POV: CAMILA
- Mila...- Disse o Miguel (?) ao me segurar quando estava prestes a cair no chão.
- Pai. - Disse me virando - Acho que estou tendo alucinações... -
Nesse momento meu pai também se virou e olhando no fundo dos olhos verdes do Miguel derramou uma solitária lágrima do seu olho esquerdo.
Foi então que eu percebi que o que estava acontecendo era real, ele está aqui, ele não morreu como pode.
Derrepe uma raiva subiu em mim e socando seu peito gritei:
- COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COM A GENTE! Miguel... EU sofri todos esses anos... E VOCÊ ESTAVA VIVO, debochamdo da nossa família o tempo todo... Como você pode Miguel.- Disse parando de falar e logo meu pai me abraçou e com os olhos úmidos de um sentimento de mágoa falou:
- Estamos esperando sua resposta Miguel.-
-Senti um carro batendo na traseira do meu carro e logo fomos arremessados para dentro do Rio.- falou e meu pai fez sinal para ele continuar.
- O lado do banco do carona onde você estava, estava em cima das rochas do acostamento, isso não permitiu que você caísse de cheio na água, porém você estava inconsciente. -
- Soltei meu cinto na tentativa de tirar o seu também e nadar contigo até um lugar seguro.-
- Mas quando eu soltei, a correnteza me puxou para fora do carro, eu tentei voltar até ele de todos os jeitos possíveis... Mas não deu, e a partir daí eu só sei oque foi contado pra mim...-
- O pescador que me achou, me disse que a correnteza me levou até às margens do rio e lá ele e a esposa que são pescadores nativos me tiraram da água, pelo menos foi isso que eles me contaram.-
-Fiquei esse tempo todo sem memória até que uns 8 meses atrás, como um relâmpago ela reapareceu e com ela o desejo de Justiça.-
-Consegui um empréstimo com o chefe da cooperativa onde o casal de pescadores trabalham.-
-Ele havia visto a minha foto no jornal e aceitou que eu só pagasse depois que voltasse para minha família.-
-Aluguei um Chalé e contratei alguns homens.-
- Então havia chegado a hora de por os meus planos em prática... Entrei em contato com a Val, a sua amiga -
- Por que a Val e não a sua família?- perguntou o meu pai.
- Eu não queria por ninguém em perigo, e como as pessoas a nossa volta não sabiam que eu e ela estávamos quase namorando na época do acidente ela não estaria sobre suspeita.-
- Contratei um detetive e ele descobriu oque havia acontecido em pouco tempo.-
- Nas duas fichas que estavam em minhas mãos havia os nomes Fernando e Catarina, seu namorado e minha mãe.-
- Não pude pensar em nada no momento, só em vingança. -
- Porém, não contra a minha mãe, ela pode ser oque for... Mais nunca vou conseguir fazer algo contra ela. -
- O Fernando já era aterrorizado sozinho, está sempre pedindo perdão a Deus também a você, passava a noite chorando muitas vezes, e as vezes quando dormia, ele acordava assustado após pesadelos. -
- Fiz algumas " aparições " - Ele disse nos mostrando fotos- E depois parei, eu fiquei com pena, ele estava arrependido de coração, de minha parte eu já havia o perdoado. -
- Mas não podia esquecer que você também estava no acidente, e ele deveria sim, pagar oque fez. -
- Pedi para o detetive entregar as provas para a delegacia e falar que só investigou o caso por curiosidade. -
- Quando o delegado interrogou as pessoas, ele viu que as provas eram verdadeiras e deu voz de prisão. -
- Mas porque você demorou tanto para aparecer ? - perguntei
-Medo-
- Medo? - Perguntei .
-Sim, medo de vocês não entenderem, medo de ser julgado... Medo de você não querer mais falar comigo Camila,medo. -
Apenas o abracei, logo meu pai se juntou a nós e nossas lágrimas se misturam em um só coração, um só sentimento, saudade.
- Miguel, essa é a Luci, minha mãe de coração e de sangue.-
- UE, como assim? - perguntou ele.
- Depois eu te explico...Vem ver nossos irmãos- Falei puxando ele para o segundo andar onde era o quarto dos gêmeos.
- Irmãos? - Ele perguntou.
- É, apenas veja eles, depois eu te explico o que aconteceu quando você estava fora. - Falei.
Entramos no quarto onde antes era o de hóspedes, e fomos em direção aos dois berços encostados na parede.
- Eles são lindos! - disse Miguel pegando o João no colo enquanto brincava com o Arthur no berço.
Ficamos lá até que os gêmeos dormiram e depois fomos até o quarto do Miguel que estava igual ele havia deixado a 2 anos atrás.
- Vou tomar banho, depois queria sair um pouco contigo para conversarmos lá no prédio... Nosso prédio. - Ele riu e eu concordei e sai do quarto.
Enquanto ele tomava banho liguei para a Lary, afinal eu tinha que contar a ela que o Miguelito estava vivo.
Ela não acreditou nem um pouco no começo, mas depois eu acho que caiu a ficha dela que eu não brincaria com isso, então ela passou a achar que eu estava maluca.
Quando o Miguel saiu do quarto, tirei uma foto dele e acho que ela acreditou dessa vez.
Montamos na bike e como nos velhos tempos e fomos até o prédio, todos os vizinhos que passavam por nós faziam cara de choque, todos gostavam do meu irmão e ficaram muito tristes com a sua "morte".
Subimos os degraus correndo e quando chegamos no último andar sentamos na janela que dava para a rua.
- Me conta, o que aconteceu enquanto eu estava "morto".-
- Bem... No primeiro ano de sua "morte" a Catarina enlouqueceu, pirou de vez, se tornou uma bêbada e drogada. -
- Isso se chama culpa. - Ele revirou os olhos.
- Meu pai aguentou firme até o começo desse ano, eles brincaram e ela foi embora.- Nesse mesmo dia eu conheci o Fernando, mas isso não vem ao caso agora. - Bem, aí meu pai começou a namorar a Luci, depois o AP dela pegou fogo, acho que isso é coisa da Catarina... - Um tempo depois ela ficou grávida, e no dia do jantar de comemoração, a Catarina chegou bêbada lá em casa e jogou na minha cara que eu era adotada... -
- Eu nunca soube disso, mas veja pelo lado positivo, você não é filha daquele monstro. - Falou o Miguel.
- Então, aí descobri que a Lary também estava grávida, e anteontem nasceu a Laura, e ontem os gêmeos o Arthur e o João Miguel, sim o João é em sua homenagem... -
- Sinto-me honrando - Falou ele com o sorriso no rosto.
- Idiota... Ontem eu descobri que a Luci é minha mãe de sangue, e que ela me fez no carnaval... Com o meu pai.-
- Lógico ... Com a mãe que não ia poder neh! - brincou Miguel.
- O idiota, tô falando do nosso pai, Jhordy! . - Falei rindo.
Conversarmos o resto do dia inteiro e vimos o pôr do sol juntos.
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Reta final gente... Só faltam 4 capítulos!
Bjs de luz
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O Assassino Do Meu Irmão
Misteri / ThrillerCapa feita por :@Srta-Marshall - Time de capistas ❤ PLÁGIO É CRIME 🚫 Camila realmente precisa se benzer , fazer macumba , oração , apelar para os deuses do Egito e da Roma , Porque todos os seus relacionamentos tem problema . Acho que o problema é...