Capítulo III

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À noite tinha sido melhor que Amy poderia ter imaginado, mesmo tendo voltado tarde para a casa de Khalessi, ás 08h01min da manhã já estava acordada suspirando com o ocorrido na noite anterior. Eles não haviam se beijado, mas passaram horas conversando o que tornou aquele momento inesquecível. Phelipe segurou a mão dela o tempo todo caminharam pela areia gelada durante um bom tempo.

Ela não tinha apenas ganhado um amigo na noite passada, mas sim um parceiro para as aventuras seguintes. Aquele sentimento que vivera em seu coração há tantos anos, aquele desejo de ir além de conhecer lugares e pessoas, de viver historia que nenhum escritor jamais pensaria em escrevê-la. Parecia que Phelipe era uma porta para a realização dos seus desejos. Phelipe era apenas combustível para esse efeito avassalador que crescia no seu peito.

Naquela manhã ela se esqueceu de orar e de perguntar se era a vontade de Deus, se ele era uma boa companhia, estava preocupada de mais pensando no presente que a vida tinha trazido.

Ficou na casa da melhor amiga até o meio dia, por que sua mãe tinha ligado dizendo que os novos vizinhos iriam fazer uma visita a sua casa mais tarde, parece que seu pai havia convidado o pai de Phelipe para um churrasco ou coisa parecida, e é obvio que a garota não perderia essa chance. O pai da Amy é um grande empresário de sucesso e recentemente havia comprado uma empresa de jornal em Valadares e ter um bom contato com o novo dono da fabrica de papel, seria ótimo para os negócios.

Em um momento com essa, Amy se sentia uma filha tão especial, quanto as pequenas irmãs, porque seu pai adorava apresentar sua mais inteligente e linda filha, futura universitária. E aquele encontro teria algo ainda mais especial.

Ela correu para casa e assim como no dia anterior. Diferente do dia anterior a casa não estava bagunçada, não havia brinquedos espalhados muito menos tinha se quer um talher sujo na pia. A mesa que estava perto da churrasqueira estava impecável, e suas irmãs estavam brincando sem muito barulho civilizadamente.

- Que bom que chegou querida, se arrume rápido nossos convidados já estão para chegar! Emma estava com um vestido muito leve e florido de margaridas dando mais destaque aos cachos ruivos.

- Mãe, você está muito linda! Amy deu um beijo na bochecha de sua mãe e foi correndo para o quarto.

Depois do banho, escolheu vestir uma blusa branca, com os cabelos soltos, rímel, um pouco blush nas bochechas uma calça jeans casual estava pronta e ansiosa. Voltou para o andar debaixo para saber se sua mãe precisava de ajuda. Infelizmente não havia muito que fazer sua mãe contratou empregado e seu pai contratou uma equipe de churrasqueiros especializados.

A campainha tocou Amy obrigava sua pequena irmã permanecer no sofá, seu pai caminhou até a porta e abriu dando boas vindas aos seus novos vizinhos. Sua mãe logo chegou à sala chamando as três meninas para se reunirem no hall de entrada.

- Esta é minha esposa, Emma. E as nossas moças Amy, Ariel e Melissa. – Henry com seu sotaque americano apresentou sua esposa.

Eve, mãe de Phelipe era uma mulher linda, seus cabelos eram negros e os olhos tão azul quanto do seu amigo, além de ser muito simpática – enquanto Emma e Amy admirava Eve. – Henry apresentou os filhos. – Eliazard e Phelipe são irmãos gêmeos não idênticos. – Amy olhou para Eliazard e reparou que Phelipe não tinha o mesmo e o mais lindo defeito genético que seu irmão a famosa covinha.

Enquanto eles se cumprimentavam Phelipe piscou para Amy e sorriu como se ambos estivessem escondendo de todos o tesouro do mundo, Eliazard parecia muito interessado nela por que sempre que olhava ele estava estático olhando como se não houvesse amanhã.

Os pais logo se acomodaram na mesa do jardim e entram nos assuntos que todo adulto tem que comentar sobre politica, economia, vida dos filhos, negócios e tudo mais... As meninas estavam correndo pelo jardim e Amy, Phelipe e Eliazard ficaram sem o que fazer e falar por alguns minutos, na verdade Amy havia muito o qu explorar de Phelipe, mas como o irmão ao lado que não parava de olhar, não teria a mesma intimidade que na noite passada.

- Conta para Amy o que você está esperando, Eliazard! – Phelipe quebrou o silencio que reinava a meia hora.

- Contar o que? – Perguntou com ar sério. Amy olhou para Phelipe que piscou e compartilhou um sorriso de criança travessa.

- Conta para ela que você não sabe lidar com garotas e decidiu esperar a menina certa trancado no quarto vendo séries e lendo livros. – Phelipe ria muito como se atitude de

Eliazard fosse a coisa mais engraçada do mundo.

- Não vou entrar nessa de novo! – Pediu licença e se retirou.

- Sempre funciona! – riu Amy.

- Você serve o exército?

- Não, eu raspei o cabelo porque minha tia está com câncer então tentei animar ela sabe?

- Ah entendi, muito linda sua atitude. – Amy olha para ele fascinada por uma atitue tão bela.

- O que você normalmente faz aos fins de semana? – perguntou Phelipe

- limpo toda a casa e atarde vou para igreja ou às vezes fico lendo, estudando ouvindo músicas. Os meus pais sempre acabam saindo na maioria das vezes.

- Amanhã eles vão sair? – intrigado

- Acho que sim, por quê?

- Fiquei sabendo que há uns 30 min daqui tem uma praia belíssima... – Amy entendeu que era um convite então sorriu.

- Eu não sei se devo ir

- Se você não quiser ir escondia deles, eu peço agora na frente de todos, - Amy interrompeu. – Se formos é melhor nem pedir que eles não iam deixar mesmo....

Phelipe decidiu ir para a casa pois havia um compromisso mais tarde, - Enquanto Amy via ele pular a cerca e atravessar a rua até chegar sua casa. Sua mãe se aproximou sem que notasse.

- Querida chama o Eliazard para cá parece tão isolado.

E lá foi Amy no seu jeito tímido convencer ele a ir com os demais

- Ei, tudo bom? Vem pra cá

- Eu sou um pouco sem jeito com as garotas, mas não por que tenho medo delas ou algo assim, é que para mim não faz sentindo ficar com varias meninas. – ele parou olhando um instante. – Pode parecer loucura mais meus pais me educaram assim e sempre achei necessário seguir isso.

-Não acho loucura, é lindo na verdade. São poucos garotos e garotas que decidem isso hoje, mas com certeza valerá apena.

- E você? Escolheu esperar também? Olhando fixamente para os olhos de Amy.

- Embora meus pais tenha um bom casamento, eu vi muita gente quebrar a cara por aí... Acho que eu tenho mais medo do amor do que de outra coisa. Medo de ter o coração quebrado, medo de amar alguém que não me ame, medo do amor não existir mais em ninguém sabe? – Amy ficou surpresa com a liberdade que teve para falar com Elizard sobre este determinado assunto, que nunca havia nem comentando com sua melhor amiga. Ela nunca tinha contado isso para ninguém.

- Eu entendo, é difícil acreditar em amor, sonhos, planos em sentimentos nesse mundo tão louco. O mundo é falho, pessoas falhas, algumas pessoas até desistem de buscar Deus se tornam Ateus essa coisas... Por isso prefiro continuar confiando em Deus, ele não falha, não tarda, vem no tempo certo com coisa certa, no casso pessoa certa. – ele sorriu e se levantou sua insegurança havia ido embora e agora Amy vê Eliazard como um rapaz decidido e cheio de sonhos – Se levantaram e foram até a mesa junto com os pais onde estavam todos sentados.

Durante toda aquela noite as palavras de Elizard ficaram rondando a cabeça, ela se lembrou da menina que era a menina que olhava para as estrelas para lua, e sonha com um amor de verdade, uma menina que tinha tudo para acreditar no amor, mas que por muito sofrimento decidiu se fechar invés de sonhar preferia se aventurar... Talvez Deus tivesse um plano maior para ela do que ela mesma.

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