Capítulo 3: O Curandeiro

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(POV ALESSANDRO)
Já estava preparando tudo para o ritual que salvaria aquela pobre garota quando de repente o Sr. Blat surgiu ao meu lado dizendo:
-Escute bem Alessandro, você não vai fazer absolutamente nada para salvar aquela garota.
-Mas senhor, é meu dever, eu não posso deixa-lá morrer, é só uma garota.
-Eu não quero saber, ele não pode sair daqui viva, se sair, quem morre é você. Entendeu?
-Entendi.
Depois disso, ele simplesmente desapareceu, eu não sabia o que fazer, não salvar aquela garota era algo que eu nunca me perdoaria. Eu fui até o quarto onde ela estava, lá estava ela.
Eu precisava fazer alguma coisa, mesmo que aquilo custasse a minha vida.
Eu voltei para cozinha e começei a preparar tudo, chamei Rebeca, minha ajudante e disse:
-Bec, prepare tudo, nós vamos salvar aquela garota.
-Tem certeza Pai?
-Tenho.
Além de ajudante, Rebeca era minha filha.
Nós colocamos a garota sobre o palco, eu começei a pedir ajuda aos meus antepassados.
-Pai, a respiração dela está muito fraca, precisa ser rápido.
-Vai ser, aguarde.
Havia algo me bloqueando, algo que eu nunca tinha visto antes, alguma energia mágica.
-Eu não sei o que tem de errado...
-Pai, ela está morrendo!
Eu estava implorando ajuda.
-Pai! Rápido!
-Eu consigo, vamos lá!
Era algo totalmente novo para mim, eu já havia ressuscitado pessoas antes sem ter esse problema, estava em choque.
-Pai!
-EU CONSIGO!
-PAI!
-EU CONSIGO!
-PAI...
-O QUÊ? EU PRECISO CONSEGUIR!
-Ela está morta.
Era a primeira vez que aquilo me acontecia, primeira vez que eu perdia alguém no palco. Eu estava destruído.
-Pai, calma, não fique assim.
-Eu... Eu fui um fraco Bec..
-Não pai, você não foi.
-Ela morreu!
-Não é sua culpa Pai!
-Vamos, eu não posso ficar aqui...
Quando nos viramos para ir, uma luz extremamente brilhante tomou conta da sala, que praticamente nos cegou. A luz diminui, nós nos viramos, a garota não estava mais no palco, quando olhamos para cima, lá estava ela, viva e flutuando com seu belo par de asas. Minha filha e eu ficamos apenas a observando, ela brilhava muito e estava com um sorriso encantador, então, finalmente pousou bem na nossa frente.
-Quem é você? Ou melhor, o que você é? perguntou Bec
Eu disse:
-Ela é uma fada!
-Uma fada? disse Bec
-Sim, sou.
-Mas as fadas foram extintas a anos!
Eu disse:
-Parece que não!
Eu pedi para que ela se sentasse e nós explicasse tudo.
-Bom, eu sou orfã, eu e minha irmã fomos mandada para cá, a gente foi escrita na escola como bruxas pelos nossos tutores, porque é isso que as pessoas acreditavam que éramos, mas na verdade somos fadas.
-E como você reviveu? Perguntei.
-Minha mágia me salvou.
-Isso é fantástico.
-Eu preciso ver minha irmã.
-Tenho más notícias...
-Alguma coisa aconteceu com ela?
-Não, mas se você sair daqui vai acontecer, com todos nós.
-Os Blat, eles falaram isso não é mesmo?
-Sim.
-Eu preciso da minha irmã.
-Eu vou busca-lá.
-Você faria isso?
-Sim.
-Eu agredeço do fundo do meu coração.
-Não é nada, Bec, fique com ela.
-Ok Pai.
Eu saí, as vezes eu penso que bondade de mais pode me fazer mal, mas o sorriso no rosto daquela garota, aquele sorriso, esses simples gestos fazem tudo valer a pena. Eu finalmente cheguei nos aposentos das bruxas, eu tinha um "passe livre" em todas as casas, por ser o curandeiro.
O quarto era o 115, eu fui direto até ele, usei a chave que a garota me deu, lá estava a pequena garota, dormindo. Eu sussurei:
-EI!
Ela acordou assustada e disse:
-Quem é você?
-Alessandro, não se preocupe, sou um amigo.
-Oi.
-Preciso que venha comigo.
-Para onde?
-Vamos até  sua irmã.

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