Todo dia eu vejo um pedaço de você morrer.
Todo dia um pedaço se vai.
Eu não tenho como impedir.
O processo parece acelerar com o tempo.
Sabe água na mão escorrendo pelos dedos? É bem assim.
Não tem como evitar.
Quando olho pra você não sinto que é o mesmo de alguns anos atrás.
Quem eu procuro dentro desses grandes olhos coloridos, foi embora e não voltou mais.
Só que eu fiquei esperando ele voltar. Eu não quis que ele pensasse que eu não me importava e por isso fui embora.
Mas ele não voltou. Eu não agüentava mais o novo você.
Tão superficial. Imitava falas prontas de outro alguém.
Queria me fazer engolir o seu novo personagem, sem saber se eu gostava dele. Mas eu não gostava. Eu não sentia nada. Ele para mim era nada. Era só a porta por onde eu achava que a qualquer momento o antigo você voltaria.
Agora nem eu acredito mais nisso tudo.
Já faz tanto tempo, que ultimamente eu acho que nunca existiu o antigo você.
Era ilusão da minha cabeça. Toda verdade sempre esteve na minha cara e eu não queria enxergar.
Tão boba!
Como dói.
E agora a única coisa que peço a Deus é para nos afastar.
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A flor sensível da Antártida
RomanceEssa é uma obra onde reúno vários dos meus textos diários. Trago pequenos detalhes que acontecem na vida de muitas pessoas. Sabe aquele romance impossível ou o fim de uma amizade? Sabe aquela noite chorando no quarto ou aquela palavra que tanto te...