O João e a Maria...

8 0 0
                                    


O João disse a Maria que não sabia amar ninguém, e que esse sentimento era uma droga, não fazia bem.

A Maria insistia em mostrar-lhe que estava com a razão, dizia ela que o amor fazia bem ao coração.

Mas o João não conseguia ver as coisas desse jeito. Ele nem se esforçava, pois acreditava que tudo isso, era uma perca de tempo.

Pobrezinha da Maria, apaixono-se pelo cara errado, logo alguém que despreza o amor, vendo-o com olhos imprecisos.

Por mais que não aceita-se as idéias da Maria, o João não conseguia abandonar, essa amizade.

Tanto ela como ele, vez por outra trocavam faíscas, e se prometiam nunca mais se falarem.

Talvez a saudade fosse maior, e sempre os fizesse voltar atrás, ou o João sabendo bem quem era a Maria, no fundo ele sabia que ela não conseguia guardar magoas de ninguém.

Pode ser que o João tivesse plena certeza, de que o amor da Maria nunca seria de outro alguém.

Quem sabe ele tivesse tanta convicção que não se preocupa-se em amá-la também.

Coitado do João, não sabia a bobeira que fazia, mais dia menos dia, o coração da Maria o esquecia.

Depois de tanto desprezo, tantas palavras ásperas, o amor foi morrendo como uma plantinha sem água.

Quando o João finalmente enxergou a Maria, foi tarde demais, ela agora andava de mãos dadas com outro rapaz!

O João agora pensava em quantas vezes teve a oportunidade de conversar olhando nos olhos dela, de quantas gargalhadas deram juntos por tantas besteiras, das coisas pequenas, mas com valores tão grandes que compartilhavam, e dos segredos que muitas vezes entre si guardavam.

Agora não adiantava sentir saudade, nem chorar, nem lembrar.

Agora tinha acabado de vez.

Era tarde demais.

O João aprendeu a amar, mas perdeu um grande amor.

AMaria conseguiu ensinar, mas o amor antigo o vento levou.    

A flor sensível da AntártidaOnde histórias criam vida. Descubra agora