25°Nem tão nova realidade

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Tom não acreditava no que tinha acabado de fazer, agiu como um ser que sempre desprezou. Agiu como um trouxa, aquilo não podia estar acontecendo com ele, no momento em que viu Hermione encolhida contra a parede, sua face vermelha e sangrando por conta do tapa que deu nela, ele se sentiu a pior pessoa do mundo. Nunca, jamais se sentiu arrependido, mas ali, naquele momento este sentimento o invadiu.

Quando fitou seus olhos castanhos e não viu mais o amor que neles radiavam até a noite passada , se sentiu fraco. Fraco por ela não amar-lo mais, quando a ouvir dizer que seria a última lembrança que teria dela, se sentiu sozinho como nunca antes, e quando a ouviu bater a porta sabia que sem ela, ele não viveria.

Mesmo não passado nem um minuto em que ela saiu ele chegou a esta conclusão, ele já não a encontrou, como se estivesse aparatado dali, não sabia onde encontra-la, então foi a vários lugares, perguntava as pessoas que encontrava no caminho, mas ninguém tinha a visto.

Parou por um momento e se achou um estúpido, ela só podia estar em um lugar. A biblioteca. Assim que se aproximou sentiu uma magia forte no lugar, caminhou a passos apressados para dentro da grande sala, foi em direção aos corredores mais afastados, se lembrando de que foi ali que a encontrou pela primeira vez, assustada e perdida, mas como sempre não demostrando isto.

Assim que chegou ao último corredor seu coração perdeu uma batida, lá estava ela, mas estava já dentro de um grande portal escuro, que estava se fechando, como se assim a pudesse impedir de partir estendeu a mão tentando tocá-la mas não conseguiu era tarde, ela já tinha partido. Como se em último fôlego, conseguiu ainda gritar.

- Hermione não vá, eu te amo!

Tarde ela se foi, ele ainda correu para a parede a tocando como se assim conseguisse a resgatar dali, mas nada acontecia, era somente uma parede dura e sem vida, assim como ele se sentia agora. Sem vida. Era um ato desesperado, ele estava desesperado, não conseguiria viver sem ela, ele a amava, amava como nunca amou ninguém. E uma dor aguda rasgou sua alma, com as mãos na cabeça caiu no chão duro e ele se ouviu gritar.

Seus pulmões pareciam que iriam explodir a qualquer momento, seu coração parecia se quebrar em mil pedaços, e uma coisa que nunca se imaginou a fazer, nem mesmo quando era violentado no orfanato ou colocado em castigo por métodos quase torturante ainda pequeno. Tom chorou. Chorou um choro sôfrego, um choro de dor, de arrependimento, chorou lágrimas grossas, lágrimas que molhavam sua face, mas que lavava sua alma.

Não sabe quanto tempo ficou ali, não sentia mais vontade de viver. Sua culpa o corroía, mas ele não era fraco, não se deixava abater por nada e não ia ser por Hermione. Mesmo a amando, mesmo sabendo que por culpa dele que ela tinha ido embora, ele não se deixaria derrotar.

Tom levantou-se do chão no qual tinha caído, encostou-se numa prateleira de livros e começou a pensar. Sabia que ela não podia voltar, ela não era daquele tempo, ele agora sabia que ele a amava, mas o amor que sentia por ela não era maior que o ódio que sentia por trouxas.

Você me fez ver a vida por outros ângulos Hermione, você me trouxe felicidade e momentos inesquecíveis, mas junto com eles vieram a dor, a solidão e o abandono. Sei que voltarei a te encontar, e neste dia quem sabe poderemos reviver nosso amor, pois só quando estiver com você o melhor de mim renascerá!

Assim que terminou este pensamento, respirou fundo. Passou as mãos no rosto e nos cabelos e saiu. Altivo e prepotente como sempre fora. Ali naquele momento morreu Tom Riddle, romântico, que poderia aprender amar. Renasce Voldemort, o frio, sem sentimentos e com ódio no coração.

Hermione sentiu ser levada para o nada, uma escuridão envadiu sua visão e depois de alguns segundos ou minutos, não sabia, sentiu a claridade atigirem seus olhos e o chão firme em baixo de seus pés. Não aguentava o peso de seu próprio corpo e assim caiu no chão, de joelhos. A cabeça baixa ainda chorando, seus cabelos caiam em sua face escondendo o seu rosto de quem quiser que fosse a sua volta.

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