isso não importa agora, o quê importa é que você não vai sair daqui tão cedo.
-Você não pode me prender aqui pra sempre!
-Eu posso.
-BLAT ESTÚPIDO!
Ele virou as costas e saiu, trancou a masmorra e disse:
-Caso você esteja pensando, sim, é uma masmorra mágica.
Masmorras mágicas só podem ser abertas por seus donos ou bruxos competentes, o que tornava a fuga dos prisioneiros quase impossível.
Eu me sentei e comecei a pensar em tudo que já havia acontecido até ali, e falei comigo mesmo:
-Eu sou tão estúpido... Aquela maldita torre... Essa maldita escola...
Eu não sabia o que fazer, então comecei a chorar.
Até que alguém bateu na porta da masmorra e disse:
-Olá Filho.
-Pai?