OS GOLPISTAS

No poder

Quando a minha família chegou a prefeitura, analisamos as contas, e vimos que a realidade é de que  a cidade estava com um déficit estarrecedor. Enquanto estava entrado nos cofres uma média de R$8.000.000,00 estava saindo por volta de R$12.000.000,00. A prefeitura estava com gastos em excesso, controlava até mesmo coisas desnecessárias como por exemplo vários funcionários sem a necessidades, altos salários, veículos de luxo, vários programas sociais com superfaturamentos, alguns comércios, banco e varias outras coisas que poderiam está no livre-mercado. Quando meu tio analisou as contas da prefeitura teve que tomar uma decisão difícil que foi reajustar tudo, e realizar várias coisas para poder tirar o déficit de R$4 milhões.
A Câmara era formada com 60%  oposição, ou seja os projetos que enviavamos para lá sempre não eram aprovados. Abaixo apresentamos o quadro dos Gastos da Prefeitura no primeiro mês de Governo da nossa Família:

Pegamos uma máquina pública totalmente incapacitada, com os seguintes gastos:
40% - Programas Sociais e detenção dos meios de produção
12% - Saúde
13% - Educação
16% - Segurança
(...)% - Outros Gastos

Assim que eu e meu tio se reunimos começamos a escolher os secretários para nós ajudar a montar o Plano de Governo para tentar acabar com a crise que a Família Diaz deixou aos cofres da cidade.
Nas primeiras semanas elaboramos o programa de Governo. Demitimos todos os funcionários da prefeitura, reduzimos a quantidade de secretárias de 37 para 12, vendemos os carros de luxo e trocamos por populares, e enviamos projetos de cortes para o poder legislativo, para encaminhar para o poder privado as farmácias, banco, empresa de infraestrutura pública, fábricas e entre outras, o que inclusive depois de um mês de tramitação eles votaram contra. Daí, vimos como única saída o aumento de impostos, cujo já estava chegando aos 80% sobre os produtos que são vendidos dentro do município, visto isso, passamos a aumentar impostos em outros setores, por exemplo o combustível, energia, taxas sobre vendas, aumento do Imposto de Renda e etc. Ou seja, que já era alto e caro para a população ficou mais caro ainda em 20% a mais do que já era, obviamente o Legislativo aprovou e a oposição aproveitou para fazer companha contra o Governo de Tio Sony e a popularidade que estava em 50% caiu de vez para 28% de aprovação do Governo.
Um mês depois dos aumentos, nós esperávamos que a receita da prefeitura aumentasse para cobrir pelo menos a metade do rombo, porém a realidade foi outra, totalmente o oposto do que o Secretário da Economia esperava, ao invés da receita do Governo ter sido aumentado por conta do aumento dos impostos, muito pelo contrário, os cidadãos reduziram os seus próprios gastos e alguns preferiam viajar até três horas e meia para comprar produtos mais baratos na cidade mais próxima e trazer ilegalmente sem passar pela Receita Municipal.
Lá fui eu a pedido do Tio Sony para o Poder legislativo junto com meu irmão líder do Governo na Câmara para pedir apoio dos vereadores, marcar uma reunião com o Tio Sony para oferecemos dinheiro dos cofres públicos, em uma noite em um jantar na Mansão, nós conseguimos subornar alguns do partido da Família Diaz, passamos a ter na Câmara metade do apoio dos parlamentares, daí com algumas alterações o Governo enviou novamente a solicitação dos cortes e privatizações, igual da primeira vez, apenas com algumas alterações, as medidas foram aprovadas. Com uma Câmara com 50 vereadores, tivemos 20 votos a favor, 18 contra e 12 abstenções. Surgiu um clima de medo e incerteza entre a população e boatos que a cidade estava sendo vendida, etc e etc. 
Quando os cortes foram realizados, a popularidade do Governo caiu mais ainda por causa da doutrinação Socialista enraizada na rede de ensino do município, a aprovação do Governo passou para 15%, após os cortes os cofres da Prefeitura voltaram a ficar verdes com superávit de quase R$500.000,00.
Porém pouco tempo depois, que a economia do município estava começando a dar sinais que a cidade estava com o rumo voltado para o desenvolvimento, começaram as denúncias de corrupção contra o Governo, pois no dia que houve um jantar para a compra dos votos dos parlamentares, um dos que fazem parte da bancada da Família Diaz, gravou em áudio toda a conversa no jantar do dia em que o Tio Sony chegou a oferecer cargos e propina desviados de dinheiro sujo para as mãos dos políticos, até que então esse áudio foi vazado e parou nas mãos do MP do Estado, que veio averiguar o caso, cinco meses depois protocolou o impeachment contra Tio Sony, a parte boa da história é que ele foi afastado e eu como vice-prefeito, assumi como Prefeito da Cidade.
Acabaram me sequestrado, me levaram em uma van preta para um lugar deserto, com dois caras armados me colocaram na frente de um barranco apontando as armas para minha cabeça eu levei um susto dei um grito, e bati com o braço nas armas e escorreguei o barranco bem alto, e cai em um poço cheio de lama, depois encontrei um barzinho e perguntei onde eu estava e me avisaram que alí era a Zona Norte da Capital, e eu fiquei surpreendido. Abriram um processo de Impeachment da mesma maneira mesmo com 38% de aprovação de Governo tive o mandato cassado, sendo acusado por participação e influência de desvios de dinheiro e por ter cometido crime de responsabilidade fiscal, sofri a cassação do meu mandato, mas tudo na verdade não passou de um plano bem bolado da Família Diaz para conseguir de volta o poder, já que o primo de Diaz Júnior era o novo presidente da Câmara, como ele tinha uma boa articulação com os vereadores ele acabou aprovando o impeachment contra o meu mandato. Conseguiram me tirar do poder por conta de apenas um voto de diferença, e logo dias antes saiu na mídia vários relados e documentos sobre os desvios de várias obras e superfaturamento em contratos tanto de obras como de venda de imóveis que eram públicos e passaram para a propriedade privada.